Retrospectiva 2023: KTM inova na aerodinâmica e vira incômodo para rivais

A KTM pode ter passado zerada pela temporada 2023, mas virou a principal concorrente da dominante Ducati e mostrou que pode confiar em Brad Binder para os próximos anos

A KTM brilhou, mas pelos motivos errados. Na temporada 2023 da MotoGP, a montadora austríaca viu seus pilotos em pontos extremos da carreira, mas passou longe das vitórias em boa parte das corridas e terminou o ano com aquela sensação de que poderia ter feito muito mais. Por um lado, vê um futuro positivo pela frente, mas precisa tomar cuidado com a parte interna.

Falar que a KTM não venceu em 2023 é injusto, pois Brad Binder levou as sprints na Argentina e na Espanha, mas as provas aos sábados não contam para as estatísticas. Sendo assim, a fábrica ficou ao lado da Yamaha sem vitórias nas corridas principais, enquanto Ducati, Aprilia e até mesmo a capenga Honda conseguiram ao menos uma.

Certamente, o domínio da Ducati impossibilitou uma reação decente. A marca italiana venceu o Mundial de Construtores com 327 pontos de vantagem para a KTM, segunda colocada na disputa. Na pista, porém, os resultados foram até equilibrados em certo momento.

Enquanto a primeira parte da temporada viu brilhos esporádicos da KTM, a parte final foi diferente. No começo do ano, a prova em Jerez foi exceção, com os dois pilotos brigando por vitória e acabando no pódio. No fim, as chances foram aumentando, mas só com um deles.

Jack Miller usou nova asa em Lusail (Foto: Gold & Goose Red Bull Content Pool)

Após a etapa de Misano, a KTM apostou em um chassi de fibra de carbono. Mais leve e também aerodinâmico, fruto da parceria com a Red Bull, acabou gerando melhores resultados, assim como a introdução de uma bizarra e detalhada asa traseira no Catar.

Binder conseguiu dois pódios, outros três top-5 e passou muito perto de vencer na Tailândia, perdendo o triunfo na última volta para Jorge Martín. Na etapa final, em Valência, o sul-africano errou quando liderava, mas ainda garantiu um pódio. Apesar disso, garantiu um decente quarto lugar no campeonato, se colocando no meio das dominantes Ducati.

O companheiro Jack Miller também passou perto de vencer em Valência, mas caiu quando estava confortável na ponta. Decepções foram mais comuns para o australiano ao longo do ano, com apenas um pódio conquistado e uma modesta 11ª colocação no campeonato. Pouco para quem chegou badalado da Ducati e volta para sua antiga casa, mas passou longe de qualquer desempenho confiável. Vê-lo no chão ou engolido pelo pelotão foram cenas comuns até demais em 2023.

Binder e Miller, aliás, agora possuem uma sombra na garagem ao lado. Pedro Acosta, protegido da KTM e atual campeão da Moto2, foi promovido para a GasGas Tech3 e já está de olho em 2025. Se alguém vacilar, o espanhol provavelmente vai ganhar uma oportunidade em nova equipe.

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