Yamaha e Ducati se enfrentam na reta final de 2021 por títulos de Construtores e Equipes

Enquanto a casa de Iwata tenta a tríplice coroa da MotoGP em 2021, a fábrica de Borgo Panigale tenta mitigar a derrota para Fabio Quartararo com as taças de Melhor Construtora e Melhor Equipe da temporada

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O Mundial de Pilotos pode estar definido, mas a briga ainda não acabou na temporada 2021 da MotoGP. Fabio Quartararo fechou a conta de apenas um dos três títulos disputados por campeonato na classe rainha, mas Yamaha e Ducati ainda brigam ponto a ponto pelo selo de ‘Melhor Construtor’ e ‘Melhor Equipe’ do ano.

Às vésperas da penúltima etapa de 2021, os italianos chegam para o GP do Algarve no comando do Mundial de Construtores, com 307 pontos, 12 a mais do que a Yamaha. Na disputa entre as equipes, apesar de todos os problemas enfrentados pelos japoneses neste ano, o cenário se inverte: a marca dos três diapasões lidera com 364 pontos, 13 a mais do que a rival de Bolonha.

Fabio Quartararo e Francesco Bagnaia foram protagonistas nesta reta final da temporada 2021 (Foto: AFP)

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No cenário dos times, os italianos tiveram um quadro mais estável ao longo o ano. Com Francesco Bagnaia e Jack Miller, a Ducati somou quatro vitórias ― duas com cada piloto ― e outros seis pódios ― cinco com Pecco e mais um com Miller.

A Yamaha, por outro lado, viveu um ano tumultuado, especialmente do lado de Maverick Viñales da garagem. O espanhol abriu o ano com vitória, mas não conseguiu manter o mesmo bom nível de performance, foi suspenso depois de tentar danificar a moto no GP da Estíria e acabou dispensado pela equipe. Cal Crutchlow foi o primeiro a substituir, mas, a partir do GP de San Marino e da Riviera de Rimini, foi Franco Morbidelli quem chegou para formar dupla com Quartararo.

Ainda assim, os japoneses somaram seis vitórias no ano ― cinco com Fabio e uma com Maverick ―, e outros seis pódios ― cinco com o francês e um com o piloto de Roses.

Do lado dos Construtores, é inegável que a Ducati teve não só um ano mais estável, mas também mais forte. O título de Quartararo pode fazer parecer que a YZR-M1 é a moto mais forte do pedaço, mas essa não é uma verdade. A moto japonesa funciona com ele, mas os demais não conseguem o mesmo nível de atuação ― ainda que o protótipo não possa ser o único culpado por essa situação.

A Desmosedici, porém, foi bem nas mãos de quase todo mundo. Bagnaia, Miller e também Jorge Martín conquistaram vitórias. Johann Zarco foi ao pódio, assim como Enea Bastianini. O único que não chegou ao top-3 foi Luca Marini, que conta com uma versão de 2019 da moto italiana, assim como o companheiro de Avintia.

É verdade, também, que os pilotos da Ducati caíram muito mais, cerca de 3,2 vezes mais do que os colegas da Yamaha. Bastianini e Martín, por exemplo, sofreram 14 tombos em 2021, contra nove de Rossi, o piloto mais acidentado a bordo da YZR-M1. O que menos caiu com a Desmosedici foi Bagnaia, com cinco, contra duas quedas de Morbidelli, que perdeu algumas corridas por lesão.

Com só duas etapas para o encerramento do Mundial ― os GPs do Algarve e da Comunidade Valenciana ―, as duas marcas prometem manter a disputa ponto a ponto e é muito difícil fazer previsões. Mesmo derrotada na disputa do Mundial de Pilotos, a Ducati certamente merece os títulos de Construtores e Equipes, talvez até mais do que a Yamaha, já conseguiu não só preservar a unidade do time, mas também projetar um equipamento capaz de atender as necessidades de todo mundo.

A MotoGP volta às pistas no próximo dia 7 de novembro para o GP do Algarve, em Portimão. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.

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