MotoGP promete calendário de 13 etapas, mas deixa dúvida sobre provas fora da Europa

Diretor-executivo da Dorna, Carmelo Ezpeleta afirmou que a MotoGP deve divulgar um calendário para a temporada 2020 na próxima semana. Número máximo de corridas pode chegar a 16

A MotoGP deve apresentar na próxima semana o novo calendário da temporada 2020. Diretor-executivo da Dorna, promotora do Mundial, Carmelo Ezpeleta falou em uma programação de 12 a 13 etapas, mas reconheceu que ainda não foi definido o futuro dos GPs de Tailândia, Américas, Argentina e Malásia, os únicos não europeus que ainda não foram cancelados.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, a MotoGP teve de cancelar os GPs de Catar, Alemanha, Holanda, Finlândia, Grã-Bretanha, Austrália e Japão e adiar as provas de Tailândia, Austin, Argentina, Espanha, França, Itália e Catalunha.

A expectativa é de que o calendário de 2020 conte com corridas em Jerez, Brno, Red Bull Ring, Aragão, Misano e Valência, além de Barcelona e/ou Le Mans.

Jerez deve receber os GPs da Espanha e de Andaluzia (Foto: KTM)
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Além de trabalhar na definição do novo calendário, a Dorna também se reuniu com as equipes para definir o limite de motores na temporada 2020. Caso o campeonato conte com até 11 corridas, as fábricas que não contam com concessões ― Honda, Yamaha, Ducati e Suzuki ― poderão usar quatro motores, contra seis das beneficiadas pelas concessões ― KTM e Aprilia. No caso de a programação chegar a 14 etapas, o número de propulsores sobre para cinco e sete, respectivamente.

“Nós tivemos várias reuniões produtivas e, especialmente, uma muito fértil como os fabricantes. O protocolo foi apresentado a eles antes do governo da Espanha e de outras autoridades. Nós concordamos algumas coisas diferentes, demos a eles a chance de explicar o que pensam em relação a diferentes possibilidades e foi muito produtivo”, explicou Ezpeleta. “Também aprovamos o número de motores dependendo do número de corridas que teremos neste ano, o que foi acordado de forma unanime por todas as fábricas. Nós também falamos sobre as necessidades para o futuro, mas foi essencialmente para ter o ponto de vista deles em relação ao protocolo e, depois, aprovar a situação dos motores para a temporada 2020”, detalhou.

O dirigente, que já tinha admitido esperar pelo calendário da Fórmula 1, publicado nesta semana, explicou que a MotoGP deve divulgar sua nova programação na próxima semana, mas reconheceu que o destino das quatro provas não europeias que ainda não foram canceladas segue incerto.

“Nós esperamos apresentar o calendário no início da próxima semana e, se tudo correr bem, começamos em 19 de julho, em Jerez. E a última corrida no calendário será no início de novembro, com 12 ou 13 etapas”, explicou. “Mas as corridas fora da Europa são algo que ainda precisamos decidir. Serão apresentadas várias corridas ― as quatro não europeias que não foram canceladas: Tailândia, Malásia, Américas e Argentina ―, para as quais vamos buscar autorização. Temos um prazo limite até o fim de julho para dizer a todos se vamos continuar com elas ou parar. Depois das primeiras duas corridas, vamos ver se o calendário será de 12, 14 ou, no máximo, 16 etapas”, explicou.

Questionado sobre como será a vida no paddock em meio a pandemia, Ezpeleta explicou que a MotoGP preparou um protocolo sanitário que inclui redução no número de pessoas, testes e também isolamento.

“Fizemos um protocolo muito definido, trabalhando junto com os diferentes Ministérios do Esporte de diferentes países que vamos visitar, para ter uma ideia de cada um dos países do que podemos fazer. Aí, a principio, qualquer piloto vindo para a corrida passará por um controle médico antes e, se os médicos decidirem que eles precisam fazer um teste, vão fazer antes de ir para a primeira corrida na Espanha”, contou. “Depois, antes de virem para o paddock, será feito um outro teste, e aí um protocolo de controle diário, muitas coisas no paddock e, especialmente, isolamento entre cada um dos times. Nós também temos algumas medidas de alimentação e tudo mais, e, em principio, as pessoas vão do hotel para o circuito e do circuito para o hotel. Obviamente, isso é válido para a situação de agora. Se, entre agora e julho, a situação em qualquer um dos países ficar mais flexível, vamos acompanhar isso”, continuou.

“Nós queremos isolar o paddock de outras coisas e não vai haver conexão entre as pessoas permanentemente trabalhando no circuito e a família da MotoGP. No fim, a família da MotoGP vai ser em torno de 1.300 pessoas ou menos e nós aumentamos em cinco o número de membros de cada fabrica da MotoGP. O número de pessoas na Moto2 e na Moto3 permanece o mesmo planejado originalmente”, reforçou.

Antes, a Dorna tinha estabelecido que as fábricas da classe rainha contariam com 40 pessoas, os times satélites com 25, as equipes da Moto2 com 20 e as da Moto3 com 15.

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