Sainz diz que “negócios são negócios”, mas pede para F1 manter corridas clássicas

Piloto espanhol afirmou gostar da expansão do calendário da categoria, principalmente nos Estados Unidos. No entanto, ferrarista lamentou possível perda de históricas corridas europeias e pediu para F1 manter grande presença no continente

QUANDO FERRARI VAI LIGAR ‘MODO TURBO’ NO MOTOR DA FÓRMULA 1 2022?

O tópico da expansão do calendário da Fórmula 1 segue a todo vapor. Em meio ao maior número de corridas nos Estados Unidos – em uma tentativa de estabelecimento comercial da categoria no país -, além do debate sobre a inclusão de outras pistas (como a de Kyalami, na África do Sul) e possível remoção de históricos circuitos (como o de Mônaco), Carlos Sainz adicionou mais uma voz à discussão.

O espanhol da Ferrari demonstrou compreender a postura do Liberty Media, que gerencia a categoria, e de Stefano Domenicali, chefão da F1. Entretanto, lado comercial deixado de lado, o piloto foi contra a possível perda de clássicas corridas e propôs uma solução.

LEIA TAMBÉM
+ Gasly torce por manutenção de Mônaco do calendário da F1: “Seria chocante se saísse”
+ Vettel afirma que “seria horrível” Fórmula 1 tirar corridas históricas do calendário
+ Wolff diz que “fãs não se importam” com calendário e vê “trabalho brilhante” da F1
+ Chefe da McLaren critica presença de Mônaco no calendário: “F1 é maior do que o GP”

“Negócios são negócios”, resumiu Sainz. “Liberty Media e a Fórmula 1 vão fazer o que tiverem que fazer, penso eu, para o melhor dos negócios. Mas não gostaria de deixar de correr na Europa. É um ótimo lugar para pilotar, é onde nossa herança está e penso que precisamos estar sempre voltando – mesmo que não seja todo ano. Mas, ao menos, que deixem no calendário”, sugeriu.

“Penso que precisa haver um limite quanto ao número de corridas que estamos adicionando ao calendário, então no fim das contas, algumas sedes vão pagar o preço de ficar de fora. Obviamente, sou um grande fã de irmos até Miami e Las Vegas, mas ao mesmo tempo, é uma grande perda ter que abrir mão de corridas europeias clássicas”, completou.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

MÔNACO; GP DE MÔNACO; DOMINGO; F1;
Mônaco está sob risco na Fórmula 1 (Foto: Mercedes)

“Espero que, no futuro, possamos achar um meio-termo. Talvez corridas que não consigam estar no calendário todos os anos possam aparecer a cada duas, três temporadas”, finalizou o piloto da Ferrari.

A fala de Carlos Sainz não é à toa, já que o momento é de crescimento e mudança no calendário da Fórmula 1. Após as estreias de Holanda e Arábia Saudita, no ano passado, Miami vem por aí em 2022 enquanto Las Vegas e Catar estreiam na temporada 2023 e Ímola garantiu um retorno com longo contrato. No momento, o Mundial olha para 2023 com a possibilidade de ultrapassar o limite atualmente estabelecido de 24 corridas e busca soluções.

Os rumores sobre o fim da linha para provas tradicionais vem aumentando nos últimos meses. Os GPs da Bélgica, na histórica Spa-Francorchamps, e da França têm contrato somente até este 2022, enquanto até Mônaco enxerga boatos sobre possível saída. Desde 2020, a Alemanha está fora do calendário, enquanto Brasil e Espanha renovaram quando já eram tratadas como possíveis cancelamentos.

FÓRMULA 1 2022: O QUE ESPERAR DE LECLERC, VERSTAPPEN E HAMILTON EM ÍMOLA | Paddock GP #283
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.