Hill vê F1 indo “na direção da Fórmula E” com Madri e teme carros mais lentos em 2026

Damon Hill teme que escolha por circuitos de rua aponte para carros menos potentes como resultado do novo regulamento da Fórmula 1 a partir de 2026

Na última terça-feira (23), a Fórmula 1 confirmou mais um circuito de rua no calendário a partir da temporada 2026, agora com Madri sendo a casa do GP da Espanha em acordo válido até 2035, e essa tendência cada vez mais forte tem preocupado Damon Hill. Na visão do ex-piloto, além de caminhar “na direção da Fórmula E“, os circuitos urbanos podem ser um indicativo de que os carros que estarão na pista sob o próximo regulamento serão menos potentes.

A preocupação com a performance dos carros de 2026 não é exclusiva do campeão de 1996. Para receber os motores mais ecológicos e com maior dependência da parte elétrica, a categoria planeja uma nova regulamentação para os chassis, que vão ser menores e mais estreitos do que hoje.

Alguns dados de simulador da Red Bull, porém, apontaram que os novos motores estão perdendo potência nas retas. A Fórmula 1 já estuda, inclusive, a possibilidade de adotar asas dianteiras e traseiras ativas como forma de reduzir o arrasto.

Diante desse cenário, a presença de pistas urbanas também seria positiva, pois são traçados em tese mais lentos que os de circuitos permanentes. Hill explicou seu ponto de vista ao podcast da Sky Sports ao comentar a aprovação da corrida de rua em Madri.

A Fórmula 1 vai correr em Madri de 2026 até 2035 (Foto: IFEMA)

“Gosto de assistir ao esporte. Gosto de acompanhar os desenvolvimentos”, disse o britânico. “O que eu gostaria de acrescentar ao anúncio de Madri é que teremos um novo regulamento para os motores chegando e, junto com ele, vem a discussão sobre a dificuldade de extrair mais rendimento de maneira consistente dos carros.”

“Portanto, este movimento em direção a um circuito mais apertado e sinuoso está indo na direção, digamos, da Fórmula E, que optou por ter suas corridas nos grandes centros urbanos e também em pistas mais restritas. Espero que isso não seja uma indicação de algumas concessões sendo feitas no sentido de que os carros de 2026 terão um desempenho inferior em comparação com o que temos agora”, alertou.

O campeão mundial de 1996, no entanto, entende a escolha da categoria em ir para os circuitos urbanos e acredita que essa seja uma tendência com a qual pilotos e fãs terão de se acostumar de agora em diante.

“Em Las Vegas, nós vimos Max Verstappen muito irritado falando sobre os circuitos atuais e que ele não gosta de correr nesses lugares. Mas o fato é que a F1 tem de se adaptar às novas exigências que lhe são colocadas do ponto de vista da produção de automóveis, bem como à imposição de leis ambientais criadas pelo governo”, destacou

“Acho que, no geral, ter um circuito próximo ao centro de uma grande cidade é uma coisa boa”, continuou Hill. “Porque proporciona uma experiência melhor para todos que estiverem presentes em um GP”, seguiu, salientando que está no DNA do esporte a motor competir nesse tipo de pista.

“É uma espécie de circuito personalizado dentro de uma cidade, mas foi assim que a F1 e o automobilismo em geral começaram. Pistas em circuitos fechados, como Barcelona, por exemplo, foram uma invenção bastante recente”, encerrou.

A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada no Bahrein, no circuito de Sakhir.

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