Diretor de prova propõe conversa com equipes para mudar regra e evitar não-corrida na F1

Michael Masi descreveu o domingo como “provavelmente o dia mais infernal” da carreira. O australiano pretende, nas próximas semanas, conversar com as equipes da F1 para evitar a repetição de uma não-corrida, como aconteceu em Spa-Francorchamps

Assista aos melhores momentos do GP da Bélgica deste domingo (Vìdeo: GRANDE PRÊMIO com Reuters)

Diretor de provas da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para a Fórmula 1 desde 2019, Michael Masi viveu no último domingo (29) o “dia mais infernal” da sua carreira no automobilismo. Criticado por todos os lados pela decisão de levar adiante a realização do GP da Bélgica — uma corrida que não foi corrida, com o percurso de apenas duas voltas na pista com os pilotos sob regime de safety-car, cenário criado para que a prova fosse oficialmente válida, inclusive com a distribuição de pontos pela metade —, o australiano voltou a defender sua atitude, mas prometeu conversar com as equipes para mudar as regras e evitar a repetição de uma não-corrida, como a que aconteceu em Spa-Francorchamps.

Em entrevista coletiva horas depois da controversa não-corrida na Bélgica, Masi disse que vai propor um debate com as dez equipes do grid para analisar a possibilidade de mudanças no regulamento da Fórmula 1 e ampliar o leque de opções diante de um cenário tão extremo, como o do último domingo.

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“Acho que, depois deste fim de semana, e na nossa próxima reunião para o ano que vem, vamos analisar um monte de coisas que você sabe que todos nós podemos analisar, e aí ver o que todos querem”, declarou sucessor de Charlie Whiring, que morreu em março de 2019, vítima de embolia pulmonar, às vésperas do GP da Austrália daquele ano.

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MICHAEL MASI; GP DA BÉLGICA;
Michael Masi disse que viveu no domingo o “dia mais infernal” da carreira (Foto: Reprodução/Sky Sports)

“Como todos vocês sabem, estamos em um daqueles pontos em que a FIA trabalha com todas as dez equipes e a Fórmula 1 para desenvolver os regulamentos. Então, vamos passar por todos os vários cenários e ver o que todos pensam a respeito”, confirmou Masi.

A única certeza que o australiano tem diante de tudo o que aconteceu em Spa-Francorchamps é que o domingo passado jamais será esquecido. “Provavelmente foi o dia mais infernal. Obviamente, vimos o tempo bom e ruim aqui durante todo o fim de semana, mas hoje foi o pior de todos. Foi um desafio”.

O diretor de provas da FIA para a Fórmula 1 reiterou que liberou os carros para a pista, depois de mais de três horas de espera e paralisação da disputa, porque enxergou uma janela meteorológica que indicava melhora nas condições de chuva naquele momento. Mas, como o próprio australiano disse, “o tempo nos venceu”.

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“Estávamos todos olhando para uma janela que acreditávamos que estaria lá. As equipes viram que havia uma faixa meteorológica [melhora], onde pensamos que poderíamos inserir algo. Como todos vocês sabem, por serem fãs do esporte, todos vocês viram como o tempo muda rapidamente neste lugar, levando em conta que a chuva vem de um lado e, de outro, às vezes tem sol”, explicou Michael ao relembrar as condições climáticas sempre inconstantes em Spa.

“Acreditamos que poderíamos colocar algo [em termos de fazer uma corrida], mas o tempo piorou de forma tão brusca que, infelizmente, não foi possível”, lastimou Michael Masi.

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