Fórmula 1 cancela corridas nas Américas e impede realização do GP do Brasil em 2020

A pandemia do coronavírus levou o Liberty Media a cortar do calendário não só a etapa em Interlagos, mas também os GPs dos Estados Unidos, do México e do Canadá

O anúncio da inclusão de três novas corridas na Europa – GPs de Portugal, Emília-Romanha e Eifel – também confirmou nesta sexta-feira (24) o cancelamento de três outras que estavam previstas no calendário original da temporada 2020 da Fórmula 1. A direção da categoria não vai fazer a perna das Américas, o que significa dizer que o GP do Brasil não vai acontecer neste ano.

Além da etapa brasileira, os GPs dos Estados Unidos, anteriormente marcado para 25 de outubro, e o do México, que aconteceria na semana seguinte, em 1º de novembro, estão cancelados.

A reboque, também foi rifado o GP do Canadá, que até tinha condições de receber a etapa neste fim de ano, mas não era justificável, em termos logísticos, para a Fórmula 1.

Assim, é a primeira vez desde 1972 que o GP do Brasil não é realizado. O país se tornou um dos principais palcos do campeonato desde então com as provas disputadas no velho circuito de Interlagos até 1980, com exceção de 1978, quando aconteceu em Jacarepaguá. O finado autódromo do Rio (Nelson Piquet) passou a receber a Fórmula 1 em 1981. O acordo durou até 1989. Na temporada seguinte, a categoria voltou ao autódromo José Carlos Pace, remodelado e encurtado, onde permanece desde então.

Em um mundo ainda tomado pela pandemia, o Liberty Media, empresa que controla a F1, precisou revisar todo o planejamento inicial e saiu atrás de países que vivem uma situação de maior controle do contágio do novo coronavírus. O crescente número de casos de infectados pela covid-19 foi um fator determinante para que se evitasse as visitas a São Paulo, Austin e Cidade do México – que, à revelia, havia confirmado a data de realização da prova para a data programada desde o início.

“Após conversas contínuas e firme colaboração com nossos parceiros, confirmamos que, devido à natureza da pandemia da covid-19, restrições locais e a importância de se manter as comunidades e nossos companheiros seguros, não será possível correr em Brasil, EUA, México e Canadá nesta temporada”, disse um trecho da nota do Liberty Media.

GP do Brasil em Interlagos (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Ainda que 2020 marque o último ano do atual contrato da Fórmula 1 com Interlagos, o Liberty Media se disse “ansioso para voltar [a correr nas Américas] na próxima temporada”. Etapas como a da Hungria e da Itália tiveram estendidos por um ano seus respectivos acordos por receberem a categoria sem público no atual campeonato.

A decisão da companhia de cancelar as etapas das Américas já estava tomada há algum tempo. Chefe da Mercedes, Toto Wolff já havia externado sua preocupação e indicado que o momento da restrita Fórmula 1 tornaria “inimaginável” a logística.

No lugar, além das dez etapas já confirmadas, a temporada terá a volta de Portugal, depois de 24 anos de ausência, da Itália, no circuito de Ímola, e do histórico Nürburgring, na Alemanha. As escolhas não são uma coincidência. Em um mundo ainda tomado pela pandemia, o comando do Mundial precisou revisar todo o planejamento inicial e saiu atrás de países que vivem uma situação de maior controle do contágio do novo coronavírus. Assim, o campeonato passa a ter 13 corridas e majoritariamente na Europa. As novas etapas foram agendadas para a sequência do GP da Rússia, marcado para fim de setembro.

A organização do GP do Brasil, diferente das demais, ainda não se manifestou sobre o cancelamento da etapa de 2020.

Veja como ficou o CALENDÁRIO 2020 do MUNDIAL de FÓRMULA 1.

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