“Nem sempre acerto em face da adversidade”, diz Hamilton após reação a punições na Rússia

Lewis Hamilton se pronunciou por meio das suas redes sociais depois de manifestações contrárias às reações por conta da dupla punição sofrida pelo britânico no GP da Rússia do último domingo

De cabeça fria e dois dias depois do GP da Rússia, Lewis Hamilton refletiu sobre as reações sobre a dupla punição sofrida em Sóchi. O britânico recebeu uma dupla sanção de 5s por ter feito práticas de largada em locais não designados pela direção de prova e cumpriu os 10s de acréscimo no seu pit-stop, o que inviabilizou qualquer chance de vitória. Nas entrevistas pós-corrida, Hamilton disparou contra os comissários e a direção de prova da FIA (Federação Internacional de Automobilismo): “Estão tentando me parar”.

Inconformado pela forma como foi punido, Hamilton não poupou críticas. “Preciso ver que regras são essas e exatamente o que eu fiz errado. Estou certo de que ninguém recebeu duas punições de 5s por alguma coisa tão ridícula antes. Não colocamos ninguém em perigo, já fiz isso em 1 milhão de pistas e nunca fui questionado. Mas é assim que funciona. Claro que estão tentando me parar. Preciso voltar ao trabalho e ver o que acontece”.

Nesta terça-feira (29), Lewis se pronunciou nas suas redes sociais a respeito. “Posso nem sempre acertar em face da adversidade. Posso nem sempre reagir da maneira que você quer quando as tensões estão altas, mas sou apenas humano, no fim das contas, e sou apaixonado pelo que faço”, escreveu.

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Lewis Hamilton foi figura central do GP da Rússia (Foto: Mercedes)

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“Estou aprendendo e crescendo a cada dia, tiro as minhas lições disso e vou seguir lutando para a próxima. Obrigado àqueles que continuam me apoiando e estão aí lutando comigo”, completou o hexacampeão do mundo, que adiou para 11 de outubro a segunda oportunidade de igualar o recorde de 91 vitórias na Fórmula 1, marca que ainda pertence a Michael Schumacher.

Logo depois da corrida, Michael Masi, diretor de provas da FIA, rejeitou as alegações de Hamilton e defendeu os comissários.

“Do meu ponto de vista, é muito simples. Se o Lewis quiser trazer alguma coisa, a porta está sempre aberta e ficarei mais do que feliz ao discutir qualquer coisa”, disse Masi. “Acho que, do ponto de vista da FIA, estamos aqui para administrar o regulamento. Nós temos comissários como um júri independente. Houve uma infração e não importa se é com o Lewis ou com qualquer outro dos 19 pilotos. Se há uma infração, isso é considerado pelos comissários de acordo com as circunstâncias”, destacou.

“A área para treinar largada é algo específico de cada circuito e é detalhado nas notas do evento”, explicou, recordando o incidente. “Em todos os outros, o Lewis e os demais pilotos seguiram as exigências a respeito de onde treinar largada, seguindo as instruções. Diria que a razão para determinar a área de treino de largada é a segurança dos pilotos. Todo mundo tem noção do que acontece. A gente não pinta uma área delimitada, só especifica uma localização, que é algo que acontece desde antes do meu tempo”, complementou.

E na última segunda-feira, em sua coluna publicada no site oficial da Fórmula 1, Ross Brawn, diretor-esportivo da categoria, que chegou a trabalhar com Hamilton na Mercedes, também foi assertivo.

“Eu, pessoalmente, deixaria a pista e iria lamber minhas feridas enquanto penso em como evitar esses incidentes no futuro”, escreveu o dirigente britânico. “É por isso que eu já sei o que a equipe [Mercedes] vai fazer. Conheço muitas pessoas na equipe que vão admitir que erraram”, continuou.

“Azar e erros são coisas que acontecem. O que importa mesmo é como você responde. É fácil pensar que o mundo está contra você, mas quase sempre há algo que poderia ser feito de diferente ou algo que você pode aprender”, concluiu Brawn.

Ao longo da corrida, após o anúncio dos 10s de punição, os comissários confirmaram também que Hamilton ganhou mais 2 pontos na carteira, o que o deixou com 10 tentos no total e a somente 2 de ser suspenso automaticamente de uma corrida. Entretanto, depois da corrida, Michael Masi revogou a medida e converteu a aplicação dos pontos em multa de € 25 mil (ou R$ 161 mil) por entender que a Mercedes induziu Hamilton ao cometer o erro ao praticar as largadas em local indevido antes do GP da Rússia.

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