Presidente da FIA mira África e minimiza chance da Argentina no calendário da F1
Mohammed Ben Sulayem citou a busca da Fórmula 1 por competir em novos continentes e, por isso, disse que África do Sul e Ruanda estão no topo da lista de prioridades neste momento
A Fórmula 1 parece estar cada vez mais próxima de retornar à África nos próximos anos, mas além da África do Sul e de Ruanda, que apresentaram projetos que agradaram à categoria, outros países também sonham em entrar no calendário em breve, e entre eles está a Argentina. No entanto, Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), descartou a adição de uma nova corrida no continente americano, pelo menos por enquanto.
Durante o fim de semana do GP de São Paulo, Stefano Domenicali, CEO da classe rainha, reuniu-se com uma comitiva formada por Daniel Scioli, secretário de Turismo e Esportes, César Carman, presidente do Automóvel Clube da Argentina (ACA), e Felipe McGough, jornalista, para discutir a possibilidade de um retorno dos carros mais rápidos do mundo ao país do pentacampeão mundial Juan Manuel Fangio. Porém, nem mesmo os argentinos saíram tão otimistas assim com as chances futuras.
Apesar do grande número de circuitos interessados em sediar uma prova, a F1 se limitou a ter 24 etapas por temporada, o que tem dificultado a definição da programação dos próximos anos. Spa-Francorchamps, por exemplo, até renovou o contrato, mas acabou entrando no sistema de rodízio, e o mesmo pode acontecer com Ímola, como o próprio Domenicali admitiu recentemente. O GP dos Países Baixos, por sua vez, realizado em Zandvoort, não resistiu e só vai se fazer presente até 2026.
De acordo com Ben Sulayem, o objetivo é visitar novos continentes, e, por isso, a Argentina acaba ficando atrás de África do Sul e Ruanda na lista de candidatas. Considerando as Américas do Norte, Central e do Sul, a principal categoria do automobilismo carimba o passaporte nos Estados Unidos — em três oportunidades —, México e Brasil.

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“É possível, agora, que a gente vá para África. É bom ver, por exemplo, que no Oriente Médio há quatro corridas, quando antes isso era apenas um sonho”, disse o presidente da FIA em entrevista ao canal Carburando. “Lembro-me de uma vez em que alguém me disse para nunca pensar que a Fórmula 1 chegaria à minha região, ao meu país, dizendo-me para nunca pensar que haveria um presidente como eu ou qualquer pessoa deste país (Emirados Árabes Unidos). É incrível como o mundo muda”, continuou.
“Portanto, a Argentina não é novidade, como eu disse, por causa de Fangio, e já sediou corridas. Mas, para ter um campeonato de verdade, precisamos ter não apenas os fabricantes, mas também precisamos ter os continentes. Estamos chegando à África, mas o número de corridas deve permanecer o mesmo, a seleção precisa existir”, concluiu.
A Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

