Red Bull diz que punição por teto de gastos causa “enorme desvantagem” para F1 2023

A punição aplicada à Red Bull pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) segue repercutindo no paddock da Fórmula 1. Neste sábado (29), foi a vez do consultor dos taurinos, Helmut Marko, falar sobre o tema.

À Sky Sports da Alemanha, o austríaco acredita que, mesmo com as restrições dos testes aerodinâmicos, a equipe vai ser capaz de ser competitiva. “É uma punição dura. Mas estaremos no limite em que acreditamos ser competitivos nos próximos anos.”

Porém, Helmut tem consciência de que a penalização colocará a Red Bull atrás dos adversários. “É uma enorme desvantagem competitiva. Nosso túnel de vento é um dos primeiros a ser construído, por isso, o que levamos para ele tem de funcionar, não podemos dar ao luxo de cometer erros”, falou.

Marko deu mais detalhes de como funciona a construção do túnel que terá restrições para 2023. Para ele, a Red Bull vai precisar de cautela para escolher as atualizações para o seu carro.

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“Em termos de tempo de resposta e sensibilidade ao calor, precisamos de mais tempo para encontrar a temperatura certa. Fundamentalmente, isso significa que teremos menos execuções em ferramentas de simulação, ou seja, as ideias para o carro serão mais restritas”, analisou Marko.

Entenda o caso

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) multou a Red Bull por conta da violação do teto orçamentário da temporada 2021 da Fórmula 1. A equipe austríaca ultrapassou o limite de custos de US$ 145 milhões (R$ 775 mi) em uma margem inferior a 5% e foi multada em US$ 7 milhões (ou em torno de R$ 37 milhões), além de um limite de 10% do tempo em testes aerodinâmicos para a próxima temporada.

Christian Horner, chefão da equipe, reclamou da punição aplicada e achou “severa” demais — especialmente a redução de tempo para testes aerodinâmicos. Ainda segundo Horner, a equipe taurina em nada se beneficiou com a violação do teto orçamentário.

As rivais se manifestaram em relação à penalização. A Mercedes concordou com a FIA e acredita que, no futuro, a principal penalidade para a equipe, mais do que a perda técnica, tem a ver com os danos à sua reputação. A Ferrari, por sua vez, aponta que o teto será o mesmo para todos ano que vem, portanto, ainda que os taurinos não possam gastar em desenvolvimento como as demais equipes, poderá aplicar o dinheiro de outra forma na temporada 2023.

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