A temporada 2024 da Fórmula 1 está se aproximando e, apesar de a Red Bull seguir como franco favorita ao título, existem diversos motivos para se acompanhar a categoria máxima do automobilismo. No 10+ de hoje o GRANDE PREMIUM listou dez fatores que merecem atenção na F1 neste ano

A temporada 2024 da Fórmula 1 tem início no próximo sábado, dia 1º, com a abertura acontecendo no GP do Bahrein. Embora os testes de pré-temporada tenham mostrado que a Red Bull segue como grande favorita ao título, existem outros fatores que devem ser observados ao longo do ano.

Isso porque a temporada reserva histórias interessantes que vão se desenrolar ao longo do ano. Como por exemplo, o que esperar do último ano do casamento entre Lewis Hamilton e Mercedes? Ou como será a nova fase da Ferrari agora que a equipe tem ainda mais a identidade de Frédéric Vasseur?

No 10+ desta terça-feira (27), o GRANDE PREMIUM lista 10 coisas para se ficar de olho ao acompanhar o novo ano da Fórmula 1.

Verstappen ampliando o domínio na F1?

Verstappen chega como favorito ao título em 2024 (Foto: Red Bull Content Pool)

Max Verstappen beirou a perfeição ao longo de 2023, venceu 19 das 23 corridas do calendário e, além de conquistar o tricampeonato, realizou a temporada mais dominante de um piloto na história da Fórmula 1. E o cenário não deve ser muito diferente em 2024.

Isso porque a Red Bull não se contentou com o domínio do ano passado e preparou um projeto completamente novo para o RB20. Embora não tenha sido o mais rápido da pré-temporada, o modelo deu indícios de sua força ao longo dos três dias de atividades no Bahrein e completou, no total, 391 voltas com tempos bem interessantes. 

Após as atividades no Bahrein, ficou a sensação de que a Red Bull desponta como grande favorita ao título. E o único piloto que tem um equipamento parelho com o de Verstappen é Sergio Pérez, que não vive boa fase. Por isso, é possível que Verstappen domine ainda mais a categoria. Neste momento, não é exagero dizer que ele chega como favorito à vitória em todas as corridas do ano.

Sergio Pérez e o futuro na Red Bull

E por falar em Sergio Pérez, o mexicano chega pressionado para 2024 e tendo de se provar dentro da Red Bull. Mas mais do que ser um bom segundo piloto, ‘Checo’ precisa reconquistar a confiança de toda a equipe austríaca. 

A permanência de Pérez para 2024 foi muito mais fruto do contrato bem amarrado do que o desejo da Red Bull de seguir com seus trabalhos. Inclusive, era recorrente o consultor Helmut Marko e o chefe Christian Horner dizerem que o #11 seguiria em 2024 por existir um desejo de respeitar o acordo vigente, e não necessariamente por confiar em suas habilidades.

Ainda que tenha ficado com o segundo lugar no Mundial de Pilotos, ‘Checo’ teve um desempenho muito abaixo do esperado e sofreu, inclusive, para passar para o Q3 nas classificações e conquistar pódios nas corridas.

Por isso, apenas repetir o vice em 2024 não é o suficiente. Pérez precisa mostrar que é combativo e capaz de entregar bons pontos para a Red Bull em uma eventual briga pelo Mundial de Construtores.

Ferrari com DNA de Vasseur

A Ferrari tem boas expectativas para a temporada 2024 (Foto: Ferrari)

Existe muita expectativa acerca da nova era na Ferrari, agora sob o comando de Frédéric Vasseur. É bem verdade que o dirigente francês chegou a Maranello no início de 2023, mas na época a SF-23 já estava pronta e mantinha a identidade de Mattia Binotto.

Para 2024, Vasseur prometeu uma SF-24 “95% diferente”, focada em resolver os pontos fracos de sua antecessora — como o desgaste excessivo de pneus, por exemplo.

E os testes no Bahrein foram animadores para a escuderia italiana. Além de confirmar uma melhora na degradação dos pneus, o time de Maranello liderou dois dos três dias de atividades. No momento é a segunda força clara do grid e pode, eventualmente, ser uma pedra no sapato da Red Bull.

Relação de Sainz com Ferrari e Hamilton com Mercedes

Carlos Sainz e Lewis Hamilton já estão cumprindo aviso prévio e estão de saída de suas respectivas equipes. Hamilton já tem futuro certo e vai deixar a Mercedes para se juntar à Ferrari na temporada  2025 da Fórmula 1. Sainz, por sua vez, vai deixar o time italiano e ainda não tem futuro certo.

Devido a toda sua experiência e por tudo que conquistou, até o fim de 2023 Lewis era o primeiro piloto claro da Mercedes. Para 2023, no entanto, isso tende a mudar e o heptacampeão deve ser deixado um pouco de lado no que diz respeito às informações do carro. Afinal, está indo para um time rival.

Para Sainz o cenário é parecido, com a diferença de que a Ferrari não tinha, até agora, um primeiro piloto declarado. Porém, se quiser ter uma vaga em uma boa equipe no grid, Carlos precisa mostrar um bom serviço em seu último ano em Maranello — principalmente considerando que o carro tende a ser competitivo. Resta saber como ele vai fazer isso recebendo menos informações de desenvolvimento que o companheiro Charles Leclerc.

Promessa de evolução da RB

A RB guarda grandes expectativas para a F1 2024 (Foto: Red Bull Content Pool)

Depois de quase ser vendida pela Red Bull, a RB estreitou os laços com a marca dos energéticos e está prometendo muito para a temporada 2024 da Fórmula 1. Além de ter mudado a identidade visual, o time baseado em Faenza também está passando por um processo de reestruturação em que recebeu Laurent Mekies, ex-Ferrari, como novo chefe de equipe. 

Além disso, as instalações do time em Bicester, no Reino Unido, serão fechadas de forma permanente e vão se mudar para Milton Keynes. A nova estrutura será maior, e Mekies acredita que estar mais próximo da equipe irmã Red Bull pode ser benéfico para o desenvolvimento do carro.

Carro esse que, inclusive, está cercado de boas expectativas. Yuki Tsunoda reforçou que a VCARB 01 melhorou de forma considerável em relação à antecessora. Daniel Ricciardo, por sua vez, afirmou que o time deve sair do fundo do grid para “liderar o pelotão intermediário”. 

Relação de Ocon e Gasly com Alpine

A Alpine segue uma completa bagunça na Fórmula 1. O time realizou um verdadeiro bota-baixo no meio de 2023 e demitiu o chefe Otmar Szafnauer, o diretor esportivo Alan Pérmane e o executivo-técnico Pat Fry. Nada disso adiantou e a equipe seguiu estagnada na tabela.

Não suficiente, para 2024 preparou um carro completamente diferente, mas que parece ser consideravelmente pior. Durante a pré-temporada, o time francês só acumulou mais quilometragem do que a McLaren e do que a Alpine. Além disso, os tempos de volta não foram nada convincentes.

Embora tenha afirmado que está focado no trabalho na Alpine, Gasly reforçou que está em seu último ano de contrato com a equipe. Além disso, no início do ano a mídia espanhola noticiou que tanto Pierre quanto Ocon não estavam confiantes no trabalho dos franceses e já buscavam novas alternativas para 2025. A Alpine pode estar encrencada se não conseguir engrenar de vez em 2024.

Sargeant tendo de se provar na Williams

Logan Sargeant está em busca de evoluir na F1 (Foto: Williams)

Logan Sargeant pulou etapas e chegou muito cru à Fórmula 1. Por isso, teve um ano de estreia dos mais complicados em que colecionou acidentes. O titular da Williams somou um ponto, é verdade, mas que foi fruto da desclassificação de Lewis Hamilton e Charles Leclerc do GP dos Estados Unidos.

Para 2024, o time liderado por James Vowles optou por dar uma nova chance ao piloto dos Estados Unidos. Em busca de melhorar sua performance, Sargeant se preparou mentalmente e fisicamente para chegar bem em 2024. A própria Williams, inclusive, está o ajudando nessa questão.

Porém, só deixar de causar acidentes, como fez na última parte da temporada 2023 da Fórmula 1, não é o suficiente. É preciso ser mais competitivo e andar um pouco mais próximo do companheiro Alexander Albon.

Briga pelotão intermediário (Ferrari, McLaren e Mercedes)

Assim como foi em 2023, a briga no pelotão intermediário, logo atrás da Red Bull, tende a ser bem interessante. No ano passado a Mercedes concluiu o Mundial de Construtores na segunda colocação. O time alemão, no entanto, não estava em boa fase, enquanto Ferrari e McLaren, que terminaram logo atrás, estavam em uma crescente.

E a ordem de forças deve seguir embaralhada para 2024. Em um primeiro momento, a Ferrari deu indícios de que é a mais forte entre as três. Foi a que mais acumulou quilometragem e, de quebra, foi a responsável pelo melhor tempo da pré-temporada.

A McLaren, por sua vez, ainda que Lando Norris tenha dito que o time britânico está “muito longe de Ferrari e Red Bull”, o próprio #4 reiterou que o carro é agradável de guiar e o desenvolvimento está caminhando na direção certa.

Já a Mercedes está com um conceito completamente novo em 2024 e utilizou as atividades no Bahrein para entender melhor o próprio projeto. Porém, garantiu que fez bons progressos e afirmou que vai começar a próxima temporada da Fórmula 1 “um pouco melhor” do que a Ferrari.

Relação entre Alonso e Aston Martin

Fernando Alonso (Foto: Aston Martin)

Se em 2023 a Aston Martin foi um dos destaques da pré-temporada da Fórmula 1, o cenário não deve se repetir em 2024. A equipe de Lawrence Stroll até acumulou boa quilometragem ao longo dos três dias no Bahrein, mas os tempos de volta não foram dos mais convincentes. É possível que a escuderia britânica comece o ano como quinta força do grid.

O início mágico no ano passado, com seis pódios nas primeiras oito corridas, deixou Fernando Alonso feliz da vida. Porém, a perda de desempenho pode influenciar bastante no comportamento do bicampeão, que tem contrato só até o fim do ano. O piloto espanhol já tem 42 anos de idade e não deve ter muitos anos pela frente na Fórmula 1. Por isso, não pode perder tempo com projetos que não rendem frutos.

Alonso nunca foi muito fácil de lidar, principalmente quando as coisas não saem como deseja. Uma nova queda de desempenho da Aston Martin pode fazer o bicampeão procurar uma nova equipe. Ainda mais que Lewis Hamilton deixa uma vaga cobiçada na Mercedes em 2025.

Silly season para 2025

Se o grid da Fórmula 1 2024 vai começar exatamente da mesma forma que terminou em 2023, a tendência é que as mudanças para 2025 sejam grandes. Isso porque nada menos que 11 pilotos têm contrato expirando no fim do ano.

E a ida de Lewis Hamilton para a Ferrari, confirmada no início de fevereiro, também aqueceu ainda mais as coisas. Afinal, embora o time alemão não esteja vivendo a melhor fase de sua história, a equipe é bem estruturada e, de certa forma, competitiva. Por isso, é natural que ela atraia a atenção dos inúmeros nomes no grid.

Embora o futuro de Sergio Pérez ainda não esteja definido, existe a possibilidade de surgir uma vaga na Red Bull ao lado de Max Verstappen. Além disso, os acordos de Fernando Alonso (Aston Martin), Esteban Ocon e Pierre Gasly (Alpine), Logan Sargeant (Williams), Kevin Magnussen e Nico Hülkenberg (Haas), Guanyu Zhou (Sauber), Yuki Tsunoda e Daniel Ricciardo (RB). Carlos Sainz também está de saída da Ferrari, mas a formação do time italiano já está confirmada.

Por isso, é possível esperar uma grande movimentação entre os pilotos já presentes no grid, mas também a chegada de muitos novatos talentosos que estão competindo da Fórmula 2.

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