Newgarden vira escolhido de Indianápolis e coroa jornada improvável da Penske

Josef Newgarden sofreu com o azar que o tirou títulos recentes. Porém, sorte se encaixou demais para um dos pilotos mais talentosos da categoria e que finalmente conquistou a Indy 500

Foram 12 tentativas, mas um dos principais pilotos da Indy finalmente colocou o nome na história do Indianápolis Motor Speedway. Enfim, Josef Newgarden é um vencedor das 500 Milhas de Indianápolis. Veio de forma dramática, improvável, em um roteiro muito mais legal do que nos anos em que o piloto do Tennessee realmente era favorito.

Desde o começo do mês, a Penske não parecia ter o mesmo nível de Ganassi e McLaren. A classificação foi muito abaixo da média, mas o time conseguia igualar no ritmo de corrida. A dúvida é se seria possível conquistar algo saindo apenas do 17º lugar. Mesmo com o nível de imprevisibilidade da Indy 500, a tendência é de ter os vencedores saindo nas quatro primeiras filas.

Em uma corrida onde parecia muito difícil ultrapassar desde o início, Josef contou com uma aliada gigantesca: a Penske. E nunca dá para subestimar o maior e mais importante time da Indy. Por meio das estratégias, Newgarden conseguiu escalar o pelotão por meio de grandes pit-stops. Quando ninguém prestava muita atenção, lá estava Josef no mesmo bolo de Marcus Ericsson, Felix Rosenqvist, Pato O’Ward e outros, todos que eram tidos como candidatos a vencer.

Josef Newgarden venceu a Indy 500 (Foto: Indy)

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Depois disso, vem a mística de Indianápolis, o jeito que essa pista e esse evento simplesmente escolhe seus vencedores. Não era o dia de Álex Palou, não era o dia de Pato O’Ward, nem de Felix Rosenqvist. Por incrível que pareça, também não era dia de Marcus Ericsson se tornar o primeiro vencedor de anos seguidos desde 2002. Era dia de fazer justiça com o principal piloto de ovais da Indy.

Ericsson, por sinal, fez um trabalho impressionante de defesa. Soube relargar muito bem e abriu uma vantagem na abertura da última volta que parecia ser suficiente. Mas não era o dia do sueco: era o dia de Newgarden, daquele piloto que já venceu em todos os outros ovais do calendário e muitas vezes com golpes nos momentos finais. E foi exatamente desse jeito que aconteceu.

A coroação de Newgarden é merecida demais para um piloto que conquistou tanta coisa nos últimos tempos e ainda soa subestimado. São dois títulos, chegou na Penske tomando o time de assalto, é completo, cresce em momentos decisivos, anda em todo tipo bom de pista, é o mais próximo de imbatível que a categoria tem quando vive os melhores dias. Ao mesmo tempo, sofre de um azar inexplicável que o faz ter apenas dois títulos.

“Estou muito agradecido por estar aqui. Você não tem ideia de como foi estar junto aos fãs, na multidão. Esse lugar é incrível, não importa se você está no carro competindo, ou na arquibancada torcendo, tudo faz parte deste evento e da energia. Quero agradecer a Indianápolis, eu amo essa cidade”, 

Hoje, a sorte sorriu para Newgarden. Não apenas a sorte, mas tudo que precisava se encaixar para ele acabou se encaixando. A comemoração foi do melhor jeito possível: indo para o público. Talvez porque Josef seja também o último dessa geração americana da Indy, que ainda vive o que é Indianápolis e tem essa proximidade com os locais. Poucas vezes alguém mereceu tanto ter o nome na história do Speedway.

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