Honda reforça contrato de Marc Márquez até 2024, mas diz que “não quer pessoas infelizes”

Chefe da Honda, Alberto Puig lembrou que Marc Márquez tem contrato até o ano que vem, mas reiterou que a equipe não quer ter pessoas insatisfeitas

A crise realmente está instaurada na Honda. Chefe da equipe, Alberto Puig deu entrevista coletiva após Marc Márquez ser barrado de correr por causa de sua lesão na costela direita. O dirigente espanhol admitiu que a marca da asa dourada ainda não tem completa compreensão da RC213V e também falou sobre o futuro do hexacampeão da MotoGP.

“Minha experiência diz que você não pode consertar algo em dois meses, estamos muito atrasados”, admitiu. “É muito otimista pensar que podemos voltar ao alto desempenho em dois meses. A única coisa que podemos fazer e estamos tentando fazer é tentar coisas”, seguiu.

Marc Márquez tem contrato para 2024, mas a Honda não segura ninguém. Devo dizer que acho que cada pessoa é livre para fazer o que quiser na vida e a Honda não é uma empresa que quer ter pessoas que não estão felizes aqui”, colocou.

Marc Márquez foi barrado do GP da Holanda (Foto: Repsol)

Ontem, Puig destacou a persistência do #93 mesmo com o corpo muito machucado. Ele sabe, no entanto, que uma folha de papel não segura Marc, que segue pedindo melhorias em seu equipamento.

“Obviamente temos um contrato com ele e a Honda respeita muito o Marc, claro que temos um contrato, mas não tenho a varinha mágica. Os fabricantes japoneses provavelmente terão de mudar sua abordagem, temos de tentar ser mais rápidos e reagir mais rápido”, reconheceu.

Até o sábado, que teve a classificação e a corrida sprint, Marc contabilizou duas quedas — a última, no Q1, após tocar na traseira de Enea Bastianini. Na semana passada, porém, foram nada menos do que cinco tombos, alguns mais espetaculares que os outros. No fim, fraturou as costelas, o polegar esquerdo e sofreu um traumatismo no tornozelo.

O piloto de Cervera foi barrado hoje por Ángel Charte, diretor-médico da MotoGP, e não vai participar da corrida principal em Assen.

“Esta manhã, quando o vi, essa pequena fratura aumentou, aumentou um pouco mais. Essa situação traz um risco porque a parte da costela está ligeiramente deslocada para cima e pode afetar a pleura parietal e causar problemas respiratórios, então decidi que não pode correr. É uma decisão médica dura e difícil”, disse ele em entrevista à DAZN.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.