Marc Márquez dá pista de salário na Gresini: “Ainda serei um dos mais bem pagos do grid”

Marc Márquez não fala em números, mas deu uma pista de que seguirá sendo muito bem pago, mesmo com a mudança para a Gresini. O seis vezes campeão da MotoGP revelou que vai “continuar sendo um dos mais bem pagos do grid”.

Márquez abriu mão da fortuna que recebia da Honda para encerrar o contrato um ano antes do previsto e correr com a Gresini em 2024, usando a Ducati GP23, a moto usada por Francesco Bagnaia e Jorge Martín, por exemplo, na luta pelo campeonato de 2023.

Questionado pelo jornal AS se sabe de algum atleta que já abriu mão de uma soma tão alta — especula-se que a Honda pagava cerca de € 12,5 milhões temporada (cerca de R$ 66,7 milhões), Márquez respondeu: “Não consigo pensar em ninguém que tenha feito isso, mas tenho certeza que existem alguns”.

“Obviamente, dinheiro é importante para todo mundo, e qualquer um que diga que não, está mentindo. Mas nunca foi a minha prioridade número um”, indicou. “Veja, eu vivo a 1h15min de Andorra”, acrescentou, se referindo ao país europeu onde o imposto de renda é de 10% — no Brasil, a alíquota varia entre 7,5 e 27,5%, dependendo da renda — e o IVA é de 4,5% — com a reforma tributária que tramita no Congresso brasileiro, estima-se que a alíquota pode chegar a 27,5% —, uma tributação menor do que muitos países vizinhos.

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Há nove anos, Marc chegou a chorar em uma coletiva de imprensa por causa das muitas criticas que recebeu por deixar Cervera para viver em uma região próxima ao Principado. A mudança, porém, não foi muita longa. Hoje, o piloto vive em Madri, para onde se mudou para tratar a lesão no braço.

“Eu era muito jovem. E eu tive uma casa em Andorra por 3 ou 4 anos”, recordou. “Neste inverno, se estiver fisicamente bem, vou a Andorra, mas não tenho mais uma casa lá, porque não podia usar por causa das lesões, então vendi. Mas vou ficar em um hotel por alguns dias”, contou.

“Tenho [a Cordilheira dos] Pirineus muito perto de mim e gosto. Se fosse por dinheiro, já teria ido viver lá”, disparou, reconhecendo que, também em termos tributários, a mudança para Madri trouxe benefícios. “Sim, mas se fosse por essa razão, iria para Andorra, que está a 1h30min de casa”.

“Voltando ao fato de abrir mão de tanto dinheiro, estou em uma posição diferente agora. Durante esses anos, tive muita sorte de tudo ter corido bem para mim em todos os sentidos, então agora isso não é mais prioridade para mim”, sublinhou.

Mesmo que não fale em número, Marc, que já afirmou que não vai correr de graça pela Gresini, deixou claro que seguirá tendo um bom salário.

“No próximo ano, vou continuar sendo um dos mais bem pagos do grid”, revelou.

Perguntado se vai levar ao time de Nadia Padovani alguns dos patrocinadores pessoais, Marc disse: “No momento, estou investindo na minha carreira, para ser feliz, sorrir embaixo do capacete e continuar por muito mais anos. Para mim, isso é um investimento”.

A MotoGP volta a acelerar neste fim de semana, com o GP da Comunidade Valenciana, no circuito de Valência, para a etapa que encerra a temporada 2023. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade.

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