Mir cita “corrida eterna” em Valência e diz: “Ganhar com a Suzuki tem um mérito extra”

Campeão antecipado da MotoGP, o piloto de Palma de Maiorca agradeceu a marca de Hamamatsu pela oportunidade. Mir disse que espera ter alegrado as pessoas que sofreram com a pandemia do novo coronavírus

Joan Mir afirmou que o GP da Comunidade Valenciana de MotoGP foi uma “corrida eterna”. O piloto de 23 anos recebeu a bandeirada apenas em sétimo, mas foi o suficiente para fechar o domingo (15) como campeão da temporada 2020 da classe rainha, encerrando um jejum de 20 anos para a Suzuki.

“Não me restam forças para celebrar. Ainda bem que essa corrida não chegou antes, porque sofri mais do que nunca. Mas foi o suficiente para sermos campeões”, disse Mir. “Agora eu poderia começar a nomear pessoas, mas ia levar muito tempo, porque muita gente me ajudou durante todos esses anos”, seguiu.

Contratado pela Suzuki depois de apenas um ano na Moto2, o balear agradeceu a chance com a fábrica de Hamamatsu, mas reconheceu que não esperava atingir o objetivo tão cedo.

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Joan Mir conquista o primeiro título na MotoGP (Foto: Reprodução)

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“Agradeço a Suzuki por esta oportunidade que me deram. Era o objetivo que traçamos para nós em longo prazo e conseguir no segundo ano me deixa sem palavras”, declarou. “Agora é o momento de celebrar com eles e com a minha família”, frisou.

Tradicionalmente pé no chão, Joan aproveitou para mandar uma palavra de conforto a todos que estão sofrendo com a pandemia.

“Espero ter alegrado um pouquinho a vida das pessoas que sofreram tanto por causa da Covid-19”, falou.

Mir ressaltou que a Suzuki conta com uma estrutura pequena na classe rainha e, por isso, considera que é especial vencer com a marca.

“Quando assinei com a Suzuki, pensei na bonita oportunidade que seria ganhar com essas pessoas. É uma família muito pequena, muito mais do que as outras fábricas”, comparou. “Ganhar com a Suzuki tem um mérito extra. Não posso estar mais agradecido por ter conseguido tão rápido, em só duas temporadas”, observou.

Apesar de ter parecido uma corrida totalmente sob controle em Valência, Joan afirmou que sofreu neste domingo, mesmo que soubesse que tinha as mãos no título desde o início da corrida.

“A corrida foi eterna. Sofri muito em cima da moto. Tive um ou outro susto arriscando, mas tratei de não cometer erros. Levei um susto atrás do outro, a moto estava imprevisível. Ainda bem que deu tudo certo no final”, comemorou. “A verdade é que, desde a primeira volta, eu já era campeão, mas até que não visse o OK na placa, não acreditava. Dei 100% e estou muito contente”, orou.

“Foi um ano muito difícil por causa da pandemia. Não pude estar com a minha família, as pessoas que encaram a parte mais difícil da sua vida, foi muito duro. Voltar para casa e não me contagiar para não perder nenhuma corrida foi uma pressão extra muito grande, mas conseguimos lidar bem com isso. Mas foi muito, muito difícil. E fez a diferença”, destacou.

Por fim, Joan reconheceu que a consistência nos resultados foi chave para o resultado de 2020.

“Com certeza, não fui o mais rápido em todas as corridas, mas fui o mais constante no pódio e acabei a temporada, que para mim já terminou, pois atingimos o objetivo. Já estou pensando na próxima”, concluiu.

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