“Quer um emprego?”: Trackhouse encurta caminho e mantém funcionários da RNF

Os integrantes da RNF não ficaram desempregados com a saída da equipe da MotoGP. Substituta da estrutura de origem malaia, a Trackhouse ofereceu emprego a todos os integrantes e formou o time que vai estrear em 2024 com um grupo que já vinha trabalhando junto.

Pouco após o encerramento da temporada 2023, a RNF foi barrada pela MotoGP por seguidas violações ao Acordo de Participação. Dias mais tarde, o Mundial de Motovelocidade anunciou a chegada da Trackhouse, que tem origem na Nascar.

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Justin Marks, dono do time, contou que o plano original era entrar no campeonato em 2025, mas os planos foram antecipados por conta da saída da RNF. Assim, a solução mais prática foi incorporar quem já trabalhava na equipe.

“Originalmente, nós iríamos correr em 2025”, começou Marks. “Quando a RNF teve os problemas dela e abriu a vaga no grid para 2024, a primeira coisa que fizemos foi, basicamente, ligar para eles e dizer: ‘Olha, o time em que você estava não existe mais. Nós estamos começando uma equipe e adoraríamos manter o emprego de todos vocês’”, contou.

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Justin reconheceu que seria muito difícil começar uma equipe do zero no curto prazo entre o fim de uma temporada e o início de outra.

“Teria sido muito difícil começar uma equipe do zero no período de três meses e aí contratar para cada uma das posições”, assumiu. “Existe esse grupo de pessoas que nós sabíamos que estavam trabalhando juntas, que se entendem, têm uma relação umas com as outras, com os pilotos, têm uma relação com a Aprilia. Então perguntamos ‘vocês querem um emprego, porque se quiserem, vamos contratar todos vocês e poderemos fazer isso juntos’”, seguiu.

“E todos eles disseram sim, então foi muito, muito benéfico e favorável a nós que aquele grupo de pessoas concordou em fazer a transição conosco”, celebrou.

Questionado pelo GP se algum integrante da equipe da Nascar vai fazer a transição para a MotoGP, Marks explicou que as duas estruturas estarão unidas apenas no extra pista, em setores como marketing, financeiro e jurídico, por exemplo.

“Não. Principalmente porque existem muitas particularidades no paddock da MotoGP e na forma como a MotoGP lida com isso. Precisamos de pessoas, neste ponto de partida, que entendam o esporte. Acho isso muito importante”, falou Marks. “Eu diria que a influência que a Trackhouse America terá na equipe da MotoGP é no apoio de social, digital e marketing e, obviamente, gestão, coisas como financeiro, contabilidade, jurídico, RH, todas as coisas que usamos no negócio, em que a equipe da MotoGP estará plugada, pois temos 173 funcionários na América do Norte, então a MotoGP poderá se encaixar nisso”, apontou.

A equipe das Nascar, porém, vai ajudar no esforço de promoção, tentando atrair os fãs de uma categoria para a outra.

“A equipe da Nascar quer poder apoiar a MotoGP do lado de marketing e promoção. Garantir que os milhões e milhões de fãs da Nascar que assistem a Trackhouse, queremos que todos eles vejam a MotoGP. Então nossas equipes de digital, social, conteúdo e marketing vão realmente apoiar a equipe da MotoGP para estar lá para ajudar a contar uma grande história”, encerrou.

A MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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