Retrospectiva 2024: Liberty Media chega com promessa de pôr MotoGP em novo patamar

No campo esportivo, a MotoGP provou ao longo dos últimos anos que está em um bom caminho, mas, em termos de promoção, ainda tem muito potencial a ser explorado. E o Liberty Media já provou que é capaz de fazer isso

O LIBERTY MEDIA VEM AÍ! Fora da pista, um assunto marcou os bastidores da MotoGP: o grupo que é dono da Fórmula 1 comprou uma fatia de 86% das ações da Dorna Sports e, assim, coloca as duas maiores categorias do esporte a motor mundial sob um mesmo guarda-chuvas. Essa, pelo menos, é a expectativa, já que o negócio ainda depende de uma última barreira: a União Europeia.

Desde o anúncio do acordo, ficou claro que o negócio dependia da aprovação de vários órgãos antitruste ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Por aqui, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não impôs barreiras, assim como aconteceu com o organismo da Austrália. Na União Europeia, como já era de se esperar, a dificuldade foi maior.

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No fim da semana passada, a publicação Bloomberg noticiou que a EU vai investigar a prática de aglomeração comercial e monopólio. Teresa Ribeira, chefe antimonopólio da EU e vice-presidente da Espanha, assumiu o caso e não esconde a preocupação com a repercussão que o acordo pode ter nos setores de streaming e radiodifusão, já que, com o negócio com a Dorna concretizado, o Liberty Media teria sob o guarda-chuva não só F1 e MotoGP, mas também Mundial de Superbike, Fórmula E, MotoE, Mundial Júnior, Talent Cup, Red Bull Rookies Cup e Mundial Feminino de Motociclismo.

Contudo, isso já era esperado. Não é a primeira vez que MotoGP e F1 tentam ir parar sob o mesmo teto. Na anterior, porém, o negócio não foi adiante. Agora, o Liberty Media, desde o primeiro momento, se mostrou confiante de que poderia convencer os governos de que a união das categorias não vai afetar negativamente o mercado.

Mundial de Motovelocidade dá espaço para pilotos manifestarem a própria personalidade (Foto: Aspar)

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Enquanto o imbróglio político e regulatório não é solucionado, fica a expectativa. A julgar pelo que foi feito na Fórmula 1, a MotoGP tem razões para ansiar a chegada dos norte-americanos. No comando da principal série do automobilismo mundial, o Liberty Media conseguiu fazer a F1 crescer, atingir um novo público e ampliar o alcance do esporte.

Na gestão Liberty Media, a F1 rejuvenesceu e ficou menos quadrada. Alguns dos fãs mais puristas reclamam das táticas, especialmente no que diz respeito a roteirizarão de ‘Drive to Survive’, mas o fato é que a categoria cresceu. E isso não há como negar.

Enquanto produto, a MotoGP é excelente. Uma categoria competitiva, com vários pilotos capazes de vencer e, mesmo que, no momento, uma marca seja dominante, como acontece com a Ducati, não existe monopólio da força de um único piloto. Além disso, o Mundial de Motovelocidade tem um carisma especial, já que coloca as pessoas em primeiro lugar. Claro que a disputa entre as marcas está lá, mas a MotoGP permite que os pilotos manifestem a personalidade de cada um desde uma simples escolha de layout de número até a maneira especial de comemorar um título mundial.

A MotoGP tem tudo para conquistar uma nova audiência, para se tornar um esporte mais massificado, menos europeu, menos de nicho. Mais, para isso, precisa da força de alguém que sabe como trabalhar marketing e comunicação. E essa é a força do Liberty Media.

Comunicar melhor. Essa é a missão do Liberty Media na MotoGP. Vender a MotoGP para mais gente. Convencer mais fãs a acompanharem a categoria, a consumirem o Mundial de Motovelocidade. Mas, para isso, primeiro é preciso superar o entrave da União Europeia.

MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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