Retrospectiva 2024: Yamaha sofre de novo, mas investe para retomar glórias na MotoGP

A Yamaha ficou em penúltimo no campeonato de construtores em 2024, mas fez grandes contratações, como a parceria com a Pramac. Tudo para voltar ao topo e duelar forte com a Ducati na MotoGP

A YAMAHA ESPERA POR VENTOS MAIS FAVORÁVEIS depois de mais um ano de dificuldades na MotoGP. Embora o campeão de 2021, Fabio Quartararo, tenha tido presença constante na zona de pontuação das corridas principais – apenas em cinco oportunidades o francês não pontuou em 2024 -, nem de longe a fabricante japonesa vive os áureos tempos que teve em décadas passadas, com Valentino Rossi e Jorge Lorenzo. Mas, ao que tudo indica, o investimento para o próximo campeonato será pesado.

De começo, o anúncio da permanência de Fabio na equipe, depois de perigo real da renúncia pela vaga na fábrica japonesa, que não vence no Mundial de Motovelocidade desde 2022. “A Yamaha é uma equipe mítica. Meu sonho era ir para lá. Estava preparado para deixar a marca e ela fez mudanças muito grandes, contratando muitos engenheiros novos. Até para a marca não é bom estar tão atrás no mercado dela”, disse Quartararo em entrevista ao canal Legend, no YouTube.

O ano não foi fácil para o campeão mundial de 2021. Acostumado com os pódios e as primeiras posições, Quartararo passou em branco durante a temporada. Quer dizer, até conseguiu um terceiro lugar na sprint em Jerez, mas acabou punido e caiu para o quinto lugar. Mesmo assim, ainda arrumou bons resultados, especialmente na reta final, mas ainda distante do que se espera desse casamento com a Yamaha.

Além disso, uma nova cartada em cima do talento de Álex Rins. O espanhol espera, enfim, superar as temporadas de lesões para poder desfrutar da YZR-M1. Novamente sofreu com quedas e perdeu algumas etapas. Top-10? Só em Aragão e Malásia, mas ganhou uma segunda chance da montadora japonesa para provar a capacidade que já mostrou em anos passados.

Miguel Oliveira e Takahiro Sumi após assinatura do português para 2025 (Foto: Yamaha)

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Na direção da equipe, outra alteração importante com a chegada de Paolo Pavesio substituindo Lin Jarvis na direção de divisão de corridas, que deixa a marca dos três diapasões após 26 anos no comando.

Em seguida, mais investimentos agora com a Pramac como equipe satélite, tanto na classe rainha, como na Moto2. Para adicionar experiência à parceira, Jack Miller e Miguel Oliveira são os nomes definidos para 2025. O português se mostrou confiante em contribuir com o desenvolvimento da moto. “Realmente acredito que posso fazer a diferença lá”, disse Oliveira em entrevista ao site oficial da categoria. “E com esta nova abordagem da Yamaha, podemos chegar em bons resultados muito mais rápido”, celebrou.

Na base, Tony Arbolino e Izan Guevara formam a dupla que quer guiar a equipe para voos mais altos. “A criação da Pramac Yamaha Moto2 é um desenvolvimento natural e que se encaixa no aclamado programa BLU CRU. Temos um line-up de pilotos impressionante combinando habilidade, talento e potencial”, festejou Jarvis. “Estamos muito empolgados, esta parceria reflete a dedicação da Yamaha em nutrir jovens talentos, assim como a dedicação da companhia em voltar ao topo”.

Desta forma, a montadora japonesa quer retomar o domínio do Mundial de Motovelocidade e botou grana pesada para que isso aconteça. Vai depender, agora, de seus pilotos, afinal, estrutura tem. A aposta vai ser na liderança de Quartararo neste novo projeto para, assim, voltar ao topo da classe rainha e duelar palmo a palmo com a Ducati na categoria.

Motivação não falta. “O trabalho duro está dando resultado, A equipe está altamente motivada, a paixão pelas corridas de moto está em outro nível, então a equipe toda vai trabalhar”, falou o chefe da Yamaha, Massimo Meregalli, pronto para apagar o penúltimo lugar no campeonato de 2024 entre as fábricas, com apenas 124 pontos conquistados.

MotoGP volta a acelerar entre 5 e 7 de fevereiro de 2025 para os primeiros testes de pré-temporada, em Sepang, na Malásia. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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