Rossi avalia que poderia ter vencido mais se tivesse empenho de hoje no início da carreira
Italiano previu que será difícil ver o campeonato de 2022 começar sem estar na pista, mas disse que encerra a carreira aos 42 anos sem poder reclamar dos resultados que conquistou
Valentino Rossi avaliou que poderia ter conquistado mais do que as 155 vitórias que acumulou na carreira se tivesse tido o mesmo nível de comprometimento e empregado o mesmo esforço dos últimos dez anos. O piloto de 42 anos avaliou, porém, que existem coisas que só podem ser aprendidas com o passar dos anos.
O italiano de Tavullia encerrou a carreira com um décimo lugar no GP da Comunidade Valenciana, mas acumulou ao longo de 26 temporadas 115 vitórias, 235 pódios, 65 poles, 6.357 pontos e nove títulos no Mundial de Motovelocidade, sete deles na classe rainha.
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Questionado se encerra a carreira com algum arrependimento, Rossi respondeu: “O único é que acabou. Vai ser mais difícil para mim na próxima semana, nos próximos meses, em março quando o campeonato começar e eu não estiver lá”.
“Não posso reclamar dos meus resultados, mas se tivesse tido o mesmo comprometimento e esforço dos últimos dez anos no início da minha carreira, provavelmente teria vencido mais”, comentou. “Quando você é jovem, é normal que seja assim. Tem coisas que você aprende com a idade”, ponderou.
Ainda, Valentino disse que, se pudesse mudar algo na carreira, voltaria a Valência em 2006 para estar mais concentrado. Naquela corrida, uma queda do italiano abriu caminho para Nicky Hayden virar o jogo no campeonato e conquistar o título da MotoGP.
Além disso, o italiano disse que mudaria o desfecho de 2015. Rossi considera que perdeu aquele campeonato para Jorge Lorenzo por culpa de Marc Márquez, que, na visão dele, atuou para beneficiar o espanhol e impedi-lo de alcançar a marca de Giacomo Agostini no esporte.
“Voltaria aqui para Valência, mas em 2006. Encararia aquela corrida mais preparado e concentrado. Talvez não tivesse caído. Mas, acima de tudo, voltaria a 2015. Daquela vez, fiz tudo que tinha de fazer, não foi minha culpa que perdi, e isso dói ainda mais. É o meu maior arrependimento, pois a derrota de 2006 é aceitável, é normal perder depois de tantas vitórias, mas o título de 2015 seria mais importante, pois teria atingido os dez. Isso machuca. O resto foi fantástico”, completou.
Para marcar a despedida de um dos maiores ícones esportivos desta geração, o GRANDE PRÊMIO preparou um especial, com números, análises e muito mais. O conteúdo todo será divulgado no dia 16. Fique ligado!
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