Vida social ameaçada × novos fãs: pilotos opinam sobre calendário da MotoGP 2023

Com 21 corridas e dois países novos, o calendário da MotoGP em 2023 será o maior da história. Os pilotos, no entanto, apontaram os prós e contras de uma temporada tão longa

O calendário mais longo da história da MotoGP foi assunto na coletiva de imprensa pós-treinos da sexta-feira (30), na Tailândia, e, como esperado, os pilotos levantaram os prós e contras de uma temporada com 21 corridas. Enquanto boa parte não escondeu a preocupação com o tempo maior longe de casa, há quem encare a chegada em novos territórios como positiva para a categoria em termos comerciais.

A classe rainha anunciou que, no próximo ano, o Mundial de Motovelocidade vai começar em 26 de março e terminar oito meses depois, em 26 de novembro, aterrissando em dois países novos, Cazaquistão e Índia. O período transoceânico também será o maior da história, com pilotos e membros das equipes passando até sete semanas longe de casa.

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MotoGP anunciou que vai correr na Índia em 2023 (Foto: Divulgação/MotoGP)

Álex Rins chegou a brincar sobre a reação da esposa. “Com este calendário, ela vai trocar a fechadura de casa”, disse o futuro piloto da LCR, mas logo recebeu apoio do compatriota Aleix Espargaró, que se disse privilegiado pela Aprilia permitir que ele leve a esposa e os filhos com ele pelos circuitos por onde a MotoGP passa.

“Tenho sorte pela Aprilia deixar eu trazer minha família. Por causa do calendário, penso mais nos mecânicos. Sou um privilegiado, basta eu me organizar com a minha esposa”, avaliou Aleix, que ainda observou que “nos próximos dez ou 12 anos, a idade média da aposentadoria dos pilotos vai diminuir”.

Miguel Oliveira também levou com bom humor o aumento de trabalho. “Agradeço por já ser casado”, comentando em seguida que “será impossível ter vida social” com uma temporada tão inchada. Jorge Martín acompanhou os colegas, mas pontuou que o tempo longe de casa pode trazer um desgaste mental além do esperado.

“Será um calendário muito intenso, especialmente com as corridas sprint. A parte mais difícil é a mental, estar tanto tempo longe de casa”, opinou o piloto da Pramac.

Já para outros, a ida da classe rainha para novos países tem sido encarada com muito mais otimismo. Maverick Viñales, por exemplo, destacou a importância de expandir a categoria e alcançar novos fãs. “É importante para a MotoGP se expandir. A Índia é muito importante, pois permitirá que a categoria cresça”, avaliou.

Marc Márquez, que também não tem esposa e filhos, acompanhou o companheiro de equipe de Aleix Espargaró, mas, embora goste do próximo calendário, fez um alerta: “No futuro, você tem de ficar nessas 21 corridas, no máximo”, disse o #93.

Por fim, Francesco Bagnaia arrematou: “É muito tempo longe de casa, mas estou feliz por viajar para outros países.”

MotoGP volta à pista de Chang neste sábado para a classificação às 05h05 (de Brasília, GMT-3), válida para o GP da Tailândia. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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