Diretor de provas na F1 atribui a toque de recolher demora sobre punições no Catar

Michael Masi, diretor de provas da FIA para a Fórmula 1, tentou explicar porque a decisão sobre as punições a Max Verstappen e Valtteri Bottas no grid do GP do Catar demorou tanto e só foi definida 1h40min antes da largada

F1: HAMILTON x VERSTAPPEN: DISPUTA INTENSA NA F1 A 2 PROVAS DO FIM | Paddock GP 269

Entre a convocação dos comissários da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para que Max Verstappen, Valtteri Bottas e Carlos Sainz prestarem esclarecimentos sobre irregularidades em trechos sinalizados com bandeiras amarelas no fim da classificação do GP do Catar e o anúncio das punições ao holandês e ao piloto da Mercedes — Sainz provou não que não feriu a regra e escapou de qualquer sanção —, foram cerca de 18 horas. A decisão em punir Verstappen com cinco posições no grid da corrida do último domingo (21) em Losail, enquanto Bottas perdeu três colocações. Só que a definição só foi anunciada 1h40min antes da largada.

A estranheza com tamanha demora não foi algo novo, já que a direção de prova da FIA para a F1, liderada pelo australiano Michael Masi, gastou tempo demais no fim de semana do GP de São Paulo e só anunciou, no dia seguinte à classificação em Interlagos, a punição a Lewis Hamilton por conta de uma irregularidade milimétrica na asa móvel do carro da Mercedes. Hamilton foi excluído da sessão e largou no fim do grid na corrida sprint. A decisão também só foi anunciada poucas horas antes da disputa em Interlagos.

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Michael Masi tentou explicar a demora na tomada de decisões no Catar (Foto: Alfa Romeo)

Sobre o ocorrido no Catar, Masi atribuiu a demora sobre a tomada de decisão ao fuso horário e também ao toque de recolher submetido pela FIA aos funcionários, fiscais e comissários, de modo que toda a resolução do caso, que habitualmente seria no próprio sábado, ficou para domingo, menos de duas horas antes do início da corrida em Losail.

“Determinamos quem tinha feito [a sinalização com bandeiras amarelas], o que foi mostrado e o que não foi mostrado e assim por diante. Em seguida, relatamos isso aos comissários e, obviamente, eles enviaram suas convocações [aos pilotos]”, disse o diretor de provas em entrevista veiculada pelo site britânico GPFans.

“Você também precisa pensar sobre o prazo para analisar as imagens e tudo o mais que não foi levado em consideração no prazo em que as pessoas estão disponíveis [no circuito] e assim por diante, quando as pessoas chegam aqui, e tem ainda o toque de recolher”, frisou.

“O toque de recolher aqui não termina antes do meio-dia (horário do Catar, ou 6h de Brasília), quando as pessoas estão para chegar aqui, e todo o restante vem com o tempo”, explicou.

Segundo o regulamento esportivo da Fórmula 1, o toque de recolher é um dispositivo que busca evitar que os profissionais envolvidos com a categoria fiquem dentro dos limites do circuito por um período acima de nove horas. Para o Catar, em razão da mudança do fuso e também pelo período em que a corrida foi realizada, à noite, os horários também foram mudados em relação ao padrão adotado pela F1 para as corridas realizadas à tarde.

Masi salientou que a decisão sobre acenar bandeiras amarelas simples ou duplas em um determinado setor, como onde Verstappen acelerou e chegou a melhorar sua volta na classificação, em cenário que resultou na punição imposta no domingo, cabe exclusivamente ao fiscal de pista que está naquele posto a tomada de atitude.

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“Como todas as bandeiras amarelas que são mostradas, elas são mostradas na pista. Elas estão nas mãos dos fiscais, porque eles estão em todos os locais, em qualquer categoria do esporte, em qualquer lugar, e se eles considerarem que são [bandeiras amarelas] simples ou duplas, cabe a esses fiscais determinarem isso”, explicou.

“Eles julgam o que veem diante deles, e é por isso que eles estão lá”, disse Masi, que explicou as diferenças nas ações dos fiscais de pista e da torre de controle da direção de prova e dos comissários.

“Desde a introdução dos painéis de LED, as bandeiras amarelas, bandeiras brancas, azuis durante os treinos e a classificação… Efetivamente, as coisas que não são operadas pelo fiscal local são o safety-car, que é controlado centralmente, assim como o VSC e as bandeiras vermelhas, como as bandeiras vermelhas nos painéis luminosos. Essas três coisas são controladas centralmente. Todo o restante cabe aos fiscais locais operarem”, complementou.

O resumo com os melhores momentos do GP do Catar de F1 (Vídeo: F1)
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