Ferrari celebra interesse de Audi e Porsche na F1, mas pede transparência de “benefícios”
Chefe da Ferrari, Mattia Binotto recebeu com positividade o desejo de Porsche e Audi ingressarem na Fórmula 1, mas questionou os moldes da entrada e pediu por prioridade no assunto
A notícia de que Audi e Porsche buscam entrar na Fórmula 1 a partir da temporada 2026 — quando um novo conjunto de regras e novos motores entram em vigor na categoria — segue mexendo com os personagens do paddock. Agora, foi a vez de Mattia Binotto, chefe da Ferrari, opinar sobre o assunto. E o italiano se mostrou aberto à entrada das marcas da Volkswagen, movimento considerado por ele como “boa notícia”.
“Acho que estão todos felizes por Porsche e Audi quererem se juntar à F1”, disse Binotto. “É ótimo para o esporte e para a Fórmula 1. É ótimo para nós competir com grandes marcas. Num todo, é uma boa notícia, algo que temos que fizar felizes”, afirmou o chefe da Ferrari.
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“Sobre as regras em si, sabemos que o objetivo é finalizá-las e votá-las até junho. Não é algo novo”, salientou. “Todas as conversas que tivemos e continuamos tendo levam em consideração o fato de que Audi e Porsche entraram. Não é algo novo nesse sentido e não existem novas discussões em relação a isso”, revelou.
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No entanto, Binotto entrou em detalhes sobre a votação de junho e afirmou que alguns assuntos relativos às montadoras ainda precisam de maior “esclarecimento”, entre eles a questão da Propriedade Intelectual.
“Ainda existem alguns pontos em aberto, num todo”, explicou. “Existem algumas questões que dizem respeito às regras financeiras. Elas precisam ser finalizadas, e sabemos que o quadro em que trabalhamos desde dezembro com o Conselho Mundial envolve todas as questões para considerar o que é um recém-chegado”, afirmou.
“Como definimos um recém-chegado?”, questionou Binotto. “Quais são os benefícios desse recém-chegado? Tudo isso precisa ser esclarecido e definido. Além disso, existe a transferência de Propriedade Intelectual, que não deveria ser possível — isso foi acordado, mas como traduzimos isso em palavras é difícil de saber”, reconheceu.
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Enquanto a Porsche quer um acordo para batizar as unidades de potência da Red Bull — que a partir deste ano passou a utilizar sua própria divisão de motores —, os planos da Audi são mais ambiciosos e envolvem a entrada de uma equipe completa, com fabricação de motor própria — o que pode envolver até mesmo um acordo com a Alfa Romeo/Sauber, envolvida em especulações do tipo já há algum tempo.
“Há alguns pontos ainda na parte técnica que estão abertas à discussão”, continuou. “Então, existem muitas coisas que precisam ir à frente e serem finalizadas daqui até junho, o tempo é certamente curto então precisamos tratar isso como alta prioridade”, encerrou.
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