GUIA 2025: Novatos ofuscam veteranos e chegam à F2 em busca de protagonismo
Além de Arvid Lindblad, grande promessa da Red Bull para os próximos anos, Leonardo Fornaroli, Gabriele Minì e Luke Browning são alguns dos novatos que começam a temporada 2025 da Fórmula 2 colocando pressão em cima dos veteranos, que precisam mais do que nunca se provarem
Assim como na Fórmula 1, onde nomes como os de Gabriel Bortoleto, Andrea Kimi Antonelli e Isack Hadjar, por exemplo, prometem agitar o grid e atrair a atenção na temporada 2025, a Fórmula 2 também possui uma lista de novatos que chegam chutando a porta e se colocando como possíveis candidatos ao título logo de cara. Isso porque muitos deles, inclusive, competem sob o guarda-chuva de equipes como Ferrari, McLaren, Williams, Red Bull e Alpine — e já estão de olho nas oportunidades que podem se abrir na categoria principal a partir de 2026.
Após conquistar o título da Fórmula 3 sem vencer uma única corrida sequer com a Trident, Leonardo Fornaroli sentiu um leve gosto do que o espera ao ser escolhido para substituir Zane Maloney — que decidiu se mudar para a Fórmula E antes do fim do campeonato — na última prova de 2024, em Abu Dhabi. Embora tenha vestido as cores da Rodin no circuito de Yas Marina, o italiano assinou com a Invicta, onde, ao lado de Roman Staněk, espera mostrar que pode repetir o feito do ano anterior e terminar no topo da tabela.
Mas a tarefa, claro, não será nada fácil. Se quiser erguer o troféu da F2 logo na estreia, o jovem de 20 anos terá de lidar com um velho conhecido: Gabriele Minì. O pupilo da Alpine também chegou a ter a primeira experiência na principal classe de acesso no ano passado, quando foi escalado para substituir Oliver Bearman na Prema durante a rodada no Azerbaijão. Depois de ficar com o vice-campeonato da F3, o piloto de 19 anos recebeu oficialmente uma vaga na tradicional equipe italiana e até chegou a liderar o segundo dia dos testes de pré-temporada, realizados no fim de fevereiro, em Barcelona.
Luke Browning é mais um rosto conhecido. Na edição passada, o britânico foi escalado pela ART para suprir a ausência de Zak O’Sullivan nas três últimas etapas — no Azerbaijão, Catar e Abu Dhabi. O competidor possui no currículo os títulos da F4 Britânica, em 2020, e da GB3, em 2022, além de uma vitória na histórica corrida em Macau, em 2023. Agora, vestindo as cores da Hitech, vai tentar replicar o que fez na F3 e entrar na disputa pelo título contra os colegas novatos.

Dino Beganovic e Oliver Goethe, membros dos programas de desenvolvimento da Ferrari e Red Bull, respectivamente, são mais dois nomes que chegam tentando conquistar um espaço na F2. Enquanto o primeiro tem como maior feito da carreira o título da FRECA em 2022, o segundo se orgulha de ter levado o troféu da Euroformula Open para casa, no mesmo ano. Ambos estiveram presentes nas últimas rodadas da temporada passada e agora retornam para competir em tempo integral — o sueco com a Hitech e o alemão com a MP.
Campeão da F4 Britânica em 2022, Alexander Dunne terminou a F3 apenas na 14ª posição, mas com o apoio da McLaren, conseguiu subir um degrau na carreira e assinou com a Rodin para ser companheiro do experiente — e sempre muito questionado — Amaury Cordeel. Entretanto, há também um outro pacote com figurinhas menos estreladas para completar o álbum de estreantes da F2.
Mesmo que tenha terminado o terceiro e último dia pré-temporada no topo da tabela de tempos, com a Trident, Sami Meguetounif não tem lá muitas credenciais. E o mesmo pode ser dito sobre Cian Shields, Sebastián Montoya, Max Esterson e John Bennet, que vão competir pela AIX, Prema, Trident e Van Amersfoort Racing, respectivamente. Salvo qualquer situação extremamente inusitada, esse grupo tem poucas chances de demonstrar qualquer poderia no campeonato que vai começar.
Por outro lado, o nome mais promissor dentre todos foi deixado para o final. Grande promessa do programa de desenvolvimento da Red Bull, Arvid Lindblad vem sendo lapidado para alçar voos cada vez mais altos na carreira — com o objetivo final, claro, sendo a F1. O jovem de 17 anos foi um dos destaques da F3 em 2024, com quatro vitórias, sendo duas em uma única etapa, a da Inglaterra. Chegou a brigar pelo título até a última etapa, mas uma reta final complicada fez com que ele tivesse de se contentar com a quarta posição.

Com todo o talento que possui, já começa a competição com fama de ser um dos favoritos. Pela Campos, ex-equipe de Isack Hadjar, vice-campeão no ano passado e também membro da família taurina, o britânico espera fazer ainda mais do que o antecessor — e logo no primeiro ano. De olho no futuro, tratou de adquirir a quantidade necessária de pontos na superlicença para competir na classe rainha ao se tornar campeão da FROCA no início de fevereiro.
Embora seja um dos mais talentosos, isso não quer dizer que terá vida fácil. Além dos demais novatos, alguns veteranos estão com a corda no pescoço e precisam entregar resultados se quiserem voltar ao jogo e terem a chance de escalar a íngreme subida dos monopostos, como é o caso de Victor Martins, Richard Verschoor, Josep Maria Martí e Ritomo Miyata (campeão da Super Fórmula), por exemplo.
Apesar da nítida queda no nível técnico em comparação ao grid da edição anterior, a F2 promete mais uma vez uma disputa para lá de acirrada, com os estreantes ofuscando os mais experientes e assumindo o protagonismo do espetáculo.
A Fórmula 2 retorna neste fim de semana com a rodada da Austrália. As atividades de pista abrem na noite de quinta-feira (13), horário de Brasília, com o treino livre às 20h. Depois, às 3h30 de sexta-feira (14), os pilotos realizam a classificação. Na madrugada de sábado (15), à 0h15, acontece a largada da corrida sprint, enquanto a corrida principal será às 21h30 de sábado (15). O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da temporada 2025.
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