Wehrlein domina e brasileiros vivem caos: positivos e negativos da Fórmula E no México

Na abertura da Fórmula E em 2024, Pascal Wehrlein deu nova demonstração de que é o grande nome da pista na categoria e dominou completamente a corrida. Os brasileiros, por outro lado, viveram um dia desanimador. Confira quem deixa o México em alta e em baixa

A Fórmula E fez sua estreia na temporada 2023/24 no último sábado (13), no eP da Cidade do México, e Pascal Wehrlein mais uma vez deu aula no Autódromo Hermanos Rodríguez. Dono de uma relação especial com a pista mexicana, o alemão emendou seu terceiro pódio consecutivo no local com uma vitória dominante, e isso logo após conquistar sua primeira pole em dois anos — justamente no mesmo lugar da última.

Segundo colocado, Sébastien Buemi começou a temporada forte e dá pinta de que está mais próximo do que nunca de quebrar o incômodo jejum de vitórias na Fórmula E, enquanto Nick Cassidy fechou o pódio em sua estreia pela Jaguar. Consistente, Maximilian Günther foi o quarto colocado com a Maserati, uma posição à frente de Mitch Evans, que sofreu com a direção do carro.

Jean-Èric Vergne fechou na sexta colocação com a DS Penske, um posto à frente de Jake Hughes, que deu à McLaren seus primeiros pontos na temporada. Por fim, Stoffel Vandoorne, Jake Dennis e Norman Nato completaram os dez primeiros em uma corrida com muito menos ultrapassagens do que o habitual para a categoria.

Entre os brasileiros, caos completo. Lucas Di Grassi abandonou ainda nos primeiros momentos da prova após sofrer com um problema nos freios que o impediu de continuar, enquanto Sérgio Sette Câmara teve um dia ainda pior e nem sequer conseguiu largar.

A cada fim de semana de corrida, o GRANDE PRÊMIO traz alguns nomes que deixam a etapa em alta e outros que saem de forma negativa. Confira todos os escolhidos após a estreia da temporada na Cidade do México.

Wehrlein foi o grande nome da Fórmula E na Cidade do México (Foto: Fórmula E)

👍 POLEGAR PARA CIMA 👍

Pascal Wehrlein

O vencedor do dia não apenas deu o recado de que a Porsche segue fortíssima na Fórmula E, mas dominou a corrida de maneira a não dar nenhuma chance aos adversários. Perfeito a cada volta, Wehrlein não cometeu erros e executou a estratégia da equipe com exatidão e competência.

Além do triunfo, é claro, a ótima notícia do dia ficou pela pole do alemão, que voltou à posição de honra pela primeira vez desde o eP da Cidade do México de 2022. É um início de alívio para a Porsche, que sofreu com as classificações ao longo de todo o ano de 2023. Precisa apenas provar que o ritmo de volta lançada está lá para ficar, mas o início foi praticamente perfeito.

Sébastien Buemi

Dono do maior jejum de vitórias da Fórmula E, com 61 corridas sem saber o que é vencer, Buemi contrasta a seca com o tamanho de um dos maiores da história da categoria. Ao menos, a marca parece estar mais próxima do que nunca de ser batida. O suíço fez mais uma corrida forte e permaneceu próximo a Wehrlein durante boa parte do tempo, mas cometeu um erro que permitiu ao alemão abrir mais de 2s de vantagem.

No entanto, evitou um gasto de energia exagerado dali em diante e apenas controlou Cassidy, uma ameaça e tanto depois da excelente temporada que fez em 2023 — com direito a parceria explosiva entre os dois na Envision. Seria ótimo para a Fórmula E ter Buemi novamente como um postulante real ao título, mas só a sequência da temporada pode dizer.

Buemi chegou a 31 pódios na Fórmula E, mas a vitória escapou mais uma vez (Foto: Fórmula E)

Maximilian Günther

Tudo bem que Günther perdeu uma posição em relação à largada, mas a verdade é que a perda esperada era maior ainda. O alemão se recuperou de uma batida no TL1 que o impediu de participar da primeira atividade de testes e, mesmo assim, fez mais uma classificação forte com o motor DS. Aproveitando as punições da Jaguar, ‘Max’ largou em terceiro e só perdeu um posto para Cassidy ao obedecer comando da Maserati e ativar o modo ataque, abrindo passagem para o neozelandês.

Não conseguiu alcançar o rival, que dispõe de um conjunto mais eficiente, mas nem deu chances à aproximação de Evans e segurou o ritmo até o fim sem cometer erros. Em seus melhores dias, é um real competidor ao pódio da Fórmula E.

👎 POLEGAR PARA BAIXO 👎

Sérgio Sette Câmara

Nem tanto por culpa do brasileiro, mas a verdade é que a estreia da temporada foi um desastre. Sette Câmara atingiu o muro e abreviou sua participação no TL2, mas até fez uma boa classificação para os padrões permitidos pelo fraco carro da ERT. O fim de semana, entretanto, acabou por ali mesmo, já que o piloto nem conseguiu largar para a prova.

Um problema com direito a explosão na traseira do carro, ainda durante o caminho para o grid, impediu que Sérgio participasse da corrida, na qual Dan Ticktum — seu companheiro — foi o último. Ao menos na primeira prova, a equipe parece ter estagnado, enquanto o trem de força Mahindra avançou levemente. Corre sério risco de se tornar o pior time do grid.

Da Costa bateu em Müller e abandonou a corrida logo no início (Vídeo: Fórmula E/GRANDE PRÊMIO)

António Félix da Costa

Enquanto o companheiro Wehrlein garantiu a pole, Da Costa caiu na fase de grupos da classificação e largou apenas em 16º. Sem se entender com o acerto do carro durante todo o fim de semana, o português partiu para uma corrida de recuperação e acertou Nico Müller ainda na terceira volta, quebrando a suspensão dianteira e abandonando a prova. Pela batida, vai perder três posições no grid de largada do eP de Diriyah 1. Desastre total.

Em seu segundo ano de Porsche, Da Costa terminou a última temporada em alta, parece mais adaptado ao time e em condições de fazer bem mais do que no ano passado — ao menos, é o que se espera de um dos campeões do grid. O começo, porém, foi muito ruim, lembrando os piores dias de 2023.

Jehan Daruvala

Ao contrário de Hughes e Sacha Fenestraz, que estrearam na Fórmula E fazendo barulho em 2023 — principalmente nas classificações —, Daruvala nem apareceu em seu primeiro fim de semana oficial na categoria. Nono colocado em seu grupo, ficou atrás até da Mahindra de Edoardo Mortara e largou apenas em 17º — por muito, a pior posição de largada dos carros com trem de força DS.

Em uma corrida sem muitas ultrapassagens, o indiano não conseguiu aproveitar os abandonos ao redor — mesmo com um carro consideravelmente melhor que Mahindra e Nissan, por exemplo — e só ficou à frente de Müller, que tomou uma pancada de Da Costa, e Ticktum, que apostou em uma estratégia bizarra de gerenciamento de energia e terminou mais de 1min atrás do vencedor. Estreia desanimadora.

O campeonato retorna entre os dias 25 27 de janeiro, na Arábia Saudita, com o eP de Diriyah. O GRANDE PRÊMIO é EMISSORA OFICIAL da Fórmula E no Brasil e transmite todas as atividades AO VIVO E COM IMAGENS.

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Assista à corrida completa do eP da Cidade do México:

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