A MotoGP viveu um ano dominado pela Ducati, mas a casa de Bolonha não foi a única a brilhar nos números em 2023. Aproveitando o clima de retrospectiva, o GRANDE PREMIUM repassa os números de uma temporada histórica

O Mundial de Motovelocidade viveu uma temporada histórica na temporada 2023. Mas o domínio da Ducati não foi a única marca de um campeonato que viu uma importante mudança de formato, uma imensa variedade de pilotos no pódio e as equipes satélites desfilando força.

Aproveitando o clima de retrospectiva, o GRANDE PREMIUM listou alguns dos números de 2023 no 10+.

A largada da MotoGP para a última etapa do ano, em Valência (Foto: RNF)

RETROSPECTIVA 2023
📌 MotoGP estreia formato e vê Ducati ratificar reinado
📌 Ducati desfila força, bate recorde e atesta domínio na MotoGP
📌 Bagnaia e Martín brilham e iniciam rivalidade promissora na MotoGP
📌 KTM inova na aerodinâmica e vira incômodo para rivais
📌 Aleix Espargaró se salva em temporada mediana da Aprilia na MotoGP
📌 Moreira tem ano acidentado, mas brilha em 1ª vitória na Moto3
📌 Moto3 entrega ano quente com disputa feroz entre Masià e Sasaki
📌 Marc Márquez sofre com Honda e abisma MotoGP com troca histórica
📌 Honda atinge fundo do poço. E nem Marc Márquez evita desastre
📌 Yamaha evita lanterna em ano opaco e ganha esperança com concessões
📌 Acosta passeia na Moto2 e sobe para MotoGP cercado de expectativas

68,2% DO GRID NO PÓDIO

Ao longo da temporada 2023, 15 pilotos conseguiram um pódio em GP — ou seja, aos domingos: Francesco Bagnaia (15), Jorge Martín (8), Marco Bezzecchi (7), Johann Zarco (6), Brad Binder (5), Aleix Espargaró (3), Maverick Viñales (3), Fabio Quartararo (3), Álex Márquez (2), Luca Marini (2), Fabio Di Giannantonio (2), Álex Rins (1), Jack Miller (1), Marc Márquez (1) e Enea Bastianini (1).

Com o resultado, a classe rainha do Mundial de Motovelocidade igualou o recorde da era da MotoGP, estabelecido nas temporadas 2020 e 2021.

Francesco Bagnaia foi quem conseguiu mais pódios em 2023 (Foto: Ducati)

CINCO DE CINCO

Todas cinco fábricas do grid conseguiram pódios na temporada 2023, com três delas garantindo vitórias — Ducati (17), Aprilia (2) e Honda (1). A KTM não venceu aos domingos, mas subiu no topo do pódio da sprint em duas ocasiões, ambas com Brad Binder.

Com Brad Binder, a KTM venceu apenas nas corridas sprint (Foto: KTM)

A FORÇA DAS SATÉLITES

A Pramac assegurou em 2023 a marca de primeira independente a faturar o Mundial de Equipes. Com Jorge Martín e Johann Zarco, a equipe italiana superou a Ducati por 92 pontos. O espanhol, aliás, garantiu não só o vice-campeonato, mas também o selo de melhor piloto privado.

Além disso, foram dez vitórias de pilotos satélites em 2023: quatro de Jorge Martín, três de Marco Bezzecchi, uma de Álex Rins, uma de Johann Zarco e uma de Fabio Di Giannantonio.

Em dois GPs, o pódio foi 100% dominado por equipes independentes: no GP da Argentina, com Marco Bezzecchi, Johann Zarco e Álex Márquez; e no GP da França, com Bezzecchi, Martín e Zarco. Antes, a MotoGP tinha registrado apenas dois pódios com só satélites: no Catar em 2004 e em Portugal em 2020.

A Pramac foi a campeã do Mundial de Equipes (Foto: Gresini)

DOMÍNIO VERMELHO

A Ducati somou 17 vitórias na temporada e registrou um novo recorde de construtor com mais triunfos no ano, superando a Honda. Agora bicampeão, Bagnaia puxou a estatística, com sete vitórias. Martín contribuiu com quatro, enquanto Marco Bezzecchi alcançou três. Zarco, Bastianini e Di Giannantonio somaram uma cada.

Ainda, a casa de Borgo Panigale alcançou 46 corridas seguidas com ao menos um piloto da marca no top-3.

A Ducati conseguiu 17 vitórias no ano (Foto: Divulgação/MotoGP)

OS REIS DA SPRINT

Novidade da temporada 2023, as corridas sprint tiveram um especialista: Jorge Martín. O espanhol da Pramac venceu a prova curta em nove ocasiões — um aproveitamento de 47,3%. O rival mais próximo foi Bagnaia, que alcançou quatro triunfos. Binder e Álex Márquez venceram a prova curta duas vezes, com Bezzecchi e Aleix Espargaró registrando um triunfo cada.

Martín foi, também, o único piloto a ter pontuado em todas as corridas sprint do ano, incluindo 14 pódios — 73,6% de aproveitamento.

Jorge Martín reinou nas corridas sprint (Foto: Gold & Goose/ Red Bull Content Pool)

QUASE TRÊS MILHÕES

A temporada 2023 entrou para a história como uma das de maior público do campeonato. No total, 2.857.925 pessoas estiveram nos circuitos ao longo do ano na soma dos três dias de atividades em pista. Na primeira metade do campeonato, com 1,6 milhão de espectadores, a MotoGP assegurou um recorde.

O maior público do ano foi registrado na França, com 278.805 espectadores. O menor número veio do Catar, com 55.050. O GP das Américas não divulga número de espectadores.

GP da França teve o maior público do ano (Foto: Divulgação/MotoGP)

MAIS DE MIL CAPOTES

Ao longo do ano, o Mundial de Motovelocidade somou 1.012 tombos, a quarta temporada mais acidentada nos últimos sete anos, apesar da introdução das corridas sprint, que dobraram o número de provas no ano na MotoGP. A classe rainha contribuiu com 358 acidentes, enquanto a Moto2 acrescentou 344 e a Moto3, 310.

Duas etapas se destacam como as mais acidentadas: os GPs da Índia e da França, com 79 tombos cada. No outro extremo, a Argentina, com só 23 quedas.

Entre os pilotos, Marc Márquez puxa a estatística, com 29 acidentes. Joan Mir aparece na vice-liderança, com 24, seguido por Augusto Fernández (23), Aleix Espargaró (23), Álex Márquez (21) e Jack Miller (21). Na lista de titulares — e entre os que fizeram a maios parte da temporada —, Francesco Bagnaia, Franco Morbidelli e Maverick Viñales foram os que menos caíram, com sete quedas cada.

Nas classes menores, Arón Canet foi quem mais se acidentou na Moto2, com 24 quedas. O top-3 tem ainda Alonso López (21) e Jake Dixon e Zonta van den Goorbergh, com 18 cada. Na Moto3, David Alonso foi quem mais caiu, com 23 quedas. Diogo Moreira teve 18 tombos — três vezes mais do que no ano passado — e Filippo Farioli, 17.

Mundial de Motovelocidade somou 1.012 quedas em 2023 (Foto: Gresini)

CLUBE DOS OITO

Com a vitória no GP das Américas, Álex Rins entrou para o seleto clube de apenas oito pilotos que venceram por duas fábricas diferentes na era da MotoGPSuzuki e Honda. O grupo conta, também, com Jack Miller — Honda e Ducati —, Andrea Dovizioso — Honda e Ducati —, Casey Stoner — Ducati e Honda —, Jorge Lorenzo — Yamaha e Ducati —, Maverick Viñales — Suzuki e Yamaha —, Max Biaggi — Honda e Yamaha — e Valentino Rossi — Honda e Yamaha.

Álex Rins foi apenas o 8º piloto na história a vencer por duas marcas diferentes (Foto: LCR)

O TRIO DE FERRO DA ITÁLIA

Agora com 18 vitórias na carreira, Francesco Bagnaia já é o terceiro piloto da Itália mais bem sucedido na classe rainha no quesito vitórias, atrás apenas de Giacomo Agostini (68) e Valentino Rossi (89).

Francesco Bagnaia assumiu o terceiro posto em lista liderada por Valentino Rossi (Foto: Divulgação/ MotoGP)

30 BANDEIRAS

A força do motociclismo sul-americano apareceu na temporada 2023, mas na classe menor. Além da vitória do Diogo Moreira no GP da Indonésia, David Alonso triunfou quatro vezes — nos GPs de Grã-Bretanha, Catalunha, San Marino e Riviera de Rimini e Tailândia —, se tornando o primeiro colombiano a subir no topo do pódio. Assim, a Colômbia se tornou a 13ª nacionalidade diferente a vencer na categoria e a 30ª no Mundial.

David Alonso colocou a bandeira da Colômbia no topo do pódio da Moto3 (Foto: Aspar)

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