Retrospectiva 2023: Ducati desfila força, bate recorde e atesta domínio na MotoGP

Com 17 vitórias nas 20 etapas de 2023, a casa de Borgo Panigale voltou a colocar a Desmosedici como a melhor moto do grid, renovando o título do Mundial de Construtores. Francesco Bagnaia lutou contra Jorge Martín até a corrida final e alcançou o bicampeonato

O ANO FOI DA DUCATI NA MOTOGP. Dona da melhor moto do grid já há algumas temporadas, a casa de Borgo Panigale entrou em 2023 defendendo a tríplice coroa da classe rainha e, mesmo que tenha ficado sem o título do Mundial de Equipes, fez uma campanha para lá de dominante e viu Francesco Bagnaia renovar a coroa de campeão.

Sob a batuta de Gigi Dall’Igna, a Ducati apresentou ao mundo uma Desmosecidi GP23 ainda melhor do que a antecessora, seguindo a linha da evolução. E o novo protótipo deu conta do recado. Todos os quatro pilotos que guiaram a moto do ano conseguiram vencer: Francesco Bagnaia, Enea Bastianini, Jorge Martín e Johann Zarco. Ainda que uns mais e outros menos.

Mas nem tudo foi um mar de rosas em 2023. Depois de se destacar com a Gresini, Bastianini foi promovido ao time oficial, mas teve uma temporada muito próxima de desastrosa. O caos começou ainda no segundo dia do campeonato, quando foi derrubado na corrida sprint e acabou com uma fratura na escápula. Só que essa não foi a única lesão do ano, já que uma queda na Catalunha resultou em mais fraturas e mais afastamento. No fim, Enea disputou só 60% das corridas do ano, mas ainda teve tempo para vencer um GP, o da Malásia.

Do outro lado da garagem, as coisas correram as mil maravilhas. Ou quase. Pecco escapou praticamente ileso de um acidente horroroso na Catalunha, quando caiu ainda nos primeiros metros e foi atropelado por Brad Binder. Por sorte, o sul-africano passou por cima apenas das pernas do #1, que não teve lesões mais importantes.

Francesco Bagnaia agora é bicampeão da MotoGP (Foto: Divulgação/ MotoGP)

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Aquele Pecco errático da primeira parte de 2022, quase não existe mais. É verdade que ele fez algumas lambanças aqui e ali — o #1, por exemplo, caiu no GP das Américas quando liderava a corrida; no GP das França, o tombo veio num enrosco com Maverick Viñales (com direito a troca de sopapos, inclusive); e, no GP da Índia, caiu quando rodava em segundo, o que apimentou o campeonato. Mas o fato é que o italiano de Torino esteve quase que integralmente colado no pódio: dos 16 GPs que completou, foram 15 pódios — a única exceção foi o GP da Argentina, quando ficou fora da zona de pontuação.

Na defesa do título, Pecco não conseguiu fazer a diferença nas corridas sprint, onde foi superado por Martín em termos de vitória, mas a performance sólida aos domingos foi o que assegurou o título. O campeão vigente pontuou melhor quando mais importava, já que são as corridas longas que distribuem a maior pontuação.

Ao longo de 2023, Bagnaia mostrou não só a força e o bom encaixe com a Desmosedici, mas também a inteligência e a frieza necessária para lidar com todas as circunstâncias. Até mesmo após Barcelona, quando sofreu um acidente assustador, o italiano conseguiu manter a mesma linha da estabilidade.

Ao fim do ano, Pecco selou o campeonato com uma vitória no GP da Comunidade Valenciana e conseguiu aquilo que Casey Stoner tinha falhado em fazer: defender com sucesso a coroa na MotoGP.

MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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