Retrospectiva 2023: Moto3 entrega ano quente com disputa feroz entre Masià e Sasaki

O duelo entre campeão e vice da Moto3 foi muito duro, por vezes polêmico, mas a experiência de Jaume Masià se sobrepôs à inconstância de Ayumu Sasaki na temporada

A temporada 2023 da Moto3 foi apimentada. Teve troca de farpas entre os candidatos ao título, falta de jogo de equipe que prejudicou Ayumu Sasaki, vitória do brasileiro Diogo Moreira. Rolou de tudo um pouco na categoria que brindou a regularidade de Jaume Masià com o título no Catar, com uma prova para o fim.

O espanhol da Leopard demorou seis anos para, enfim, sair com o troféu de campeão. Masià se estabilizou como um dos talentos mais valiosos do grid, mas faltava o título. Atrapalhado por lesões e muito inconstante, ainda buscava empilhar bons resultados e parecia fadado a não ascender a outras categorias por conta disso.

Mas, em 2023, Masià foi cerebral. Soube usar a experiência a seu favor e, logo na primeira oportunidade, bateu o martelo pelo título. A vitória em Lusail e o sexto lugar de Sasaki foram suficientes. Não sem antes trocar farpas com seu adversário, acusado de ser agressivo demais na briga pela liderança. Inclusive na corrida que rendeu taça.

“Queria lutar de maneira adequada com Masià porque, se tivesse perdido de uma forma justa, teria entendido e o parabenizado. Se tudo fosse decidido em Valência, teria ficado tudo bem. Mas perder dessa maneira, não foi adequada. Por isso, não posso parabenizá-lo porque é uma vergonha”, disse à DAZN espanhola.

Sasaki e Masià protagonizara um duelo apimentado em 2023 (Foto: Divulgação/MotoGP)

Jaume, por sua vez, não deixou barato. “Fui consciente, a verdade é que minha intenção era seguir dando pouco espaço. Apesar disso, ele continuou sendo sujo, então me parece muito injusto comigo, parece inaceitável que a direção de prova se intrometa a ponto de dizer que não podemos incomodá-lo. No fim, que se foda, um espanhol venceu e é isso”, disse Masià.

Ao japonês, faltou cabeça, vitórias — triunfou só no GP de Valência quando não havia mais nada em disputa — e, sobretudo, prioridade da IntactGP. Melhor, faltou pulso firme de sua equipe. Collin Veijer não foi nada companheiro com Ayumu na Malásia, ignorou solenemente as ordens da equipe alemã e liderou a dobradinha constrangedora do time em Sepang, segurando na cara larga seu parceiro por apenas 0s066 de diferença, que vinha brigando pelo título naquele momento.

Collin Veijer liderou o 1-2 da equipe na Malásia (Foto: Husqvarna)

Para o brasileiro Moreira, 2023 valeu pela excelente performance na Indonésia, com pole e vitória, seu ponto alto em uma temporada um pouco mais regular, embora acidentada. Mas o triunfo encerrou um jejum de 18 anos sem vitórias de um piloto brasileiro na Motovelocidade.

última conquista havia sido de Alexandre Barros no GP de Portugal, em 2005. Além disso, Diogo somou dois pódios logo no início do campeonato, em Portimão, na abertura da temporada, e em Termas de Río Hondo, na Argentina, fechando em oitavo no Mundial, com 131 pontos.

MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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