Favoritos, azarões e candidatos a muro: o status dos pilotos da Indy 500 2024

Não há mais tempo para espera. A 108ª edição da Indy 500 acontece neste domingo (26). O próximo capítulo da principal corrida dos Estados Unidos será escrito com vários elementos importantes: uma Penske favorita formando o trio da primeira fila, uma McLaren correndo por fora com direito a ter um piloto ilustre, além de equipes grandes e pequenas que tentam, mais uma vez, contrariar as expectativas.

No aquecimento para a corrida, o GRANDE PRÊMIO separou os 33 pilotos da corrida com um pequeno resumo e seus respectivos status para a prova deste domingo.

33. Katherine Legge

Katherine Legge merece muito respeito por ter voltado a competir em Indianápolis já depois dos 40 anos e apresentando um ritmo muito bom para o pouco que tem em mãos, já que escapou do Bump nos últimos dois anos. Porém, é evidente que a Dale Coyne é um dos piores carros do grid e a pilota nunca empolgou tanto em Indianápolis. É candidata ao muro.

32. Sting Ray Robb

O jovem Sting Ray Robb conseguiu um 23º lugar muito tranquilo no grid com a Foyt, que é uma equipe que sempre vem bem diferente em Indianápolis comparado com o resto do campeonato. Porém, não é como se o piloto de 22 anos empolgasse muito no grid. Bateu no ano passado, e é um forte candidato ao muro em 2024.

31. Linus Lundqvist

O sueco Linus Lundqvist é um dos sete novatos que participam da prova neste ano. Apesar de estar na gigante Ganassi e ter um desempenho bem razoável nas outras provas do ano, tem um histórico que não é dos melhores nos ovais na base e vai encarar o Speedway pela primeira vez. Também é candidato a muro.

30. Tom Blomqvist

O britânico Tom Blomqvist tem um carro muito bom nas mãos, com a Meyer Shank, mas além de ser um piloto que não empolga muito na temporada, também teve lá suas dificuldades quando precisou tirar mais velocidade do #60. Também é uma aposta de candidato a muro pela falta de experiência em Indianápolis.

29. Romain Grosjean

Em sua terceira participação na Indy 500, Romain Grosjean tem um carro pior do que nos anos anteriores, mas isso não justifica o desempenho que pouco empolgou durante todos os treinos livres e também na classificação. Com duas batidas nas edições anteriores, o franco-suíço acaba surgindo também como um candidato ao muro de Indianápolis.

28. Christian Rasmussen

O novato Christian Rasmussen é um piloto que chegou na Indy oscilando muito entre bons desempenhos e momentos inexplicáveis. Os ovais eram um dos pontos fortes do dinamarquês nas categorias de base, e apesar de um bom acerto da Carpenter, a aposta é para ser coadjuvante.

27. Pietro Fittipaldi

De volta ao Speedway após três anos, a previsão de Pietro Fittipaldi não é das mais positivas. O brasileiro teve um ritmo razoável, mas sofrendo muito pelo mau desempenho coletivo dos carros da RLL. Tem nível suficiente para não se envolver em um acidente bobo de início, mas não há prognóstico mais positivo do que coadjuvante ao piloto.

26. Graham Rahal

Frequentando a Indy 500 desde 2008, com direito a presenças no top-3 em 2011 e 2020, Graham Rahal é mais um que sofre pelo desempenho ruim da RLL, e depois do Bump em 2023, mais uma vez largará do último lugar no Speedway. O único ponto positivo é que é experiente o suficiente para galgar um lugar mais à frente, mas ainda é coadjuvante.

25. Agustín Canapino

‘El Titán’ é uma das surpresas mais agradáveis do mês de maio em Indianápolis, conquistando espaço nas tabelas e até ameaçou a possibilidade de disputar a pole-position. Agustín Canapino tem um carro razoável nas mãos e um desempenho digno até aqui, mas a falta de experiência é o que limita a previsão de um bom resultado. Deve ser coadjuvante.

24. Christian Lundgaard

O prognóstico de Lundgaard é quase semelhante ao de Fittipaldi. Fez o suficiente para não sofrer no Bump, mas é difícil prever qualquer coisa com uma RLL que não empolgou em momento algum. Tende a ser uma prova modesta, de coadjuvante do dinamarquês, que tem se destacado com bons crescimentos no grid nas participações anteriores.

23. Marcus Ericsson

Quem diria, hein? Marcus Ericsson venceu em 2022, quase venceu em 2023, mas em 2024 tem total cara de coadjuvante. É difícil esperar qualquer coisa boa para o bom piloto sueco depois do acidente que destruiu o ritmo do carro #28 e fez o piloto batalhar até por um lugar no grid. Algo histórico sempre pode sair, mas não tem cara de acontecer.

22. Conor Daly

É claro que o desempenho de Conor Daly não empolgou na classificação, mas o ‘No Neck’ tem carro bom o suficiente para alcançar mais — como visto com Ryan Hunter Reay — e experiência de sobra em Indianápolis para ficar longe da confusão. Ainda deve ser protagonista, mas é sempre um nome a ficar de olho.

21. Kyffin Simpson

O caimanês Kyffin Simpson está queimando a língua de muita gente no início de passagem pela Indy. Poucos botavam fé que o novato ia ter velocidade de cara após uma subida muito brusca nas categorias de base, e isso se transparece bem no mês de maio. Pode muito bem terminar no muro? Sim. Mas tem cara de ser um coadjuvante.

20. Marcus Armstrong

Apesar de ser um estreante nas 500 Milhas, Marcus Armstrong chamou atenção pelo desempenho razoável com a Ganassi. Na classificação, não se aproximou do Bump, mas também não brigou para disputar a pole-position. Pode surpreender e galgar um posto no top-10.

19. Marco Andretti

Participante ininterrupto da Indy 500 desde a histórica derrota para Sam Hornish Jr. em 2006, já faz um tempinho que Marco Andretti é apenas um mero figurante em Indianápolis. Tem um ritmo razoável com a Andretti, mas não fica no top-10 desde 2017. Tudo para ser coadjuvante.

18. Ed Carpenter

O incansável Ed Carpenter não larga a mão de Indianápolis. O americano participa da prova de forma ininterrupta desde 2004, com direito a três poles e um segundo lugar. É difícil ver o veterano tomando atraso no Brickyard. A expectativa é de que brigue por top-10.

17. Callum Ilott

Callum Ilott está de volta a Indianápolis depois das participações pela Juncos em 2022 e 2023. Com a McLaren, o inglês aparenta ter um canhão nas mãos, mas acaba ficando para trás quando pensamos em briga por vitória. Um top-10 no Brickyard, algo que seria inédito, já está de bom tamanho.

16. Scott Dixon

Quem diria que Scott Dixon estaria tão baixo nessa lista. O vencedor de 2008, que também já marcou cinco poles em Indianápolis, tem a pior posição de largada na história de suas participações na Indy 500, partindo em 21º. Talvez seja largando um pouco mais atrás que as chances de vitória aumentem, mas por enquanto a briga do neozelandês da Ganassi é por top-10.

15. Kyle Kirkwood

Largando em 11º, Kyle Kirkwood é a Andretti melhor posicionada no grid para a corrida deste domingo. No ano passado, um susto absurdo com o forte acidente com Felix Rosenqvist. A briga do americano é pelo top-10, já que talvez falte um pouco a mais para um sonho com vitória.

14. Helio Castroneves

Assim como em 2023, Helio Castroneves vai largar na 20ª posição. O ponto positivo para o brasileiro da Meyer Shank é que o desempenho do carro parece muito melhor do que no ano passado, e a própria postura do piloto de 49 anos é mais positiva em comparação com a edição anterior. A briga é para o top-10, mas não será uma surpresa são grande se o plano do ‘Drive for Five’ der certo.

13. Álex Palou

Segundo colocado em 2021 e pole em 2023, Álex Palou chega para as 500 Milhas de Indianápolis em alta. Afinal, é o atual campeão da Indy e lidera o campeonato. Talvez o carro não esteja tão azeitado como esteve no ano passado, mas nunca se sabe. A Ganassi não pode ser subestimada. O espanhol corre por fora nessa briga pela vitória.

12. Ryan Hunter-Reay

Na semana em que a única vitória que conquistou em Indianápolis completou 10 anos, Ryan Hunter-Reay é uma grata surpresa com a Dreyer & Reinbold. O piloto de 43 anos foi um dos que se valeu da imensa potência dos motores Chevrolet no Brickyard. É favorito? Não, mas corre por fora e pode surpreender na briga pela ida ao Victory Lane.

11. Colton Herta

Mesmo largando fora do top-10 e sendo um dos pilotos mais azarados em Indianápolis nos últimos anos, o americano Colton Herta tem uma história curiosa, já que com a Andretti, apresentou um ritmo de corrida bom o suficiente para competir com a Penske. Apesar do 13º lugar no grid, corre por fora pela vitória.

10. Takuma Sato

Takuma Sato é mágico. Aos 47 anos de idade, o japonês surpreendeu com a RLL. Se o trio de titulares está sofrendo com ritmo e precisou se preocupar até em estar no grid deste domingo, o vencedor de 2017 e 2020 tratou de achar desempenho em um carro problemático e vai partir do décimo lugar. Taku é mágico, não subestimem. Pode vir algo bom.

9. Felix Rosenqvist

É claro que Felix Rosenqvist chama muita atenção pela inconstância e a diferença de desempenhos entre sábado e domingo, mas se algo é positivo na passagem do sueco na Indy são as participações no Brickyard. Tanto em 2022 quanto em 2023, foi um ator muito importante da corrida. Agora na Meyer Shank, também passa a impressão de poder surpreender.

8. Rinus VeeKay

O sétimo lugar em que partirá neste domingo é a pior posição de largada de Rinus VeeKay em Indianápolis. Pois é, o piloto neerlandês sempre chega no Brickyard como um dos ponteiros, e apesar da enorme pancada no sábado de classificação, deu a volta por cima, achou desempenho e vai largar na terceira fila. Tem boas chances, desde que consiga estar no bolo na reta final, algo que falhou nos últimos anos.

7. Santino Ferrucci

É muito curioso ver a diferença de desempenho de Santino Ferrucci em Indianápolis e no restante do campeonato. O piloto americano sempre anda muito no Brickyard, não à toa tem 100% de aproveitamento no top-10 desde a estreia, em 2019. Saindo de sexto no domingo, não é absurdo colocá-lo como candidato a vencer.

6. Pato O’Ward

Desde que foi bumpado com a péssima Carlin em 2019, Pato O’Ward virou uma presença frequente no pelotão da frente em Indianápolis. Acabou derrotado por Marcus Ericsson em 2022 nas voltas finais. Em 2023, ousou demais em novo duelo contra o sueco e parou no muro, mesmo sendo o piloto que mais liderou. Largando de oitavo, tem tudo para estar na briga da vitória de novo.

5. Will Power

Vencedor da Indy 500 em 2018, Will Power só foi um ator importante em Indianápolis em uma edição desde então, quando quase foi bumpado em 2022. Porém, é evidente que desde 2019 o australiano não tem uma posição de largada tão boa. A experiência e o excelente carro da Penske estarão a seu favor neste domingo. É candidato a vencer.

4. Scott McLaughlin

Parece até maldade colocar Scott McLaughlin fora do top-3 de principais favoritos a vencer a Indy 500, já que o neozelandês bateu pilotos mais experientes para conquistar a pole-position, mas também é fato que jamais liderou uma volta em Indianápolis e teve participações bem modestas nos anos anteriores. Tem um canhão nas mãos e é ótimo piloto, mas está atrás de outros na briga da vitória.

3. Kyle Larson

Fazendo o double-duty neste domingo (já que embarca após a bandeira quadriculada para disputar a Coca-Cola 600, da Nascar, em Charlotte), Kyle Larson é uma grata surpresa. É claro que está em uma das principais equipes desta edição, que é a McLaren, mas o jeito com que se adaptou fácil ao carro e as altas velocidades impressiona. Tem boas chances de vencer.

2. Alexander Rossi

Depois da vitória logo no ano de estreia em Indianápolis, em 2016, Alexander Rossi bateu na trave em 2019, derrotado para Simon Pagenaud, e após algumas participações mais modestas, teve momentos bem relevantes nas últimas edições. Parece ser o piloto da McLaren que melhor consegue tirar deste potente carro, o que o torna candidato a vencer mais uma vez.

1. Josef Newgarden

Apesar de toda a polêmica que o cerca por conta da desclassificação no GP de St. Pete, Josef Newgarden chega a Indy 500 como o grande favorito a repetir o feito de 2023. Ele tem o melhor carro, tem uma posição de largada muito boa, com a terceira posição, além de ter o melhor histórico em ovais. São muitos elementos a favor do americano.

A 108ª edição das 500 Milhas de Indianápolis acontece neste domingo (26), com largada marcada para às 13h38 (de Brasília, GMT-3), com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO. No Brasil, a corrida será transmitida por ESPN, Star+ e TV Cultura.

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