Aleix Espargaró revela queda de bicicleta ao usar celular e assume: “Cagada inadmissível”

Aleix Espargaró definiu como uma “cagada inadmissível” o acidente que resultou em uma sexta-feira (9) de sofrimento em Mugello. O catalão assumiu que caiu já no circuito, quando foi pedalar, mas se distraiu olhando o celular.

Apesar da vergonha, Aleix não é o primeiro que se enrosca treinando de bicicleta já na pista. Em 2021, Álex Rins caiu em Barcelona quando se distraiu com o telefone e acabou atingindo uma van que estava parada. O então piloto da Suzuki fraturou o braço na época e chegou a perder a corrida.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

“Foi uma cagada enorme, a maior da minha carreira esportiva”, assumiu Aleix. “Acho que, para um atleta, cair treinando e se machucar faz parte do jogo. Mas, na quinta-feira do GP mais especial do ano para a Aprilia, por usar a porra do celular, foi uma cagada enorme. Me senti muito mal, pedi desculpas à equipe cem vezes”, contou.

“Estou com as costas todas e os braços machucados com abrasões e isso realmente não dói muito. Mas também tenho todo o calcanhar [direito] cheio de sangue por dento, o que me dói horrores, muito mais do que quando me machuquei em Silverstone”, comparou. “O Dr. Ángel Charte tentou extrair o sangue o máximo possível, me infiltraram, mas não posso usar o freio traseiro. Tenho de apoiar o pé no estribo só com a ponta e não consigo frear, então me custa muito pilotar bem. Espero ir melhorando. Vamos ver se estarei melhor no domingo”, torceu.

O acidente de Aleix acontece una quinta-feira, quando ele saiu para pedalar na pista de Mugello, mas foi olhar o telefone em plena reta e caiu.

“Ia falando e olhando… um erro. De fato, tinha preparado uma rota pelas estradas da montanha, mas tinha muita neve, então optei por ficar no circuito para estar mais seguro, mas meu celular estava lotado”, comentou.

O mais velho dos Espargaró assumiu que manteve o acidente em segredo na quinta-feira ao falar com a imprensa e gostaria de ter mantido assim.

“Estava muito culpado e não queria… Não sei como os jornalistas ficaram sabendo, imagino que a equipe tenha falado. Eu, realmente, não queria dizer nada, mas tenho muitíssima dor no pé, dá para ver que eu estou mancando e não posso caminhar. Mas não ganhava nada dizendo isso, embora seja visível que estou mal”, justificou.

Além de ter se machucado em uma etapa importante para a Aprilia, o momento é ainda pior, pois a MotoGP corre na Alemanha na próxima semana e, logo depois, na Holanda.

“Não acho que isso vai me complicar para o triplete. Espero ir melhorando pouco a pouco. Na segunda-feira vou fazer uma ressonância para ver se tenho algo mais”, falou. “Achava que a infiltração me ajudaria um pouco mais, mas não foi assim. Nas curvas para direita, não podia pilotar, caí porque não podia… De tarde, não melhorou muitíssimo, estou muito limitado, não posso frear e vejo estrelar. A volta rápida saiu, fui rápido, mas perco tempo não usando o freio traseiro”, detalhou.

“Quando estou una rua, nunca uso o telefone, mas no circuito, achava que não ia acontecer nada, estava distraído. O que mais de dói é a sensação de vergonha com a equipe, foi uma cagada inadmissível. Por isso, dei tudo apesar da dor para fazer uma boa volta e avançar ao Q2”, explanou. “A verdade é que a Aprilia não me disse nada. Massimo Rivola me disse que engoliu sapo com o presidente, mas não me disse nada, já bastou o quando ele me viu ferrado. Fiz uma cagada, errei e vou dar tudo de mim no domingo para poder fazer uma boa corrida”, encerrou.

O terceiro treino da MotoGP para o GP da Itália acontece às 5h10 (de Brasília) de sábado. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2023.

🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.