Chefe diz que Honda “não está dormindo”, mas assume: “Não achamos direção que queremos”

Chefe da Honda, Alberto Puig reconheceu que a montadora japonesa ainda não conseguiu encontrar a direção que busca com o desenvolvimento da RC213V. o dirigente, porém, frisou que a montadora segue trabalhando

A Honda segue perdida na MotoGP. Chefe da equipe, Alberto Puig garantiu que a marca de Hamamatsu “não está dormindo”, mas assumiu que, até agora, não encontrou a direção com o desenvolvimento da RC213V.

Passadas as quatro primeiras etapas de 2024, a Honda ocupa a lanterna do Mundial de Construtores, com só 13 pontos, 120 a menos do que a líder Ducati. E, mesmo contando com as mais generosas concessões previstas no regulamento da classe rainha do Mundial de Motovelocidade, pouco conseguiu avançar com o desenvolvimento da moto.

Na fase da pré-temporada, a Honda até indicou alguma melhora, mas, por enquanto, os indícios não se confirmaram. Durante a passagem do Mundial por Austin, Joan Mir afirmou que a marca seguiu a direção errada com a moto deste ano, algo que foi corroborado por Johann Zarco.

Logo após o GP da Espanha, no teste coletivo de Jerez de la Frontera, a Honda deu aos titulares não só da equipe de fábrica, mas também da LCR, um protótipo que vinha sendo desenvolvido por Stefan Bradl, mas não agradou.

Honda tem a lanterna do Mundial de Construtores (Foto: Repsol)

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

“Posso dizer mais ou menos a mesma coisa que tenho dito nos últimos meses. Estamos testando muitas, muitas coisas, e estamos tratando de encontrar uma solução, pois, claramente, não estamos onde queremos estar”, disse Puig em entrevista ao streaming oficial da MotoGP. “Temos quatro pilotos e estamos tentando utilizar todos eles para provar coisas diferentes. Então todo mundo está testando coisas diferentes. Estamos, claro, tratando de encontrar as melhores combinações possíveis”, seguiu.

Na visão do dirigente, a Honda conseguiu algum avanço no teste de Jerez, ainda que os pilotos não tenham se mostrado muito animados.

Stefan Bradl provou uma moto e colhemos muitos dados. As sensações foram boas. Não foi ruim. Não é perfeita, têm coisas para melhorar… Não posso fazer um comentário específico, mas acho que o teste de Jerez é muito importante, pois temos os quatro pilotos testando coisas diferentes, combinações diferentes, e acho que, no fim do dia, tiramos algumas conclusões importantes”, avaliou.

Questionado se as novidades testadas em Jerez representam um passo grande ou pequeno com a RC213V, Puig respondeu: “Se entendermos a direção a seguir, podemos tratar de dar passos à frente. Claro, muitas coisas que descobrimos não são automáticas. Quer dizer, provavelmente não poderemos usá-las no próximo GP, mas podemos começar a preparar outras partes”.

“Temos de continuar fazendo o que estamos fazendo. Estamos trabalhando muito. A Honda não está dormindo, é preciso dizer isso”, defendeu. “A única coisa certa é que não conseguimos encontrar a direção que esperamos e queremos”, encerrou.

MotoGP volta a acelerar entre os dias 10 e 12 de maio, para o GP da França, em Le Mans, com a quinta etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da MotoGP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.