Quartararo toma ponta na largada, escapa com queda de Bagnaia e vence na Alemanha
Imparável. Fabio Quartararo executou com excelência sua estratégia, teve ótima largada e venceu com tranquilidade o GP da Alemanha. Francesco Bagnaia abandonou quando tentava retomar a ponta
Imparável. Fabio Quartararo fez aquilo que tinha em mente: atacar o pole-position Francesco Bagnaia na largada e assumir a liderança do GP da Alemanha. Numa prova bastante acidentada, o francês conseguiu executar perfeitamente seu plano para vencer em Sachsenring — seu terceiro triunfo na temporada — e abrir mais uma boa ‘gordurinha’ na ponta do campeonato.
E Pecco? Abandonou. Ainda no início da corrida, o piloto italiano tentava alcançar Quartararo, quando perdeu a traseira na curva 1 e caiu. É seu terceiro abandono nas últimas quatro etapas. Quem finalizou em segundo lugar, portanto, foi Johann Zarco, que se aproveitou da situação de Bagnaia para colocar a Pramac no pódio. Jack Miller fecha o top-3, depois de ultrapassar Aleix Espargaró a três voltas para o fim.
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CLASSIFICAÇÃO DA MOTOGP
▶️ Quartararo vence 3ª e amplia vantagem na MotoGP 2022
O #41 da Aprilia ficou mais uma vez sem o pódio e finalizou na quarta posição. Atrás dele, para fechar o top-10, estão: Luca Marini, Jorge Martín, Brad Binder, Fabio Di Giannantonio, Miguel Oliveira e Enea Bastianini.
Com o resultado do GP da Alemanha, Quartararo agora lidera o Mundial de Pilotos com 172 pontos, 34 a mais do que Aleix Espargaró. Johann Zarco assumiu a terceira colocação, diante de Enea Bastianini e Brad Binder. Bagnaia caiu para sexto, 91 pontos atrás do líder.
A MotoGP volta às pistas na próxima semana, para o GP da Holanda, em Assen, 11ª etapa da temporada 2022. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.
Saiba como foi o GP da Alemanha de MotoGP:
Como aconteceu ao longo de todo o fim de semana, a MotoGP encontrou temperaturas escaldantes em Chemnitz neste domingo. Às vésperas da largada, os termômetros mediam 35°C, com o asfalto batendo a marca dos 52°C. A umidade relativa do ar estava em 23%, com a velocidade do vento chegando a 10 km/h.
Na saída para a pista, todos os pilotos exceto Enea Bastianini calçaram o pneu dianteiro duro. O titular da Gresini escolheu o médio. Na traseira, o duro também foi a opção da maioria, exceto Pol Espargaró, Joan Mir e Fabio Quartararo, que escolheram o médio na Alemanha.
Antes da largada, porém, Viñales trocou para o médio traseiro, enquanto Mir abandonou a opção intermediária e acompanhou a maioria com um duro traseiro.
Quando as luzes se apagaram na reta de Sachsering, os 95.214 espectadores presentes no circuito viram o pole-position Pecco Bagnaia sair bem e sustentar a ponta nos primeiros metros, com Fabio Quartararo dando o bote na curva 1 para tomar o comando da corrida, diante de Aleix Espargaró, Johann Zarco e Fabio Di Giannantonio.
Donos dos melhores ritmos ao longo dos treinos, Quartararo, Bagnaia e Aleix logo tentaram se desolar. Pecco lançou um primeiro ataque na curva 1, mas, com direito a toque, Fabio retomou a ponta. Zarco foi para cima de Aleix na curva 11 em uma valente manobra e tomou a terceira colocação, já se afastando dos ponteiros.
Fabio, então, passou a imprimir um ritmo forte, tentando quebrar a resistência de Bagnaia. Ainda na quarta volta, o francês abriu cerca de 0s5. Pouco depois, na curva 1, o italiano caiu mais uma vez, jogando mais uma pá de cal no sonho do título. Foi o quarto abandono em dez corridas.
Logo em seguida, na mesma curva 1, Joan Mir também caiu e se despediu mais cedo da corrida.
Sem Pecco, Fabio ganhou mais de 1s de vantagem na ponta, com Zarco sendo o responsável por conduzir a caçada. Aleix vinha em terceiro, já 0s5 atrás do piloto da Pramac. Viñales vinha escalado até a quarta colocação, diante de Di Giannantonio, Jorge Martín, Jack Miller, Brad Binder, Luca Marini e Takaaki Nakagami.
Pouco depois, Álex Márquez recolheu para os boxes da LCR e, na sequência, o dia da equipe satélite da Honda ficou ainda pior, já que Takaaki Nakagami caiu e abandonou a disputa.
Na ponta da corrida, os pilotos iam mais espaçados, com exceção da dupla da Aprilia. Viñales ia no encalço de Aleix pela primeira vez no ano, pressionando o companheiro de equipe pela terceira colocação.
Atrás, Jack Miller, que teve de cumprir uma volta longa por causa do tombo em bandeira amarela nos treinos de sábado, passou Fabio Di Giannantonio para assumir a quinta colocação.
Na ponta da corrida da Alemanha, Quartararo não conseguia — ou simplesmente não fazia — o mesmo que Izán Guevara e Augusto Fernández fizeram em Moto3 e Moto2, respectivamente. O francês vinha mantendo a margem na casa de 1s2, sem conseguir crescer a diferença em relação a Johann Zarco, que se afastava cada vez mais de Aleix. O catalão, porém, não se livrava de Viñales, que ia sentindo Miller mais e mais próximo.
Foi na metade da corrida que Fabio, um dos poucos calçando com um pneu traseiro médio, passou a se afastar mais de Zarco. Na volta 16, ‘El Diablo’ roçou os 2s de margem, abrindo mais caminho para o que seria a terceira vitória de 2022.
Com cerca de 12 voltas para o fim, Maverick começou a ter problemas com a RS-GP e perder ritmo. O espanhol foi caindo pouco a pouco no pelotão até recolher aos boxes da Aprilia, onde ficou evidente que o problema era com o dispositivo que ajusta a altura da moto.
Assim, Miller passou a pressionar Aleix pelo terceiro post, com Di GIannantonio de volta ao quinto posto, seguido por Martín, Marini, Brad Binder, Oliveira e Enea Bastianini.
Com oito voltas para o fim, Miller tentou um ataque para cima de Aleix na curva, mas não manteve a linha e acabou devolvendo a posição. Enquanto isso, Pol Espargaró recolheu aos boxes, deixando apenas a RC213V de Stefan Bradl na pista. O piloto de testes, que substitui Marc Márquez, era o 16º.
Bem desde o GP da Itália, Luca Marini conseguiu passar Jorge Martín e tomou a quinta colocação, já 2s2 atrás de Miller.
Com seis voltas para o fim do GP da Alemanha, Quartararo tinha pouco mais de 4s de frente para Zarco, que, por sua vez, vinha ainda mais livre da sombra de Aleix. O #41, contudo, voltava a ser pressionado por Miller, que vinha remando para encostar mais uma vez. Luca, por sua vez, também tinha se aproximado um pouco, mas ainda estava muito longe de poder tentar qualquer coisa.
Com cinco voltas para o fim, Jack foi de novo para cima de Aleix na curva 1, mas quase como um replay, entrou quente demais, passou do ponto e devolveu a posição para o catalão. Marini aproveitou e já vinha 1s2 atrás do australiano.
Quando restavam três voltas para o fim, Miller aproveitou uma espalhada de Aleix na curva 1 para tomar a posição. Marini também usou a bobeada para tentar chegar, mas o catalão se recompôs e se afastou mais uma vez.
MotoGP, GP da Alemanha, Sachsenring, Corrida:
1 | F QUARTARARO | Yamaha | 41min12s816 | 30 voltas |
2 | J ZARCO | Pramac Ducati | +4.939 | |
3 | J MILLER | Ducati | +8.372 | |
4 | A ESPARGARÓ | Aprilia | +9.113 | |
5 | L MARINI | VR46 Ducati | +11.679 | |
6 | J MARTÍN | Pramac Ducati | +13.164 | |
7 | B BINDER | KTM | +15.405 | |
8 | F DI GIANNANTONIO | Gresini Ducati | +15.851 | |
9 | M OLIVEIRA | KTM | +19.740 | |
10 | E BASTIANINI | Gresini Ducati | +21.611 | |
11 | M BEZZECCHI | VR46 Ducati | +23.175 | |
12 | R FERNÁNDEZ | Tech3 KTM | +26.548 | |
13 | F MORBIDELLI | Yamaha | +29.014 | |
14 | A DOVIZIOSO | RNF Yamaha | +30.680 | |
15 | R GARDNER | Tech3 KTM | +30.812 | |
16 | S BRADL | Honda | +52.040 | |
17 | P ESPARGARÓ | Honda | Abandonou | |
18 | M VIÑALES | Aprilia | Abandonou | |
19 | T NAKAGAMI | LCR Honda | Abandonou | |
20 | A MÁRQUEZ | LCR Honda | Abandonou | |
21 | D BINDER | RNF Yamaha | Abandonou | |
22 | F BAGNAIA | Ducati | Abandonou | |
23 | J MIR | Suzuki | Abandonou |
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