Iannone visita Misano e lamenta afastamento por doping: “Pior coisa que poderiam fazer”

Italiano será julgado pelo Tribunal Arbitral do Esporte no dia 15 de outubro. Piloto da Aprilia foi suspenso por 18 meses após ser flagrado em um exame feito em 2019 por uso de esteroides anabólicos

Andrea Iannone decidiu visitar o paddock da MotoGP nesta sexta-feira (18). Piloto titular da Aprilia, o italiano de Vasto está impedido de competir por conta de uma suspensão de 18 meses por doping, mas contou que sente falta de estar na moto.

Em novembro do ano passado, Iannone testou positivo para uma “substância não especificada nos termos da seção 1.1.a) esteroides androgênicos anabólicos exógenos (AAS)” em um exame feito no fim de semana do GP da Malásia de MotoGP. A defesa pediu a contraprova, que confirmou o doping do italiano.

Andrea Iannone será julgado no próximo dia 15 (Foto: Reprodução)

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No exame de urina, foi detectado o esteroide anabolizante injetável drostanolona, que é muito comum no fisiculturismo por ser eficaz no crescimento muscular.

Desde o início, a defesa alega que a droga entrou no sistema de Iannone por meio do consumo de carne animal durante os dias em que passou na Ásia, entre os GPs da Tailândia e da Malásia. Além dele, outros oito pilotos foram testados em Sepang ― Romano Fenati, Ai Ogura, Marcos Ramírez, Remy Gardner, Joe Roberts, Xavi Vierge, Jorge Lorenzo e Marc Márquez ―, todos com resultado negativo.

A FIM (Federação Internacional de Motociclismo) aplicou uma suspensão de 18 meses, o que levou Iannone ao Tribunal Arbitral do Esporte para tentar reverter a condenação. A WADA também recorreu e quer um gancho de até quatro anos. O caso será julgado em 15 de outubro.

Falando à emissora italiana Sky nesta sexta-feira (18), Andrea contou que já está menos abatido por conta da suspensão, mas deixou claro que sente falta de estar na moto.

“Estou feliz. Estava empolgado em voltar ao paddock nesta manhã”, contou. “Não é fácil ficar longe deste mundo, mas não desisti e continuo treinando. Só sinto falta de pilotar, de estar na moto”, seguiu.

“O mais frustrante é não poder fazer isso nem mesmo com uma moto de rua na pista. É a pior coisa que poderiam fazer comigo, como tirar o microfone de um cantor”, comparou. “Já faz um mês que tenho me sentido melhor. Tenho conseguido pensar menos nisso, mas é um peso em mim, pois quero voltar para a moto o mais cedo possível, e a Aprilia está esperando por mim. Essa é a minha vida”, insistiu.

Por enquanto, a Aprilia apenas renovou até 2022 o contrato de Aleix Espargaró, mas segue firme no propósito de esperar por Andrea, mesmo tendo pilotos como Cal Crutchlow e Andrea Dovizioso livres no mercado.

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