Marini comanda dia de testes marcado por novidades para MotoGP 2023 em Valência
Em uma terça-feira (8) onde as fábricas mostraram as novidades para a próxima temporada do Mundial de Motovelocidade, Marini colocou a VR46 no topo da tabela após um dia inteiro de pista liberada no circuito Ricardo Tormo
2023 já começou. Ao menos para a MotoGP. Só dois dias após o encerramento da temporada 2022, a classe rainha do Mundial de Motovelocidade deu a largada do campeonato do próximo ano com um dia de testes coletivos em Valência, e foi Luca Marini quem cravou o melhor tempo desta terça-feira (8).
Como tradicionalmente acontece após o GP da Comunidade Valenciana, a classe rainha permaneceu no circuito Ricardo Tormo, para onde as fábricas levaram novidades que pretendem colocar na pista em 2013. Além de componentes mecânicos e aerodinâmicos, foi também a oportunidade de ver os pilotos nas novas equipes, já que muita gente muda de endereço no próximo ano.
Relacionadas
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Entre as fábricas, Yamaha e Aprilia são as únicas que tem as duplas inalteradas. A casa de Noale, contudo, agora tem a RNF como equipe satélite, com Miguel Oliveira e Raúl Fernández guiando as outras RS-GP. A Ducati, que colocou na pista a moto de 2023, viu Enea Bastianini estrear vestindo vermelho, ao lado do campeão Francesco Bagnaia. A Pramac segue com Johann Zarco e Jorge Martín e a VR46 com Luca Marini e Marco Bezzecchi. A Gresini, por outro lado, tem Álex Márquez chegando para formar dupla com Fabio Di Giannantonio.
Na Honda, Joan Mir chegou aos boxes do time principal, enquanto Álex Rins debutou com a LCR. Os dois, contudo, não poderão falar com jornalistas sobre a nova moto, já que seguem contratados da Suzuki até o fim do ano, ainda que a fábrica tenha se retirado da MotoGP. Quem falou, no entanto, foi Alberto Puig, chefe da equipe de fábrica, e o clima não foi animador. O espanhol admitiu que esperavam um resultado melhor. Marc Márquez, que carrega a maior carga do desenvolvimento do RC213V, já que é o mais experiente do time, também saiu decepcionado, e foi claro ao falar com os jornalistas: “Com esta moto, não podemos vencer o campeonato”.
Na KTM, Jack Miller já montou na RC16, formando par com Brad Binder. O australiano tem de se adaptar ao novo equipamento após cinco temporadas guiando a Desmosedici. Quem também chegou foi a GasGas, a marca do grupo Pierer — proprietário da KTM —, que vai vestir da Tech3. No time de Hervé Poncharal, a novidade foi Pol Espargaró, que deixou a Honda e foi flagrado dizendo a Paul Trevathan, chefe da equipe: “eu amei”. Campeão da Moto2, Augusto Fernández também debutou na classe rainha.
Derrotada na final, a Yamaha segue buscando um pacote mais bem equilibrado, mas foca mesmo no motor, que foi a maior deficiência de 2022. Nesta terça, Fabio Quartararo trabalhou com várias motos na garagem, além de testar um novo pacote aerodinâmico. De acordo com Lin Jarvis, diretor da casa de Iwata, Franco Morbidelli se mostrou satisfeito com o trabalho feito do lado do chassi. Em 2023, serão só duas YZR-M1 na pista, já que a marca dos três diapasões não terá equipe satélite.
A fim das 8h de pista liberada, Marini, que completou 76 voltas, fechou o dia com a melhor marca de 1min30s032, 0s225 à frente de Maverick Viñales, o segundo colocado. Marco Bezzecchi ficou em terceiro. Miguel Oliveira e Aleix Espargaró aparecem para colocou mais duas Aprilia no top-5.
0s451 mais lento que o líder, Di Giannantonio foi o sexto, diante de Brad Binder e Jorge Martín. Fabio Quartararo foi quem mais rodou, com 92 voltas, e ficou na nona colocação, 1min30s578, 0s546 atrás do líder. Enea Bastianini fecha o rol dos dez melhores.
Johann Zarco vem logo atrás, seguido por Francesco Bagnaia. O campeão de 2022 deu 59 voltas, a melhor delas em 1min30s655, 0s623 mais lento que o parceiro de Academia de Pilotos VR46.
Marc Márquez ficou em 13º, mas não buscou volta rápida, já que não ficou satisfeito com o nível da moto. Morbidelli vem logo atrás, seguido por Álex Márquez e Pol Espargaró. Miller foi 17º com a KTM, diante de Mir, Takaaki Nakagami e Rins. O estreante Augusto Fernández fez 83 voltas, a melhor em 1min31s730 e ficou em 22º, 1s698 atrás do líder. Piloto de testes da Ducati, Michele Pirro ficou em último.
MotoGP 2022, Valência, Teste coletivo, Final:
1 | L MARINI | VR46 Ducati | 1:30.032 | 70 | 76 | |
2 | M VIÑALES | Aprilia | 1:30.257 | +0.225 | 81 | 89 |
3 | M BEZZECCHI | VR46 Ducati | 1:30.262 | +0.230 | 62 | 78 |
4 | M OLIVEIRA | RNF Aprilia | 1:30.367 | +0.335 | 71 | 75 |
5 | A ESPARGARÓ | Aprilia | 1:30.398 | +0.366 | 27 | 56 |
6 | F DI GIANNANTONIO | Gresini Ducati | 1:30.483 | +0.451 | 66 | 68 |
7 | B BINDER | KTM | 1:30.496 | +0.464 | 48 | 63 |
8 | J MARTÍN | Pramac Ducati | 1:30.576 | +0.544 | 28 | 76 |
9 | F QUARTARARO | Yamaha | 1:30.578 | +0.546 | 83 | 92 |
10 | E BASTIANINI | Ducati | 1:30.592 | +0.560 | 27 | 54 |
11 | J ZARCO | Pramac Ducati | 1:30.626 | +0.594 | 9 | 55 |
12 | F BAGNAIA | Ducati | 1:30.655 | +0.623 | 58 | 59 |
13 | M MÁRQUEZ | Honda | 1:30.676 | +0.644 | 27 | 50 |
14 | F MORBIDELLI | Yamaha | 1:30.691 | +0.659 | 81 | 88 |
15 | Á MÁRQUEZ | Gresini Ducati | 1:30.712 | +0.680 | 65 | 73 |
16 | P ESPARGARÓ | Tech3 GasGas | 1:30.757 | +0.725 | 75 | 86 |
17 | J MILLER | KTM | 1:30.787 | +0.755 | 49 | 70 |
18 | J MIR | Honda | 1:30.914 | +0.882 | 60 | 73 |
19 | T NAKAGAMI | LCR Honda | 1:31.081 | +1.049 | 47 | 64 |
20 | A RINS | LCR Honda | 1:31.228 | +1.196 | 85 | 91 |
21 | R FERNÁNDEZ | RNF Aprilia | 1:31.340 | +1.308 | 58 | 78 |
22 | A FERNÁNDEZ | Tech3 GasGas | 1:31.730 | +1.698 | 79 | 83 |
23 | M PIRRO | Ducati | 1:32.805 | +2.773 | 15 | 16 |