Bezzecchi atua à la Messi e baila sozinho para estrear no rol dos vencedores na Argentina
Tal qual o jogador camisa #10, o italiano desfilou com graça no ‘campo’ da MotoGP e jogou tão em alto nível que ninguém conseguiu sequer marcá-lo
Se é para correr no país de Lionel Messi, melhor atuar a altura. E se é para vestir a camisa #10 do astro do futebol no GP da Argentina, melhor faz jus ao manto ‘Albiceleste’.
Com uma camisa autografada pelo atacante na bagagem, Marco Bezzecchi fez exatamente isso na corrida deste domingo (2) em Termas de Río Hondo. Segundo no grid, o #72 não deu bola para as adversas condições da pista e bailou sozinho e com graça para conquistar a primeira vitória da carreira na MotoGP.
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Natural de Rimini, o piloto de 24 anos vem construindo esse resultado desde o ano passado, quando estreou na categoria de elite do motociclismo e faturou o primeiro pódio no GP da Holanda. Aos poucos, Marco foi chegando à parte da frente do grid e, em 2023, se colocou como um dos protagonistas.
No GP de Portugal, Bezzecchi tinha faturado um terceiro posto, mas, na Argentina, foi ainda mais longe. Além da boa posição de largada, o italiano se destacou na sprint e conseguiu um segundo lugar. Neste domingo, mais um passo. E em condições duríssimas.
Assim como Moto3 e Moto2, a classe rainha encarou a pista molhada em Termas de Río Hondo. A bem da verdade, a MotoGP enfrentou a pior condição, com muito spray na pista e baixa visibilidade. Só que Bezzecchi não se importou com nada disso.
Tal qual Valentino Rossi pediu a ele antes da corrida, o piloto da VR46 fez uma boa largada, tomou a ponta ainda nos primeiros metros e, do mesmo jeito que Lionel Messi faria, jogou com talento e graça para não permitir a mínima aproximação dos adversários.
Marco esteve tão impecável na pista de Santiago Del Estero que fez basicamente um show solo.
“De verdade, não tenho palavras”, começou Bezzecchi. “Foi uma corrida muito longa. A primeira vez que vi, faltavam 14 voltas para o final. As últimas oito voltas foram eternas”, comentou.
“Os que vinham atrás iam recuperando tempo e pensei que fossem pular em cima de mim”, brincou. “A cabeça me dizia que eles seguiam me alcançando”, contou.
Ao fim da corrida, Bezzecchi agradeceu a VR46 e destacou que tem Rossi e Alessio Salucci, o Uccio, como irmãos.
“Meus rapazes estavam certíssimos: Uccio e Vale, que está em casa. Estamos há três ou quatro anos trabalhando juntos, como a maioria, e, para mim, eles são como irmãos”, declarou. “Falei com Vale antes do warm-up e ele só me disse que eu tinha um bom ritmo e que fizesse uma boa largada, que é o que estava me atrapalhando”, assumiu.
Messi, aliás, não foi único extraclasse emulado por Bezzecchi. Em um domingo em que reinou na pista molhada, chegando a abrir mais de 8s de frente, o jovem italiano lembrou até mesmo de algumas das atuações clássicas do mentor. Que, aliás, recebeu reconhecimento.
“Sem o apoio de Vale e da minha família, isso seria quase impossível. Vale me deu a possibilidade de crescer como pessoa, como piloto e de subir para a MotoGP. Agradeço a ele!”, frisou.
No pódio, Bezzecchi repetiu o que Rossi tinha feito em 2015, vestindo a camisa da seleção da Argentina. No caso de Marco, porém, a peça leva o autógrafo de Messi.
“Foi incrível. Quando recebi a camisa, foi inacreditável. Messi é o melhor de todos os tempos, assim como Vale é para as motos. Messi é o melhor de todos no futebol”, encerrou.
A MotoGP volta entre os dias 14 e 16 de abril, com o GP das Américas, em Austin. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade.
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