GUIA 2024: Russell começa pressionado e tem de provar que pode liderar Mercedes na F1

Depois de uma temporada em que teve bastante oscilação no desempenho, George Russell precisa provar para a Mercedes que é um piloto confiável e capaz de liderar a equipe quando Lewis Hamilton se mudar para a Ferrari em 2025

A temporada 2024 da Fórmula 1 promete ser um divisor de águas na carreira de George Russell. Isso porque a ida de Lewis Hamilton para a Ferrari em 2025 aqueceu o mercado de pilotos e abriu uma vaga na Mercedes, que procura um substituto à altura do heptacampeão. O dono do carro #63, no entanto, precisa provar que é o melhor nome para liderar o projeto na Fórmula 1. Caso contrário, a tendência é que se torne um piloto sem prioridades dentro da equipe alemã. Mesmo sem Hamilton.

Russell foi formado pela academia da Mercedes e campeão nas principais categorias de acesso à F1. Não de graça surgiram grandes expectativas sobre o potencial do piloto britânico, que era visto como o futuro da equipe quando Hamilton decidisse se aposentar. 

Depois de passar três temporadas na Williams ganhando experiência, Russell foi promovido para a Mercedes em 2022 e cumpriu as expectativas do time. Na verdade, foi além. Em uma temporada extremamente sólida em que ficou fora do top-5 em apenas três corridas, o britânico foi responsável pela única vitória da equipe no GP de São Paulo, e somou 35 pontos a mais que Lewis na tabela de pontos final.

Essa era uma demonstração de que George de fato seria o futuro do time quando Hamilton decidisse sair. Mas 2023 pode ter colocado uma pulga atrás da orelha da Mercedes. Afinal, o #63 passou longe de ter a mesma performance que apresentou em 2022.

George Russell já vê W15 mais agradável (Foto: Mercedes)

É fato que o W14 não era o melhor dos carros, mas ainda assim os resultados ficaram muito abaixo do esperado. Em uma comparação direta com o companheiro, George teve apenas dois pódios, somou 175 pontos e foi apenas o oitavo no Mundial de Pilotos. Em contrapartida, Hamilton esteve no top-3 em seis oportunidades, fez a pole do GP da Hungria, e terminou o ano na terceira posição, com 234 pontos.

A temporada de Russell fica ainda mais frágil se levar em conta os erros cometidos em momentos chave. O primeiro deles foi no GP do Canadá, quando bateu sozinho, destruiu o carro e acabou com as chances de terminar a prova no pódio. A outra foi no GP de Singapura, quando estava brigando pela vitória, tocou no muro e abandonou.

É bem verdade que Russell também teve algumas exibições sólidas ao longo de 2023, mas ficou a sensação de que era possível fazer muito mais. Principalmente pelo fato de ter cometido erros em momentos cruciais e que lhe custaram caro.

Depois de a Ferrari confirmar a contratação de Hamilton para 2025, Toto Wolff, chefe da Mercedes, começou a ficar de olho no mercado de pilotos. E o leque de possibilidades é dos mais diversos, uma vez que inúmeros contratos se encerram ao fim de 2024 e o time alemão é cobiçado por grande parte dos pilotos.

Russell bateu na última volta do GP de Singapura (Vídeo: reprodução/F1 TV)

A Mercedes não quer sair por baixo com a perda do heptacampeão e ter a certeza de que terá um piloto rápido, confiável e capaz de liderar o projeto, assim como Lewis fez nos últimos anos. Por isso, o nome de Fernando Alonso surge como um dos favoritos à vaga. Inclusive, Flavio Briatore, empresário do bicampeão, foi visto tomando um cafezinho com Wolff no dia do lançamento do Aston Martin AMR24. Fernando reconheceu que está em uma posição confortável para negociar seu futuro na F1.

“Estou ciente da minha situação, que é única. Existem apenas três campeões mundiais no grid, e todos eles são rápidos. E provavelmente sou o único disponível para 2025. Então estou em uma boa posição. Mas, ao mesmo tempo, quando eu decidir se quero continuar correndo no futuro, a primeira conversa que terei será com a Aston Martin”, disse o espanhol.

A eventual chegada de Alonso na Mercedes representaria um baque internamente para Russell, na briga pela liderança do time e, claro, ao precisar construir novamente uma relação sustentável com uma lenda da categoria.

Fernando Alonso é um dos nomes cotados para assumir o lugar de Hamilton na Mercedes (Foto: Aston Martin)

2024 será um divisor de águas para Russell na Fórmula 1. Além de entregar resultados convincentes, o inglês precisa recuperar a confiança da equipe e provar que é, sim, capaz de liderar a equipe no futuro.

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