Guia Fórmula E 2024: Sette Câmara abre ano de interrogações sobre chances da ERT

Em 'nova velha casa' para 2024, Sérgio Sette Câmara quer apagar temporada difícil na Fórmula E para, enfim, desabrochar na categoria

Sergio Sette Câmara ganhou um voto de confiança no fim da temporada 2023 ao assinar a renovação por mais um ano com a mesma equipe na Fórmula E. Mas com a transformação de supetão da equipe NIO, que anunciou antes dos testes coletivos a mudança de identidade para ERT (Electric Racing Technologies), o brasileiro começa seu quinto ano com um grande ponto de interrogação.

Entre as passagens na Dragon e no time chinês até o ano passado, Sette Câmara somou apenas 32 pontos, sem vitórias ou pódios. Muito pouco para quem chegou com boas expectativas, embora tenha sofrido demais com o alto consumo de energia do bólido em uma categoria onde o gerenciamento é fundamental.

“Eu simplesmente disse à equipe: ‘Digam o que eu preciso fazer’, porque [preciso saber se] é a minha pilotagem? É alguma coisa no carro? Nós precisamos consertar, não dá pra ficar desse jeito. São várias corridas que eu tenho um ritmo ruim, mesmo consumindo muito, jorrando energia”, chegou a dizer após o eP de Mônaco.

Além disso, o piloto sofreu com penalizações ao longo do ano, como visto na classificação para o eP de São Paulo, que também contribuíram com a temporada difícil na categoria elétrica. Ao GRANDE PRÊMIO, Sette Câmara lamentou a leitura das regras.

Sérgio Sette Câmara e Dan Ticktum vão defender a ERT em 2024 (Foto: LAT/Fórmula E)

“Existe um entendimento que sempre que tem bandeira vermelha é punição, independente da interpretação. Fiquei chateado porque não tive culpa, e isso atrapalhou minha corrida em casa”. O brasileiro também chegou a ser desclassificado no eP de Londres 1 por ignorar uma ordem dos comissários para trocar a asa dianteira danificada na primeira bandeira vermelha daquela corrida.

Sob nova direção, mas com a parceria mantida com Dan Ticktum, com quem garante que há um bom relacionamento e que ambos têm ideias parecidas, Sérgio começa 2024 na buscar por desabrochar na Fórmula E. Além disso, quer apagar a temporada ruim que culminou com a nona colocação entre as Equipes, com 42 pontos, sendo 28 deles somados pelo britânico e 14 pelo brasileiro.

Para isso, sabe das dificuldades que vai enfrentar com a ERT e espera que a busca por novos clientes pela montadora termine o quanto antes para que haja um investimento forte em coleta de dados para o projeto. Na ERT, o que se acredita é que, caso forneça motores para uma segunda equipe, terá mais possibilidades de desenvolver o carro. “Antes de ter uma equipe cliente, precisamos de um parceiro grande e, para isso, desenvolver um motor bom para outras equipes terem o desejo de serem nossas clientes”, contou ao GP.

Resta saber o quanto é possível melhorar num ano em que as regras técnicas estão congeladas. É possível sair do limbo? É a maior dúvida não apenas para Sette Câmara e a ERT, mas para todo o grid. E é o que o fim de semana começa a mostrar.

A temporada 2023/24 da Fórmula E está marcada para começar no dia 13 de janeiro, com o eP da Cidade do México, no Autódromo Hermanos Rodríguez. A categoria ainda passa por DiriyahSão PauloTóquioMisanoMônacoBerlimXangaiPortland e Londres. O GRANDE PRÊMIO é emissora oficial e transmite TODAS AS ATIVIDADES DE PISTA da temporada AO VIVO e COM IMAGENS.

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