Espargaró ensaia repeteco de 2023 e comanda dia 1 da MotoGP no GP da Catalunha

Aleix Espargaró pode até ter optado pela aposentadoria, mas um dia depois de comunicar ao mundo que vai pendurar o capacete no fim da temporada 2024, o catalão mostrou que ainda tem lenha para queimar na MotoGP. Nesta sexta-feira (24), o #41 aproveitou o segundo treino para o GP da Catalunha para estabelecer um novo recorde para a pista de Barcelona e colocar a Aprilia no topo da tabela de tempos.

Ano passado, Aleix viveu um fim de semana de sonho em Montmeló. Correndo praticamente no quintal de casa, o pai dos pequenos Max e Mia venceu a sprint e o GP, onde liderou a primeira dobradinha da casa de Noale. Agora, Aleix ensaia um repeteco da boa forma.

No treino desta tarde, o mais velho dos irmãos Espargaró anotou 1min38s562 e assegurou a liderança da MotoGP com 0s072 de margem para Brad Binder, que viveu um dia para lá de tumultuado com duas quedas.

Após a sessão, Aleix reforçou a decisão de parar, mas reconheceu que vive um ótimo momento na carreira e assumiu que vai sentir saudades.

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“Pela manhã, demorei para me adaptar um pouco, então não esperava quebrar o recorde. Depois da última volta, pensei como vou sentir saudade”, admitiu Aleix. “Ao acordar e tomar café, estava convencido que era a decisão correta, fui para a pista muito feliz. Estou convencido de que é o melhor momento da minha carreira. Ando rápido, sou competitivo. Além disso, acredito que estou mais forte do que nunca”, seguiu.

“A única coisa que desejo é rir a cada volta a partir de agora ate o último giro em Valência”, avisou.

Aleix destacou que teve um dia mais difícil do que no ano passado e avaliou que a vantagem da Aprilia ficou um pouco menor.

“Hoje, sofri um pouco mais do que no ano passado, acredito que nossa vantagem é um pouco menor. Aqui, a Ducati não consegue carregar toda a potência que tem na moto”, completou.

Campeão vigente, Francesco Bagnaia voltou ao palco do acidente assustador que sofreu na temporada passada, mas mostrou que não se deixou assombrar pelas más lembranças. Com 1min38s695, o #1 ficou com o quarto tempo, a 0s133 do líder.

O italiano, porém, apontou a baixa aderência da pista e considerou que a Ducati é capaz de compensar o atraso em relação a Aprilia após este primeiro dia de atividades.

“Esta pista vence o prêmio da pista com menor aderência da temporada. E com muita margem”, brincou. “Normalmente, nessas condições, Aprilia e KTM parecem sempre ter uma ligeira vantagem no primeiro dia, mas é algo que costumamos conseguir reverter. Já demos um passo hoje e acho que daremos outro amanhã”, seguiu.

“Não consegui fazer uma super volta cronometrada, mas foi muito boa e já estamos em um nível muito alto. A GP24 ajuda um pouco em relação a GP23 na frenagem, pois dá para frear forte e virar bem. Temos um pouco menos de aderência, mas nada que não possamos equilibrar amanhã”, frisou.

Líder do Mundial, Jorge Martín liderou a sessão matutina, mas foi mais discreto na parte da tarde. Apesar do resultado, o espanhol encerrou o dia bastante satisfeito.

“Foi um bom dia para mim e o ritmo de corrida é fantástico”, disse Martín em entrevista à emissora Sky Italia. “Tentamos algumas novas soluções nessa pista depois das dificuldades no passado. A Ducati de 2024 é mais estável nas frenagens e estou tentando tirar o máximo disso”, explicou.

“Sobre o primeiro lugar para o Aleix? Estou feliz por ele, é incrível o que um piloto perto da aposentadoria consegue fazer nesses momentos”, exaltou.

Marc Márquez bem que tentou, mas, pela segunda corrida seguida, vai ter de passar pelo Q1 se quiser sonhar com a pole-position. O titular da Gresini fez a melhor volta em 1min39s153 e ficou em 12º, 0s591 atrás do melhor tempo do dia.

Após a sessão, o irmão de Álex avaliou que o primeiro dia em Barcelona confirmou as preocupações que ele tinha, já que o traçado não é um dos favoritos.

“Devo admitir que não estava me sentindo muito confortável no início da sessão da tarde e aí não consegui tirar o máximo do pneu macio”, disse Márquez. “Vai ser duro, já que sabemos que o Q1 é a pior sessão do fim de semana, mas vamos dar tudo e ver como as coisas correm”, seguiu.

“Esta não é uma das minhas pistas favoritas e esta sexta-feira confirmou as minhas preocupações”, assumiu. “Vamos pensar em ter um ótimo Q1 e vamos ver a partir dali”, encerrou.

A MotoGP volta a acelerar neste sábado, às 5h10 (de Brasília), com o treino livre 2 do GP da Catalunha, em Barcelona, a 6ª etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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