Ducati domina classificação no Algarve para conquistar objetivo final: bater Yamaha

A Ducati ainda tem um grande objetivo na reta final da temporada da MotoGP: derrotar a Yamaha nos Mundiais de Equipes e Construtores. O primeiro passo foi dado na classificação do GP do Algarve, com novo 1-2 no grid

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O GP do Algarve se desenhou, desde o primeiro momento, uma disputa particular entre Francesco Bagnaia e Fabio Quartararo. Foi assim em todos os treinos livres, muitas vezes definidos em margens mínimas, mas a classificação mostrou um cenário diferente, com o italiano da Ducati se colocando confortavelmente na frente de qualquer outro competidor.

Em abril, na primeira passagem da MotoGP pelo circuito português, Bagnaia fez a pole-position com uma grande volta, só que perdeu a posição no grid após desrespeitar bandeiras amarelas, mas recuperou-se na corrida. Agora, sete meses depois, concretizou o primeiro passo para ratificar o domínio.

“Estou muito feliz! Merecíamos esta pole-position que nos foi tirada do primeiro GP em Portugal [no início do ano] devido às bandeiras amarelas. Na última volta, eu estava melhorando, mas infelizmente cometi um erro no último setor e não consegui”, disse Pecco.

Francesco Bagnaia durante treinos livres em Portimão (Foto: Ducati)

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“Estamos muito fortes este fim de semana. Experimentamos pneus médios e duros e fomos bastante competitivos com os dois. Hoje estava frio e ventou muito, mas amanhã as condições deverão ser melhores, por isso, amanhã de manhã, vamos avaliar bem qual será a nossa estratégia final com os pneus para a corrida”, completou.

A quinta pole seguida de Francesco na temporada não é por acaso. Mais tranquilo na reta final, especialmente após conquistar a primeira vitória na classe rainha do Mundial, o italiano se sente um líder na Ducati que vê Jack Miller oscilar muito.

A responsabilidade que cai sobre os ombros de Bagnaia pode ter sido um fardo na briga pelo título, vencido por Quartararo, mas agora temos mais duas etapas até o fim do calendário para ele provar que é a nova cara da montadora na MotoGP.

Do outro lado da garagem da fábrica de Borgo Panigale, Jack Miller sabe que precisa crescer. Novamente na primeira fila do grid, o australiano esteve próximo da pole-position no Algarve, mas não foi páreo para o companheiro de equipe. Depois de ficar devendo em boa parte da temporada, tem a chance de terminar o ano em alta depois de começá-lo como grande favorito.

Jack Miller voltou a andar bem em classificações (Foto: Ducati)

“É bom estar de volta à primeira fila aqui em Portimão. É uma pista técnica, dura e estar na frente é muito bom. Da última vez, fui meio que ‘engolido’ na curva 1 e depois fiquei preso entre as motos, então é bom estar nesta posição”, disse Miller.

“Tivemos um bom ritmo nos últimos fins de semana, mas não conseguimos chegar bem aos domingos. Sei que temos potencial, sei que a moto tem potencial. Foi mais um sábado bom e estou feliz com isso e com o que fizemos do TL1 ao Q2. Agora, é uma questão de organizar tudo, não tomar decisões bobas como na semana passada e, assim, eu e o Pecco [Bagnaia] devemos estar bem para amanhã”, completou.

Mais atrás, o campeão de 2021 aparece só na sétima posição. Pouco para quem dominou a sexta-feira e parecia no páreo para voltar a vencer na pista portuguesa, como fez na primeira passagem em 2021. Após o treino, culpou um acerto escolhido pela Yamaha.

“Usei um acerto que funciona algumas vezes, mas não em outras. Hoje, foi bem ruim e acabei perdendo velocidade. O último setor sempre foi meu ponto forte, mas na classificação eu mal conseguia fazer as curvas. Além disso, a aderência estava mais baixa que ontem, então alternei bons momentos com outros ruins”, declarou Quartararo.

“Comecei a sofrer no TL4, quando me dei conta de que o pneu médio na traseira é a melhor solução. Por isso vamos fazer mais testes amanhã de manhã. Quando chegamos no Q1, a moto passou a perder equilíbrio, então fizemos algumas mudanças. Mas foi uma sensação estranha na classificação, vamos ver o que conseguimos evoluir para a corrida. Na minha opinião, não são as ondulações [que causaram problemas]”, fechou.

A Ducati tem sua chance de continuar brilhando. Portimão é a última pista que favorece minimamente a montadora italiana, algo que não acontece em Valência. Para terminar o ano em alta e buscar os títulos que restam — de Equipes e Construtores — vencer no Algarve é fundamental. O primeiro passo já foi dado.

MotoGP volta a acelerar neste domingo (7), a partir de 10h (de Brasília), para o GP do Algarve, em Portimão. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.

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