GUIA 2022: Bagnaia ganha Ducati e vira bola da vez na MotoGP mesmo derrotado em 2021
Piloto de Torino tomou o protagonismo dentro da equipe com uma performance sólida em 2021 e, mesmo tendo sido derrotado por Fabio Quartararo na briga pelo título, vai para o campeonato deste ano com o selo de favorito
FRANCESCO BAGNAIA ENCAIXOU COMO UMA LUVA NA DUCATI. Contratado para ser uma espécie de número 2 de Jack Miller no ano passado, o piloto de Torino conseguiu ganhar os corações da esquadra de Bolonha e vai para a temporada 2022 não só de contrato renovado, mas também como um dos grandes favoritos ao título da MotoGP.
Pecco foi um claro protagonista da classe rainha no ano passado. Com quatro vitórias, outros cinco pódios e seis poles, o italiano chegou a 252 pontos e se se sagrou vice-campeão com apenas 26 a menos que Fabio Quartararo.
Relacionadas
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
GUIA DA MOTOGP 2022
# MotoGP abre era pós-Rossi com menu extenso e pratos para lamber os beiços
# MotoGP mantém estabilidade e só tem mudanças pontuais no regulamento
# Acosta chega forte, mas Moto2 é livro aberto na busca por protagonista
# Volta de Carrasco e estreia de Moreira deixam olhos atentos à Moto3
# Aprilia dá novo passo e mira protagonismo de novo status na MotoGP
# Yamaha ainda sofre com motor, mas busca evolução na MotoGP
# Aprilia dá novo passo e mira protagonismo de novo status na MotoGP
# Quartararo sai da glória de campeão para a luta de se manter no topo
# Sem ícone máximo, MotoGP tem de descobrir novo mundo em era pós-Rossi
Já em 2020, o filho de Pietro e Stefania tinha tido bons momentos no campeonato, mas o grande salto veio mesmo no ano passado. Quando conseguiu superar a barreira da primeira vitória ― no GP de Aragão ―, as outras vieram mais facilmente, como parece que tradicionalmente acontece em todas as classes no Mundial.
O fato é que Pecco tem a Desmosedici nas mãos. Ele a domina como poucos, e prova disso é que as vitórias da temporada passada vieram de maneiras diferentes. No MotorLand, por exemplo, foi preciso superar um duelo super intenso com Marc Márquez; no Algarve, desfilou dominante de ponta a ponta.
A disputa pelo título não aconteceu ao acaso. Ainda que tenha demorado um pouquinho mais do que o recomendado para se colocar como um forte postulante a um lugar na Torre dos Campeões, Bagnaia foi incisivo e ameaçou um Fabio que teve na regularidade o maior trunfo. Tivesse começado melhor a temporada ― especialmente no trecho do campeonato entre França e Estíria ―, o #63 poderia ter fechado o certame com um resultado ainda melhor.
Se, quem sabe, conseguir passar pelo mesmo processo de aprendizado pelo qual Fabio passou de 2020 para 2021, Pecco, então, poderá voltar ainda mais imponente na MotoGP.
E a Ducati não parece ter dúvidas dessa capacidade. Enquanto se empenhava em reforçar a já forte Desmosedici, a casa de Borgo Panigale tratou de assegurar a assinatura do irmão de Carola ― a autora do apelido Pecco ― até 2024, um indício da confiança depositada nele.
Para uma fábrica que busca recuperar o título da MotoGP desde a conquista de 2007, ter alguém tão jovem, motivado e que é capaz de extrair o máximo da moto é um trunfo e tanto.
É verdade que a pré-temporada não foi lá das mais escandalosas para a Ducati. Pelo menos, não pareceu nada lá muito de outro mundo. Mas a sensação que ficou foi de uma equipe que ainda estava escondendo o jogo, pegando a mão de uma nova máquina, buscando o melhor acerto para um protótipo ainda mais afiado.
Começar pelo Catar vai enviar um sinal positivo para Bolonha. Afinal, Lusail ― novo nome do circuito catari ― sempre joga com as forças do protótipo vermelho. Se colocar a bola em jogo com o pé direito e, mais do que isso, conseguir manter essa linha, Pecco e a Ducati serão, efetivamente, fortíssimos candidatos ao título de 2022.
WEB STORY
# Novos nomes, equipes, calendário: um resumão da MotoGP 2022