Marc Márquez vê dia “estranho” na Malásia, mas nega queda: “Vai chegar, mas não foi hoje”
Marc Márquez afirmou que, diferente do que foi creditado pela MotoGP, não caiu no primeiro dia de testes da MotoGP na Malásia. Espanhol explicou a diferença de pilotagem entre a Honda e a Ducati e classificou a terça-feira (6) como “estranha”
Marc Márquez afirmou que não registrou a primeira queda com a Ducati no dia inicial de testes da pré-temporada 2024. O espanhol de 30 anos apontou que saiu da pista, mas conseguiu se manter de pé. Ainda assim, o dia do #93 foi marcado por alguns problemas técnicos.
Durante a terça-feira (6), a cronometragem da MotoGP apontou uma queda no espanhol na curva 15, mas o irmão de Álex relatou uma situação diferente.
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“Na última curva, chamaram de queda, mas não foi uma queda”, explicou Marc. “Foi uma questão técnica. Fui para a brita, mas fui reto e não caí. Fora isso, tive um problema na curva 9, uma salvada. Fui para os boxes. Me explicaram alguns truques com a Ducati”, seguiu.
“Eu disse: ‘O que está acontecendo?’. Eles me explicaram algo que preciso aprender. Eu tinha confiança, travei o câmbio e tive aquele momento”, relatou.
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Em uma entrevista ao site da categoria, Márquez acrescentou: “Foi um mal-entendido. Não foi uma pequena queda. Foi só outro problema com a moto. Aí parei de novo. A queda vai chegar, mas hoje não foi o dia!”.
Durante o dia, Gigi Dall’Igna, chefe da Ducati Corse, a divisão de corridas, foi aos boxes da Gresini enquanto a equipe trabalhava para sanar as falhas na Desmosedici. Uma postura que não passou despercebida por Marc.
“Um dos segredos da Ducati é que eles se importam com todas as motos”, comentou. “Claro, eles estarão mais nos boxes dos pilotos de fábrica, mas, se você tem um problema, eles cuidam de todos os pilotos. Este é um dos segredos. É uma forma de aprender, de resolver o problema em todas as motos”, ponderou.
O #93 classificou o dia como “estranho”, já que sofreu com falhas técnicas. Ainda assim, ficou em nono, a 0s670 do líder Jorge Martín.
“Hoje foi um dia agitado, estranho. Tivemos, com a equipe, muitos problemas”, comentou. “Mas o bom é que a equipe reagiu bem. Resolveram tudo. Mas tudo [que podia ter acontecido], aconteceu hoje. Não conseguimos trabalhar de um jeito bom. Na última hora da tarde, foi quando fiz algumas voltas em sequência. Começamos a nos sentir melhor com a moto. O mais importante é que este foi o primeiro dia de teste, e a equipe trabalhou bem e resolveu tudo de uma maneira profissional”, elogiou.
“Hoje eu trabalhei um pouco com a pedaleira. Era como que eu me sentia mais desconfortável. Tinha um plano de trabalhar com o guidão, mas não deu tempo. Trabalhamos na traseira da moto, talvez possa melhorar lá”, avaliou. “Também trabalhamos bastante com o freio dianteiro. É um dos pontos onde tomo mais cuidado em relação ao feeling. É uma questão de entender a maneira de pilotar. Como posso me adaptar à moto, como a moto pode se adaptar a mim. A moto é muito diferente. No fim, para o piloto, quando você anda bem em um circuito, vai ser bom com qualquer moto. Quando você sofre — eu sofri na Malásia ao longo da minha história —, a sensação é diferente”, indicou.
Márquez falou, ainda, do compartilhamento de dados entre todas as oito Ducati na pista.
“Comparar com as oito Ducati? Faço a mesma coisa em algumas curvas, sou mais lento em algumas curvas. Agora, preciso me adaptar, ajudar e entender o que eles estão fazendo”, contou. “Você sempre busca voltas de qualidade, mas hoje não consegui. Foi o primeiro ritmo, o primeiro dia. Tenho mais dois para me adaptar à moto”, continuou.
“Com a Honda, os dados eram abertos. Mas ter mais motos… Hoje não comparei. Só uma volta com Jorge Martín, para entender o que ele estava fazendo, pois foi a Ducati mais rápida. Mesmo assim, estava muito longe em algumas partes da pista. Comecei a trabalhar com um acerto e não me preocupei com os outros. Estava rodando com um acerto base da Ducati e não toquei em nada. Frankie Carchedi, meu novo técnico, precisa me entender. E eu também preciso entender Frankie”, assumiu.
O espanhol de Cervera explicou, ainda, que a maneira de pilotar a Ducati em Sepang é diferente do que costumava fazer com a Honda.
“Aqui, o estilo de pilotagem muda muito. A maneira de abrir o acelerador, de usar as linhas, é muito diferente. Eu estava acostumado a pilotar aqui de um jeito com a Honda. A maneira de pilotar a Ducati aqui, de tirar proveito máximo, é completamente diferente”, confirmou. “De manhã, estava pilotando com o estilo da Honda. A moto estava chacoalhando, sofrendo. De tarde, comecei a entender melhor. Com a Honda, você usa muito a dianteira. Com a Ducati, você usa a traseira”, explicou.
A MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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