Aos 36 anos, De Angelis marca aposentadoria para final da MotoE na França

Nono colocado na classificação da Copa do Mundo de MotoE, o piloto de San Marino vai se despedir das pistas na etapa de Le Mans deste fim de semana

Alex De Angelis marcou uma data para pendurar o capacete. Aos 36 anos, o piloto de San Marino vai se despedir do motociclismo profissional o próximo domingo (11), na última corrida da temporada 2020 da Copa do Mundo de MotoE.

De Angelis iniciou a passagem no Mundial de Motovelocidade em 1999, quando disputou o GP de Ímola de 125cc. No ano seguinte, já em período integral na categoria, foi o melhor novato e seguiu até o vice-campeonato de 2002. O salto para as 250cc veio em 2004, onde passou quatro anos correndo com a Aprilia e fechou o campeonato duas vezes na terceira colocação, em 2006 e 2007.

Alex De Angelis conquistou um segundo lugar no GP de Indianápolis de MotoGP em 2009(Foto: Divulgação)

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A passagem pela classe rainha, porém, durou só dois anos, antes de descer para a Moto2 em 2010, apesar de ter feito outras três corridas na classe principal no mesmo ano. Alex ficou na Moto2 até 2014, com algumas participações pontuais na MotoGP. Em 2015, voltou à divisão principal para correr com a Ioda, mas disputou apenas 14 corridas. Depois de uma temporada ausente, voltou para a Moto2 em 2017 para três corridas e, em 2019, passou a compor o grid da MotoE.

No total, De Angelis soma quatro vitórias ― uma nas 250cc e três na Moto2 ― e 40 pódios ― sete nas 125cc, 25 nas 250cc, sete na Moto2 e 1 na MotoGP.

Em uma carta enviada à imprensa, De Angelis contou que seguirá envolvido com o esporte, já que é chefe de equipe da Roc & Dea, que disputa o CIV (Campeonato Italiano de Velocidade), na categoria Supersport 300.

“Dizer adeus às pistas da MotoGP, ao paddock, aos meus colegas e a tudo que foi minha casa por 20 anos não é fácil. O parênteses mais importante da minha vida chega ao fim com a última etapa da MotoE em 2020, em Le Mans”, disse Alex. “Foram 20 anos como piloto profissional no Mundial: vitórias, pódios, alegrias e tristezas, mas acima de tudo, metade da minha vida viajando o mundo em alta velocidade”, comentou.

“Agora eu sou um adulto, um chefe de equipe, um instrutor federal, trabalho na TV, ensino pessoas a andarem de moto em pista de forma segura e a se divertirem. São muitos compromissos que, no entanto, não me fazem esquecer que sou, antes de tudo (e para sempre) um piloto”, comentou. “Arrependimentos? Não, nenhum. Tive uma carreira que acho que é incrível, conheci pessoas incríveis e vi países lindos, muitos mundos diferentes que me enriqueceram ao longo dos anos. Quando eu comecei, tinha 15 anos e um corte de cabelo esquisito, e um grande desejo de acelerar. Agora sou um homem com algumas rugas, mas o desejo de acelerar é o mesmo, mesmo que em outras áreas e um espírito diferente. Um devido obrigado a todos os que acreditaram em mim. Primeiramente, a minha família, a todas as pessoas extraordinárias que trabalharam comigo, aos meus amigos e aos meus fãs por sempre me apoiarem. Adeus”, completou De Angelis.

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