Novos talentos e velhos conhecidos: MotoGP une experiência e frescor no grid de 2021

Com nomes como Valentino Rossi, Aleix Espargaró e Marc Márquez, a MotoGP tem uma importante dose de quilometragem acumulada. Mas a chegada de pilotos como Enea Bastianini e Jorge Martín traz também a novidade necessária para validar a estrutura de formação do Mundial

O grid de 2021 da MotoGP segue tomando forma. Ainda que em um ritmo mais lento do que o já visto anteriormente, a composição da próxima temporada foi se consolidando aos poucos e, mesmo que ainda restem três ― ou eventualmente quatro ― vagas em aberto, uma coisa é certa: a classe rainha vai combinar experiência e juventude no próximo ano.

Por enquanto, apenas Aprilia, LCR e Avintia têm vagas em aberto. No caso da casa de Noale, a decisão segue pendente pelo menos até o próximo dia 15, quando Andrea Iannone será julgado pelo Tribunal Arbitral do Esporte no caso da condenação de suspensão por 18 meses por doping. Se for liberado ou tiver a pena imposta pela FIM (Federação Internacional de Motociclismo) reduzida o bastante, o italiano deve ser confirmado ao lado de Aleix Espargaró. Mas, caso a Agência Mundial Antidoping leve a melhor no julgamento em Lausanne, na Suíça, o time comandado por Massimo Rivola vai partir para o plano B, que pode ser a contratação de Cal Crutchlow ou até mesmo de Andrea Dovizioso ― embora o italiano já tenha declarado que não se interessa por uma vaga onde não possa ser competitivo.

Jorge Martín é uma das novidades no grid da MotoGP em 2021 (Foto: Ajo)

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No caso da escuderia de Lucio Cecchinello, Takaaki Nakagami ainda não teve o contrato renovado para formar par com Álex Márquezrebaixado para dar lugar a Pol Espargaró antes mesmo do início da temporada ―, mas não existem grandes motivos para que isso não aconteça. Mesmo correndo com uma RC213V do ano passado, o japonês de Chiba tem sido o melhor entre os pilotos Honda na ausência de Marc Márquez e mostrou bastante evolução em comparação com a performance do ano passado.

O caso da Avintia é ligeiramente mais complicado. Com Johann Zarco de mudança para a Pramac ― ocupando o lugar que hoje é de Francesco Bagnaia ―, onde vai formar dupla com o estreante Jorge Martín, abre uma vaga, que deve ser preenchida por Enea Bastianini. Hoje vice-líder da Moto2, o italiano já confirmou o acordo com a Ducati, mas na época, disse que ainda não sabia apontar a equipe. Como a casa de Bolonha já confirmou a composição do time de fábrica e da Pramac, resta apenas essa opção.

O impasse, porém, está do outro lado da garagem. Tito Rabat tem contrato para 2021, mas o lugar do espanhol é atrativo para Luca Marini, líder da Moto2 e irmão de Valentino Rossi. O lugar do campeão de 2014 da classe intermediária tem sido defendido pela Avintia, que depende do patrocínio levado pelo piloto de Barcelona, mas a falta de competitividade incomoda também a Tito, daí a indefinição.

Com três ou quatro vagas em aberto, já é certo que o grid do próximo ano vai equilibrar experiência e juventude. Com mais de 20 temporadas na MotoGP no currículo, Valentino Rossi vai defender a SRT Yamaha no próximo ano e lidera o grupo de pilotos com mais quilometragem, mas vai ter a companhia de nomes como Aleix e Pol Espargaró, Marc Márquez, Danilo Petrucci e Maverick Viñales ― ainda que todos esses com menos experiência que o italiano mundialmente conhecido pelo #46.

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Valentino Rossi vai iniciar o próximo campeonato com 42 anos (Foto: Divulgação/MotoGP)

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No entanto, a juventude ganhará um pouco mais de corpo, com Martín e Bastianini se juntando a um grupo que hoje conta com Bagnaia, Brad Binder, Iker Lecuona, Álex Márquez, Joan Mir, Álex Rins, Fabio Quartararo, Franco Morbidelli e Miguel Oliveira.

Com uma boa estrutura de formação, com Moto3 e Moto2 cumprindo muito bem o papel de preparar pilotos para a fase seguinte, a MotoGP tem sempre uma boa fonte de jovens talentos, que chegam mais e mais rápido. Aos poucos, os novatos vão ganhando terreno e mudando também a cara do esporte.

Até aqui, 2020 foi o ano dos jovens, com Quartararo, Binder, Oliveira e Morbidelli conquistando as primeiras vitórias. Não deve tardar para que Mir também se coloque no rol dos vencedores. Resta saber se a experiência vai fazer frente ao frescor da juventude na MotoGP 2021.

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