Aleix Espargaró aponta pneu defeituoso na Alemanha: “Tive muita vibração na dianteira”

Titular da Aprilia contou que calçou o pneu da corrida já no grid e percebeu o problema na volta de aquecimento. Catalão avaliou que não teria adiantado colocar o pneu ainda nos boxes, uma vez que não tinha mais pneus novos no estoque

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Aleix Espargaró afirmou que teve um pneu defeituoso no GP da Alemanha de domingo (19). O piloto da Aprilia explicou que o calçado dianteiro fez com que a RS-GP apresentasse muitas vibrações na dianteira, o que o deixou com um ritmo de corrida similar ao da Moto2.

Vice-líder do campeonato, Aleix largou na quarta colocação e, ao longo dos treinos, tinha mostrado um ritmo bom o bastante para brigar com Fabio Quartararo e Francesco Bagnaia pela vitória em Sachsenring. Ao longo da corrida, porém, isso passou longe de acontecer.

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Aleix Espargaró e Jack Miller brigaram pela última posição do pódio nas voltas finais (Foto: Divulgação/MotoGP)

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O irmão de Pol passou a maior parte das 30 voltas na disputa pelo pódio, mas acabou recebendo a bandeirada apenas em quarto, 9s113 atrás de Quartararo, depois de perder o último lugar no top-3 para Jack Miller por conta de um erro na freada.

“Do momento em que mudei o pneu dianteiro no grid e comecei a volta de formação, comecei a sentir muita vibração na dianteira. Fiquei muito irritado, pois não dava tempo, obviamente, para parar e trocar o pneu”, disse Aleix. “[A mesma coisa] aconteceu com mais de sete pilotos na sexta-feira. Também com [Joan] Mir na classificação. Os meus pneus sempre foram perfeitos [ao longo de todo o fim de semana], mas hoje foi inacreditável. Muita vibração, muita trepidação”, seguiu.

“Nas primeiras seis, sete voltas com o pneu novo, consegui gerir muito bem, mas depois foi impossível. Meu melhor setor durante o fim de semana era o três, a parte mais rápida da pista, e era impossível para eu pilotar”, indicou. “Era uma questão de evitar a queda o tempo todo e foi surpreendente, pois eu estava rodando muito, muito lento. Mas, mesmo assim, estava correndo pelo pódio”, sublinhou.

Apesar dos problemas, Aleix se manteve entre os ponteiros. Depois da queda de Francesco Bagnaia na abertura da terceira volta, o catalão ficou em terceiro, atrás de Fabio Quartararo e Johann Zarco e, mesmo com o que classificou como “ritmo de Moto2”, conseguiu conter as investidas de Maverick Viñales.

O companheiro de Aprilia, porém, precisou abandonar por conta de uma quebra na RS-GP e foi Jack Miller quem surgiu para tomar o pódio do mais velho dos Espargaró, aproveitando um erro de Aleix, que vinha resistindo aos ataques do australiano.

“O erro na freada foi culpa minha [não do pneu dianteiro], pois tinha esse problema desde o grid e fiz aquela curva 28 vezes antes de cometer o erro”, pontuou. “Mas foi muito difícil controlar, muito difícil. Fechei a linha todas as vezes, tentando frear de cara e aí acelerar ao invés de fazer velocidade de curva, que é o ponto forte da Aprilia”, explicou.

“E você tem de simplesmente analisar o meu ritmo. Eu estava super lento. Em algumas voltas, eu estava fazendo 1min23s alto, o que é só um segundo mais rápido do que Augusto [Fernandez, na Moto2]”, comparou. “Então foram tempos de volta muito lentos e, sinceramente, estou feliz por conquistar a quarta colocação, pois são muitos pontos no campeonato, mas hoje o nosso potencial era facilmente para lutar pelo segundo lugar”, avaliou.

O catalão garantiu que tem certeza de que o que houve em Sachsenring foi uma falha com o pneu e explicou que a Michelin, fornecedora única dos calçados da categoria, vai analisar o ocorrido.

“Mas não vai mudar nada para mim. A corrida acabou. Mas, claramente, não tenho dúvidas de que o pneu não estava ok. Eu usei quatro ou cinco pneus duros dianteiros durante o fim de semana perfeitamente”, indicou. “Fui para o grid com um pneu usado de 16 voltas, a moto estava bem ok e aí, assim que colocamos um pneu novo, cheguei na curva 1 e a moto começou a vibrar. Então não tenho dúvidas”, insistiu.

Questionado se não seria melhor, então, calçar o pneu da corrida antes de sair dos boxes, já que daria tempo de identificar e resolver eventuais problemas, Aleix respondeu: “Em todas as corridas [mudamos os pneus no grid], mas mesmo que tivesse começado com um pneu novo na garagem e sentido as vibrações, não tinha mais pneus novos. Tinha quatro pneus duros para todo o fim de semana, então não tinha nenhum dianteiro sobrando”.

Apesar de manter a vice-liderança da MotoGP, Aleix agora tem 34 pontos de atraso para Quartararo na classifcação do Mundial de Pilotos.

“É difícil. Para mim, o problema não são os pontos. 34 pontos não é tanta coisa. O problema é que ele é sempre mais rápido do que eu nos domingos”, reconheceu. “Hoje, acho que poderia ter batido Zarco se tivesse um pneu dianteiro normal. O ritmo estava lá, mas Fabio venceu fácil. Então o problema é que no domingo ele é mais rápido do que eu. Eu preciso achar alguma velocidade”, encerrou.

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