Rossi segue em queda na MotoGP e acumula piores resultados da gloriosa carreira
Valentino Rossi sofre na SRT em 2021. Sem encontrar o acerto ideal da moto, briga sempre nas últimas posições do grid, raramente consegue entrar na zona de pontuação e cria uma mancha na vitoriosa carreira que construiu na MotoGP
Valentino Rossi não é um qualquer no grid da MotoGP, muito longe disso. Afinal, são nove títulos no Mundial de Motovelocidade, sendo sete apenas na principal classe. Desde 2009, porém, não conquista nada. E se você olhar com calma os resultados obtidos pelo italiano na atual temporada, parece apenas um fantasma do piloto que já foi um dia.
É normal pensar que os resultados ruins de Rossi são por conta da nova equipe, já que a SRT é satélite da Yamaha. É possível apontar que existem dificuldades pela mudança de time, mas se olharmos bem, a má fase o acompanha há um bom tempo. Sua última vitória foi em 2017, na Holanda, e o último campeonato em alto nível foi 2018. Desde então, queda livre.
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Sétimo em 2019, 15º em 2020 e agora uma modesta 19ª colocação no certame. Quem vê Rossi brigando com a moto nas últimas posições no grid não consegue imaginar que é o mesmo piloto que dominou o Mundial no início do século e é um dos maiores pilotos da história. Em 2021, alguns de seus piores resultados apareceram.
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Rossi conseguiu pontuar em apenas quatro das nove etapas disputadas até o momento: 12º no Catar — depois de largar em quarto —, 11º na França, 10º na Itália e 14º na Alemanha. Pouco, muito pouco para quem ainda quer manter um alto nível na categoria. Por isso, os rumores da aposentadoria no fim da temporada parecem cada vez mais firmes.
Além das muitas quedas e abandonos, o ponto mais baixo de Rossi talvez tenha sido a penúltima posição no grid para o GP de Doha. Foi a pior posição de grid do piloto da SRT sem punições ou acidentes na classificação. Um sinal amarelo bem claro de que algo não está funcionando.
A pontuação não esconde o desempenho ruim de Rossi. Pelo contrário, amplifica ainda mais a situação. Desde que chegou ao Mundial de Motovelocidade, em 1996, essa é apenas a segunda vez que o ‘Doutor’ chega ao nono GP sem pelo menos um pódio. A primeira foi no ano de estreia, a segunda agora em 2021. A diferença é que nas 125cc, Valentino pontuou com frequência entre os primeiros colocados e quebrou o tabu logo depois, na décima etapa. Atualmente, não há essa perspectiva.
A aposentadoria parece a saída mais óbvia, ainda que não seja a mais simples. Sair nunca é o caminho mais fácil para um atleta, ainda mais para quem já viveu anos e anos de glórias, acostumado a brilhar no lugar mais alto do pódio.
“Ainda não decidi. Vou pensar mais profundamente durante as férias. Também preciso falar com a Yamaha e com a equipe. Queremos tentar uma performance melhor e melhores resultados, claro. O início da temporada até aqui não foi fantástico sob esse ponto de vista. Acho que será muito difícil que eu corra também no próximo ano”, afirmou.
“Minha decisão em relação ao ano que vem depende muito dos resultados. E os resultados da primeira metade da temporada não são o que esperávamos. Esperávamos ser mais fortes, lutar por posições melhores, então o resultado não nos ajuda”, seguiu.
A decisão sobre o futuro de Rossi está próxima, deve sair após as férias de verão da MotoGP, em agosto. É bem provável que vamos acompanhar as últimas corridas do veterano de 42 anos no Mundial. De certa forma, um alívio, melhor que seja assim do que se arrastando no fim do pelotão. Que fiquem as glórias, não os momentos ruins.
A MotoGP está de férias por cinco semanas e volta a correr apenas no dia 8 de agosto, no Red Bull Ring, para o GP da Estíria. Acompanhe a cobertura do GRANDE PRÊMIO sobre o Mundial de Motovelocidade.
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