Yamaha vê Lorenzo com vontade de voltar e até dá solução: Ducati

Diretor da Yamaha, Lin Jarvis explicou que, se Valentino Rossi decidir ficar com a SIC, não há espaço para Jorge Lorenzo voltar a competir na MotoGP com a YZR-M1. Até agora, a Ducati acertou apenas com Jack Miller

Lin Jarvis acredita que Jorge Lorenzo está buscando um caminho de volta à MotoGP. Mas, apesar da história de sucesso, o diretor deixou claro que a Yamaha não tem espaço para abrigar o #99 e apontou a Ducati como opção.

O piloto da Palma de Maiorca estreou na MotoGP em 2008 e passou nove temporadas com a Yamaha. Ao longo deste tempo, Jorge conquistou três títulos mundiais ― em 2010, 2012 e 2015 ―, 44 vitórias, 107 pódios e 39 poles. Em 2017, Lorenzo estreou pela Ducati, mas ficou apenas dois anos no time vermelho. No ano passado, o espanhol correu pela Honda, mas uma temporada bastante aquém do potencial demonstrado outrora fez o bicampeão das 205cc pendurar o capacete.

Logo após, porém, Jorge fechou com a Yamaha para atuar como piloto de testes e chegou a ser anunciado para um wild-card no GP da Catalunha. Mas, por conta dos efeitos da pandemia do novo coronavírus e das medidas sanitárias adotadas para a volta das competições, a MotoGP acabou barrando a presença de convidados.

MotoGP 2018 Ducati Jorge Lorenzo
Jorge Lorenzo demorou para se adaptar à Desmosedici (Foto: Ducati)
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Mesmo sem a chance de voltar a medir sua competitividade a bordo da YZR-M1, Lorenzo já admitiu que não deixaria de ouvir uma proposta para voltar. A Yamaha, todavia, não tem vaga disponível, uma vez que já acertou com Maverick Viñales e Fabio Quartararo para os próximos dois anos e prometeu apoiar integralmente Valentino Rossi caso o italiano opte por seguir na MotoGP e correr com a equipe privada SIC.

“Jorge queria fazer alguns testes e uma corrida neste ano, mas acho que ele tinha uma meta secundária”, disse o diretor da equipe dos três diapasões ao site alemão Speedweek. “Ele também queria descobrir se ainda estava interessado o bastante em voltar a correr. Acho que estava muito interessado em descobrir se ainda era rápido, confortável e competitivo o bastante e se ele podia recuperar sua antiga autoconfiança com a Yamaha, mas não temos lugar para ele na Yamaha se Valentino decidir continuar correndo e assinar com a equipe Petronas”, seguiu.

Sem um lugar para acolher Jorge, Jarvis sugeriu a Ducati como opção. Nas 36 corridas que disputou com a Desmosedici, o #99 conseguiu três vitórias ― todas em 2018 ―, quatro pódios e quatro poles, mas a relação foi marcada pela impaciência, especialmente de Claudio Domenicali, o diretor-executivo da companhia de Borgo Panigale.

Chefe da Ducati Corse, a divisão de corridas da marca, Gigi Dall’Igna nunca escondeu a preferência por manter Lorenzo, com quem trabalhou na Aprilia nas classes menores. O engenheiro, aliás, já admitiu que acolheria o espanhol de volta.

No entanto, a Ducati parece próxima de renovar o contrato de Andrea Dovizioso. No time desde 2013, o italiano conquistou o vice-campeonato da MotoGP nos últimos três anos. Por enquanto, a marca de Bolonha fechou apenas com Jack Miller.

“Jorge deveria falar com uma concorrente se ele quiser correr uma temporada completa outra vez”, sugeriu. “Têm fábricas como a Ducati que ainda não completaram a equipe. Eles só assinaram com um piloto”, apontou.

Por fim, Jarvis admitiu que o impacto econômico da pandemia do novo coronavírus pode ser um problema para a renovação do vínculo de Lorenzo como piloto de testes.

“Se acertarmos um novo contrato, tem de ser interessante para as duas partes e ter valor para ambas. No momento, tudo que posso dizer é: vamos esperar para ver quantos dias de testes poderemos fazer neste ano. Aí vamos decidir, junto com Jorge, se continuamos a colaboração ou não”, afirmou. “Nós temos um contrato de um ano. Se os dois estiverem felizes, vamos conversar. Mas muitas coisas mudaram por causa do coronavírus. A capacidade financeira da maioria das companhias também mudou. Nós pensamos repensar este assunto e voltar a falar nele no outono”, completou.

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