Chuva antecipa final, e Arbolino vence GP da Tailândia. Ogura bate Fernández na Moto2
A chuva não agradou, mas não impediu Tony Arbolino de sorrir com o triunfo na corrida encurtada do GP da Tailândia de Moto2 por conta do temporal
A chuva e pista extremamente molhada foram empecilho para uns, mas vantagem para outros no GP da Tailândia de Moto2. Após uma troca de liderança intensa, a prova foi paralisada com bandeira vermelha por conta da forte chuva a oito voltas do fim. Segundos antes, Tony Arbolino havia ultrapassado Filip Salac e, por isso, é o vencedor em Buriram neste domingo (2), já que a direção de prova decidiu por encerrar a corrida e entregar metade dos pontos.
Salac fechou na segunda posição, portanto, o primeiro pódio do tcheco na temporada. Quem apareceu na terceira posição foi Arón Canet, que chegou a liderar também. Jake Dixon e Alonso López ficaram na quarta e quinta posições, respectivamente.
Relacionadas
CALENDÁRIO MOTOGP
📅 MotoGP divulga calendário de 2023 com 21 etapas e GPs no Cazaquistão e na Índia
VEJA TAMBÉM
# Vídeo de 2019 viraliza e expõe agressão de mecânico a piloto da Moto3
# Biaggi demite mecânicos que atrapalharam Fernández em Aragão: “Precisamos punir”
Ai Ogura, Augusto Fernández, Joe Roberts, Keminth Kubo e Celestino Vietti completam o top-10.
Com o resultado e a metade dos pontos, Fernández agora tem 238,5 pontos na liderança do Mundial de Pilotos 2022, só 1,5 a mais do que Ogura. Canet segue em terceiro, com 53,5 a menos que o líder. Vietti é o quarto, com Arbolino fechando o top-5.
A Moto2 volta às pistas no próximo dia 13, para o primeiro dia de treinos livres para o GP da Austrália, em Phillip Island. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Saiba como foi o GP da Tailândia de Moto2:
O clima mudou pouco antes da largada da Moto2. A prometida chuva deu as caras em Buriram, e a Moto2 iniciou a corrida com pista longe de estar completamente seca. Os termômetros mediam 26°C, com o asfalto chegando a 38°C. A umidade relativa do ar estava em 90%, com o vento soprando no sentido note, a 5 km/h.
No quesito escolha de pneus, todos foram pela mesma opção: slicks duros na dianteira e macios na traseira. Ao menos enquanto a condição climática não afetava consideravelmente as condições do asfalto.
A direção de prova, então, acionou o protocolo de chuva no grid, o que reduzia a distância da prova para só 16 voltas, e declarou que se tratava de uma corrida com pista molhada, o que abria caminho para a mudança de pneus.
No grid, a chuva não parecia muito forte, mas, na curva 12, a intensidade era muito mais forte, o que dificultava o cenário para os competidores.
Nem todos os mecânicos, porém, conseguiram fazer as trocas de pneus antes da placa de 2 minutos para a volta de aquecimento. Por isso, Albert Arenas, Manu González e Lorenzo Dalla Porta foram enviados ao pit-lane, de onde tiveram de largar.
Na largada, o local Somkiat Chantra saiu bem e conseguiu manter a ponta, apesar de ter sigo ligeiramente engolido pelo bolo nos metros iniciais. O piloto da Team Asia mudou o traçado no mergulho da curva 1 e se viu diante de Alonso López e Ai Ogura.
Ainda nos primeiros metros, Filip Salac assumiu o terceiro posto, diante de Arón Canet e Jake Dixon, Ogura caiu para sexto. Augusto Fernández era décimo. Cameron Beaubier caiu, mas escapou de ser atingido pelo pelotão.
A visibilidade era um problema em Chang, mas Chantra logo abriu 2s de margem. Na volta 2, porém, a festa da torcida acabou, com uma queda do piloto da casa na curva 4 ao perder a traseira.
López, então, assumiu o comando, 0s5 à frente de Canet. Dixon era o terceiro, seguido por Salac, Ogura, Arbolino, Roberts, Fernández e Kubo.
Apesar das condições duras, Arón passou a cortar a margem de López e ensaiar uma ultrapassagem. O piloto da Pons fez uma tentativa, mas o titular da Speed Up se impôs e manteve a dianteira.
Pouco depois, López errou na curva 5, abrindo caminho para a passagem de Canet. Na sequência, Salac e Dixon também passaram Alonso, que desceu para a quarta colocação. Arbolino vinha na sequência, com Ogura em sexto.
Na volta 6, Salac tomou a liderança de Canet, que tinha até aberto vantagem, mas levou o bote do piloto da Gresini na curva 12. Dixon seguia em terceiro, pressionado por Arbolino.
Em seguida, Canet errou na seis, permitindo que Salac abrisse uma boa margem na ponta, maior do que 1s5. Arbolino subiu para terceiro, diante de Dixon. Líder da Moto2, Fernández vinha em oitavo.
Com nove voltas para o fim, a margem de Salac vinha caindo consideravelmente, com Arbolino rodando bastante mais rápido que o tcheco. Filip foi alertado pela equipe da aproximação de Tony, mas não teve como reagir e perdeu o comando da disputa no fim da volta, com o titular da Marc VDS aproveitando uma errada do #12 para assumir o comando.
Com oito voltas para o fim, porém, a direção de prova acionou a bandeira vermelha, pois as condições eram muito ruins. Arbolino levantou a mão, fazendo gestos de não, talvez contrariado com a paralisação ou com a sinalizando que era impossível continuar.
A disputa, contudo, teria de ser reiniciada, já que o GP da Tailândia não tinha atingido 2/3. Quando as condições permitissem, a disputa seria iniciada para cinco voltas, com o grid baseado nas posições do momento da paralisação: Arbolino, Salac, Canet, Dixon, López, Ogura, Fernández, Roberts, Kubo e Vietti formavam o top-10.
Durante a interrupção, a chuva parou, o que melhorou as condições. A direção de prova, então, pôde sinalizar o reinicio da disputa, com a abertura do pit-lane às 4h05 (de Brasília). Quando faltava um minuto para a abertura do pit-lane, a chuva voltou, abortando tudo.
Depois de mais 15 minutos de atraso, o pit-lane abriu e os pilotos chegaram a entrar na pista, mas a bandeira vermelha foi acionada de novo, já que a chuva na curva 3 voltou a apertar e as condições de visibilidade eram muito ruins.
A direção de prova decidiu, então, dar a disputa por encerrada e distribuir metade dos pontos. Arbolino foi declarado vencedor, diante de Salac e Canet.
Moto2 2022, GP da Tailândia, Chang, Corrida:
1 | T ARBOLINO | Marc VDS Racing Team | 15min10s854 | 8 voltas |
2 | F SALAC | Gresini Racing | +0.251 | |
3 | A CANET | HP40 Kalex | +3.112 | |
4 | J DIXON | Aspar GasGas | +3.268 | |
5 | A LOPÉZ | Speed Up Boscoscuro | +4.137 | |
6 | A OGURA | Team Asia Honda | +5.715 | |
7 | A FERNÁNDEZ | Red Bull KTM Ajo | +9.862 | |
8 | J ROBERTS | Italtrans Racing Team | +1 volta | |
9 | K KUBO | VR46 Yamaha Master Camp | +1 volta | |
10 | C VIETTI | VR46 Racing Team | +1 volta | |
11 | S D KELLY | American Racing | +1 volta | |
12 | B BALTUS | RW Racing GP | +1 volta | |
13 | T HADA | SAG Pertamina | +1 volta | |
14 | A ARENAS | Aspar GasGas | +1 volta | |
15 | M SCHRÖTTER | Intact GP | +1 volta | |
16 | P ACOSTA | Red Bull KTM Ajo | +1 volta | |
17 | Z VAN DEN GOORBERGH | RW Racing GP | +1 volta | |
18 | B BENDSNEYDER | SAG Pertamina | +1 volta | |
19 | S LOWES | Marc VDS Racing Team | +1 volta | |
20 | J NAVARRO | HP40 Kalex | +1 volta | |
21 | A ZACCONE | Gresini Racing | +1 volta | |
22 | N ANTONELLI | VR46 Racing Team | +1 volta | |
23 | M RAMÍREZ | Forward MV Agusta | +1 volta | |
24 | S CORSI | Forward MV Agusta | +1 volta | |
25 | M GONZÁLEZ | VR46 Yamaha Master Camp | +2 voltas | |
26 | L DALLA PORTA | Italtrans Racing Team | +2 voltas | |
27 | J ALCOBA | Intact GP | +4 voltas | |
28 | S CHANTRA | Team Asia Honda | +6 voltas | |
29 | F ALDEGUER | Speed Up Boscoscuro | +6 voltas | |
30 | C BEAUBIER | American Racing | +7 voltas |
LEIA TAMBÉM
# Petrucci volta à MotoGP e substitui lesionado Mir na Suzuki no GP da Tailândia
# MotoGP fecha acordo de 5 anos e vai correr no Cazaquistão a partir da temporada 2023
# LCR confirma Nagashima como substituto de lesionado Nakagami no GP da Tailândia
# Chefe admite que Aprilia “fodeu tudo” com erro no Japão: “Vamos analisar e melhorar”
# Marc Márquez vê diferença e crê que “nível de 2019” é insuficiente na MotoGP atual
# Ducati afaga Bagnaia após erro no Japão: “Revela espírito lutador de um campeão”
# Vida social ameaçada × novos fãs: pilotos opinam sobre calendário da MotoGP 2023
# MotoGP tem novo recorde com Bezzecchi e chega ao 10º pole diferente em uma temporada