Chuva antecipa final, e Arbolino vence GP da Tailândia. Ogura bate Fernández na Moto2

A chuva não agradou, mas não impediu Tony Arbolino de sorrir com o triunfo na corrida encurtada do GP da Tailândia de Moto2 por conta do temporal

A chuva e pista extremamente molhada foram empecilho para uns, mas vantagem para outros no GP da Tailândia de Moto2. Após uma troca de liderança intensa, a prova foi paralisada com bandeira vermelha por conta da forte chuva a oito voltas do fim. Segundos antes, Tony Arbolino havia ultrapassado Filip Salac e, por isso, é o vencedor em Buriram neste domingo (2), já que a direção de prova decidiu por encerrar a corrida e entregar metade dos pontos.

Salac fechou na segunda posição, portanto, o primeiro pódio do tcheco na temporada. Quem apareceu na terceira posição foi Arón Canet, que chegou a liderar também. Jake Dixon e Alonso López ficaram na quarta e quinta posições, respectivamente.

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Tony Arbolino e Filip Salac antes da paralisação (Foto: Gold & Goose/ Red Bull Content Pool)

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Ai Ogura, Augusto Fernández, Joe Roberts, Keminth Kubo e Celestino Vietti completam o top-10.

Com o resultado e a metade dos pontos, Fernández agora tem 238,5 pontos na liderança do Mundial de Pilotos 2022, só 1,5 a mais do que Ogura. Canet segue em terceiro, com 53,5 a menos que o líder. Vietti é o quarto, com Arbolino fechando o top-5.

A Moto2 volta às pistas no próximo dia 13, para o primeiro dia de treinos livres para o GP da Austrália, em Phillip Island. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2022.

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Saiba como foi o GP da Tailândia de Moto2:

O clima mudou pouco antes da largada da Moto2. A prometida chuva deu as caras em Buriram, e a Moto2 iniciou a corrida com pista longe de estar completamente seca. Os termômetros mediam 26°C, com o asfalto chegando a 38°C. A umidade relativa do ar estava em 90%, com o vento soprando no sentido note, a 5 km/h.

No quesito escolha de pneus, todos foram pela mesma opção: slicks duros na dianteira e macios na traseira. Ao menos enquanto a condição climática não afetava consideravelmente as condições do asfalto.

Chuva começou em Buriram pouco antes da largada da Moto2 (Vídeo: Moto2)

A direção de prova, então, acionou o protocolo de chuva no grid, o que reduzia a distância da prova para só 16 voltas, e declarou que se tratava de uma corrida com pista molhada, o que abria caminho para a mudança de pneus.

No grid, a chuva não parecia muito forte, mas, na curva 12, a intensidade era muito mais forte, o que dificultava o cenário para os competidores.

Nem todos os mecânicos, porém, conseguiram fazer as trocas de pneus antes da placa de 2 minutos para a volta de aquecimento. Por isso, Albert Arenas, Manu González e Lorenzo Dalla Porta foram enviados ao pit-lane, de onde tiveram de largar.

Na largada, o local Somkiat Chantra saiu bem e conseguiu manter a ponta, apesar de ter sigo ligeiramente engolido pelo bolo nos metros iniciais. O piloto da Team Asia mudou o traçado no mergulho da curva 1 e se viu diante de Alonso López e Ai Ogura.

Largada da Moto2 em Buriram (Vídeo: MotoGP)

Ainda nos primeiros metros, Filip Salac assumiu o terceiro posto, diante de Arón Canet e Jake Dixon, Ogura caiu para sexto. Augusto Fernández era décimo. Cameron Beaubier caiu, mas escapou de ser atingido pelo pelotão.

A visibilidade era um problema em Chang, mas Chantra logo abriu 2s de margem. Na volta 2, porém, a festa da torcida acabou, com uma queda do piloto da casa na curva 4 ao perder a traseira.

López, então, assumiu o comando, 0s5 à frente de Canet. Dixon era o terceiro, seguido por Salac, Ogura, Arbolino, Roberts, Fernández e Kubo.

Chantra abandonou após sofrer uma queda (Foto: Reprodução)

Apesar das condições duras, Arón passou a cortar a margem de López e ensaiar uma ultrapassagem. O piloto da Pons fez uma tentativa, mas o titular da Speed Up se impôs e manteve a dianteira.

Pouco depois, López errou na curva 5, abrindo caminho para a passagem de Canet. Na sequência, Salac e Dixon também passaram Alonso, que desceu para a quarta colocação. Arbolino vinha na sequência, com Ogura em sexto.

Na volta 6, Salac tomou a liderança de Canet, que tinha até aberto vantagem, mas levou o bote do piloto da Gresini na curva 12. Dixon seguia em terceiro, pressionado por Arbolino.

Em seguida, Canet errou na seis, permitindo que Salac abrisse uma boa margem na ponta, maior do que 1s5. Arbolino subiu para terceiro, diante de Dixon. Líder da Moto2, Fernández vinha em oitavo.

Chuva dificulta, e Canet perde a ponta para Filip Salac (Vídeo: MotoGP)

Com nove voltas para o fim, a margem de Salac vinha caindo consideravelmente, com Arbolino rodando bastante mais rápido que o tcheco. Filip foi alertado pela equipe da aproximação de Tony, mas não teve como reagir e perdeu o comando da disputa no fim da volta, com o titular da Marc VDS aproveitando uma errada do #12 para assumir o comando.

Com oito voltas para o fim, porém, a direção de prova acionou a bandeira vermelha, pois as condições eram muito ruins. Arbolino levantou a mão, fazendo gestos de não, talvez contrariado com a paralisação ou com a sinalizando que era impossível continuar.

Arbolino ultrapassa Salac antes da prova ser paralisada por conta da chuva (Vídeo: MotoGP)

A disputa, contudo, teria de ser reiniciada, já que o GP da Tailândia não tinha atingido 2/3. Quando as condições permitissem, a disputa seria iniciada para cinco voltas, com o grid baseado nas posições do momento da paralisação: Arbolino, Salac, Canet, Dixon, López, Ogura, Fernández, Roberts, Kubo e Vietti formavam o top-10.

Durante a interrupção, a chuva parou, o que melhorou as condições. A direção de prova, então, pôde sinalizar o reinicio da disputa, com a abertura do pit-lane às 4h05 (de Brasília). Quando faltava um minuto para a abertura do pit-lane, a chuva voltou, abortando tudo.

Depois de mais 15 minutos de atraso, o pit-lane abriu e os pilotos chegaram a entrar na pista, mas a bandeira vermelha foi acionada de novo, já que a chuva na curva 3 voltou a apertar e as condições de visibilidade eram muito ruins.

A direção de prova decidiu, então, dar a disputa por encerrada e distribuir metade dos pontos. Arbolino foi declarado vencedor, diante de Salac e Canet.

Moto2 2022, GP da Tailândia, Chang, Corrida:

1T ARBOLINOMarc VDS Racing Team15min10s8548 voltas
2F SALACGresini Racing+0.251 
3A CANETHP40 Kalex+3.112 
4J DIXONAspar GasGas+3.268 
5A LOPÉZSpeed Up Boscoscuro+4.137 
6A OGURATeam Asia Honda+5.715 
7A FERNÁNDEZRed Bull KTM Ajo+9.862 
8J ROBERTSItaltrans Racing Team+1 volta 
9K KUBOVR46 Yamaha Master Camp+1 volta 
10C VIETTIVR46 Racing Team+1 volta 
11S D KELLYAmerican Racing+1 volta 
12B BALTUSRW Racing GP+1 volta 
13T HADASAG Pertamina+1 volta 
14A ARENASAspar GasGas+1 volta 
15M SCHRÖTTERIntact GP+1 volta 
16P ACOSTARed Bull KTM Ajo+1 volta 
17Z VAN DEN GOORBERGHRW Racing GP+1 volta 
18B BENDSNEYDERSAG Pertamina+1 volta 
19S LOWESMarc VDS Racing Team+1 volta 
20J NAVARROHP40 Kalex+1 volta 
21A ZACCONEGresini Racing+1 volta 
22N ANTONELLIVR46 Racing Team+1 volta 
23M RAMÍREZForward MV Agusta+1 volta 
24S CORSIForward MV Agusta+1 volta 
25M GONZÁLEZVR46 Yamaha Master Camp+2 voltas 
26L DALLA PORTAItaltrans Racing Team+2 voltas 
27J ALCOBAIntact GP+4 voltas 
28S CHANTRATeam Asia Honda+6 voltas 
29F ALDEGUERSpeed Up Boscoscuro+6 voltas 
30C BEAUBIERAmerican Racing+7 voltas 

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