Ducati diz que “não existe nenhum piloto com espírito canibal como de Marc Márquez”
Diretor-esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti avaliou que ter Alex Márquez na Gresini ajudou Marc Márquez a decidir pela troca da Honda. Dirigente destacou que lidar com o hexacampeão da MotoGP será responsabilidade da equipe de Nadia Padovani
Diretor-esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti avaliou que “não existe nenhum piloto” com o mesmo “espírito canibal” de Marc Márquez. O dirigente avaliou que nunca teve um competidor como o #93.
Depois de 11 anos com a Honda, Marc optou por abandonar o contrato um ano antes do fim para correr com a Gresini e, assim, colocar as mãos na Ducati. O espanhol terá uma Desmosedici GP23, a moto com que Francesco Bagnaia foi campeão em 2024.
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O espanhol de Cervera fez o primeiro teste com a moto em Valência, mas ainda não pôde dar declarações à imprensa sobre as primeiras impressões. Ainda assim, o sorriso que estampou depois de descer da moto deu indícios de que o irmão de Álex gostou do protótipo.
“Estava em Valência quando Marc subiu na moto pela primeira vez e escutei os comentários que ele fez aos nossos engenheiros”, disse Ciabatti. “Fora o fato de não poder falar, porque ainda está sob contrato com a Honda, todo mundo pode ver o sorriso dele na televisão quando ele desceu da moto pela primeira vez”, seguiu.

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“Em minha opinião, ele rodou muito forte sem rodar demais”, opinou.
Ciabatti avaliou, ainda, que ter o irmão na equipe ajudou Marc a tomar a decisão de trocar a Honda pela Gresini.
“É óbvio que ter o irmão, Álex, na equipe desempenhou um papel importante na decisão que Marc tomou. Estava bem informado do que poderia esperar e acho que será um protagonista importante no Mundial de 2024”, avaliou.
O diretor-esportivo previu que a chegada de Márquez à Ducati dará uma contribuição ao espetáculo, mas reconheceu que pode ser difícil lidar com o multicampeão. Ciabatti apontou, porém, que não foi simples lidar com a disputa entre Francesco Bagnaia e Jorge Martín.
“Talvez tenhamos de lidar com alguns quebra-cabeças mais, mas, do ponto de vista do espetáculo, haverá muito mais interesse, porque é um piloto excepcional, oito vezes campeão do mundo, seis vezes campeão da MotoGP, que não vence há muito tempo, então vai querer aproveitar ao máximo essa oportunidade”, ponderou. “Imagino que, em determinadas situações, não será fácil gerir, mas a última parte do campeonato também não foi fácil entre Bagnaia e Martín”, assumiu.
O dirigente, porém, jogou a responsabilidade para a Gresini, ainda que tenha admitido que pode ser necessário intervir.
“Márquez não terá que ser gerido pela equipe oficial da Ducati, isso terá de ser feito pela Gresini. Teremos de gerir qualquer situação que poderá surgir ao longo da temporada, comentou.
Por fim, Ciabatti destacou o espírito “canibal” de Márquez e admitiu que nunca teve um piloto como o espanhol.
“Não creio que exista nenhum piloto que eu já tenha conhecido que tenha um espírito canibal como o de Marc. Não se conquista seis mundiais na MotoGP por acaso. É muito rápido, muito valente, muito agressivo no corpo a corpo, e tem uma grande vontade e a capacidade de identificar quem são seus rivais e apontá-los. Vamos ver. Nenhum dos pilotos que tive no passado chegam perto do que é Marc”, concluiu.
A MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.
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