Rosenqvist reconhece excesso de abandonos na Indy: “É algo que preciso mudar”

Felix Rosenqvist admitiu que sua jornada na Indy tem sido prejudicada pelo excessivo número de abandonos na categoria. Com 80 largadas no currículo, o piloto da Meyer Shank não completou corridas em 17 oportunidades, sendo que dez delas foram por acidentes.

Rosenqvist chegou à Indy em 2019, contratado pela Ganassi após bom desempenho apresentado na Fórmula E. O sueco desembarcou nos Estados Unidos com grande expectativa e, apesar da pole no GP de Indianápolis de 2019 e da vitória no GP de Elkhart Lake 2 de 2020, não correspondeu aos anseios de Chip Ganassi, que o dispensou após duas temporadas.

O sueco, então, foi para a McLaren. O início foi bastante conturbado e Felix ficou fora de duas corridas após acidente no GP de Detroit 1, causado por uma falha no acelerador do carro. Ainda assim, o 21º lugar no campeonato de 2021 foi decepcionante para quem corria por uma das equipes que mais recebia investimentos na categoria.

Em 2022, uma considerável melhora ao conquistar o pódio no GP de Toronto e terminar na oitava posição no campeonato, mas distante de seu companheiro de equipe, Pato O’Ward. No meio daquela temporada, Zak Brown, CEO da McLaren, ofereceu uma renovação de contrato, mas que dava ao time a possibilidade de colocá-lo na Fórmula E.

A principal categoria elétrica do automobilismo só não foi o destino de Rosenqvist por conta do imbróglio contratual envolvendo Álex Palou, que tinha assinado com a equipe para 2023, mesmo possuindo vínculo com a Ganassi — o time bateu o pé e se acertou com o espanhol, que agora vive em litígio com a McLaren.

No último ano, Rosenqvist conquistou duas poles — Texas e Laguna Seca — e foi ao pódio em Detroit e Portland, mas não completou cinco corridas, sendo que se envolveu em acidentes no Texas, 500 Milhas de Indianápolis e Nashville, o que resultou na não renovação do vínculo.

Entretanto, o sueco encontrou lugar para seguir carreira na Indy e foi para a Meyer Shank, substituir Simon Pagenaud no carro #60. O início é bastante promissor, com o sétimo lugar no GP de St. Pete e o pódio no Desafio do US$ 1 Milhão, o primeiro top-3 da equipe desde o GP de Indianápolis em 2022, quando Pagenaud foi segundo. Porém, o piloto sabe que não pode repetir a história dos últimos anos, com elevado índice de abandonos, se quiser ficar por mais tempo nos Estados Unidos.

“É maximizar meu potencial, do carro, da equipe e de todo o pacote ao longo da temporada. É algo que desejo. Acho que não fiz isso no último campeonato e existem algumas razões, mas terminar as corridas sempre foi um ponto para mim”, admitiu.

“É provável que eu seja um dos pilotos que mais ficaram sem completar corridas no grid, se olharmos os últimos dois ou três anos. É algo que preciso mudar”, completou.

Rosenqvist não se eximiu da culpa pelos inúmeros abandonos, reconhecendo que vinha arriscando demais em alguns momentos, mas colocou um pouco da responsabilidade nos carros que conduziu até aqui. No entanto, indica que terá postura mais conservadora para evitar o fim precoce nas corridas.

“Isso, provavelmente, se deve à confiabilidade do piloto e do carro. Se puder ser 12º, você vai e pega o 12º lugar, mas não é preciso arriscar tudo por conta de uma posição. Vão ter momentos que terei chances de ter bom resultado, porém meu plano tem de ser, além de melhorar os altos, diminuir meus baixos”, falou.

Com cobertura completa do GRANDE PREMIO, o treino livre 1 da Indy em Long Beach está marcado para as 18h50 (horário de Brasília) desta sexta-feira (19), enquanto o treino livre 2 acontece às 12h25 de sábado. A classificação começa no mesmo dia, às 15h25, e a corrida tem largada prevista para as 16h30 de domingo.

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