Di Giannantonio vê “pressão extra” para seguir na MotoGP: “Preciso pagar minha casa”

Depois de longas semanas de expectativa e até mesmo uma inesperada vitória no meio do caminho, Fabio Di Giannantonio acertou com a VR46 para a temporada 2024 e segue no grid da MotoGP. Todo o processo, porém, foi complicado para o italiano, precisando provar em todas as corridas que merecia continuar na categoria por pelo menos outro ano.

O drama de Di Giannantonio começou em outubro, quando Marc Márquez foi anunciado como novo piloto da Gresini em 2024. Com isso, o italiano se viu sem espaço no grid e a vaga na Honda surgiu como solução. A montadora japonesa, porém, escolheu Luca Marini e, assim, Diggia foi confirmado na equipe de Valentino Rossi.

Durante a reta final do último campeonato, Di Giannantonio precisou impressionar os chefes de equipes e conseguiu. No Catar, penúltima etapa do ano, venceu de maneira incontestável. Além disso, conseguiu um pódio na Austrália — e foi punido em Valência, perdendo a segunda colocação que conseguiu na pista. Depois de tudo acertado, confessou que a incerteza sobre o futuro foi um grande problema em 2023.

“Preciso pagar minha casa, então claro que há uma pressão extra em não saber o que está acontecendo. Mas estou tentando fazer tudo de uma boa maneira e seguir focado no trabalho. Minha única arma neste momento é ser rápido na pista e fazer vocês [da imprensa] escreverem coisas boas para mim”, afirmou.

“Saber que o Valentino [Rossi] está ao lado da pista e talvez te acompanhando é algo que me deixa um pouco nervoso, pois ele é o maior de todos. Mas estou em um bom momento, super rápido em quase todas as condições. Acho que cheguei no momento onde não há nada mais para provar, foi um processo de evolução que agora consigo ver os resultados”, completou.

No primeiro teste com a VR46, realizado em Valência no final de novembro, Di Giannantonio ficou com a sétima melhor marca, pouco mais de 0s4 atrás do líder Maverick Viñales, da Aprilia.

A MotoGP volta a acelerar entre 6 e 8 de fevereiro de 2024, com os testes de pré-temporada na Malásia, no circuito de Sepang. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como das outras classes do Mundial de Motovelocidade durante todo o ano.

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