Marc Márquez diz que “antes da lesão poderia brigar” pelo título com moto atual da Honda
Hexacampeão considerou que precisa de ajuda da moto, já que não consegue compensar deficiências sozinho. O piloto de 28 anos considerou que condição física atual não lhe permite fazer mágica
Marc Márquez avaliou que poderia briga pelo título da MotoGP com a moto atual da Honda se não tivesse sofrido uma fratura no braço direito no início do ano passado. O espanhol considerou que não poderia vencer tanto quanto em 2019, mas que seria presença frequente no pódio.
Em julho do ano passado, durante a primeira corrida da temporada 2020 ― que tardou a começar por causa da pandemia de Covid-19 ―, Marc caiu em Jerez e sofreu uma fratura no úmero direito ao ser atingido pela roda da RC213V. O piloto passou por uma cirurgia para estabilizar o osso que é o maior do membro superior humano e, seis dias depois, tentou voltar a correr.
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A dor impediu o piloto de disputar o GP da Andaluzia, mas não evitou os treinamentos físicos que se seguiram. A força acabou danificando a placa de titânio, o que forçou uma segunda intervenção. Sem melhora significativa, o irmão de Álex precisou passar por uma terceira cirurgia em dezembro passado, com direito a enxerto ósseo, o que adiou ainda mais o retorno às pistas, também por causa de uma infecção localizada pelos médicos.
No total, Marc passou nove meses afastado da MotoGP e voltou à ativa apenas no GP de Portugal, terceira etapa deste ano. Ainda assim, o hexacampeão da classe rainha não está na melhor forma e esteve no pódio uma única vez, quando venceu o GP da Alemanha, no anti-horário circuito de Sachsenring.
A longa ausência e a condição física ainda longe da ideal resultaram no maior jejum de vitórias da Honda desde o retorno à categoria, em 1982. Ainda assim, o espanhol de Cervera entende que seria possível brigar pelo título com a RC213V atual.
“Acho que o Marc antes da lesão poderia brigar pelo título com essa moto”, disse Márquez em entrevista à publicação inglesa Autosport. “Provavelmente não poderia vencer tantas quanto em 2019, mas poderia lutar pelo Mundial e estar no top-3 muito frequentemente”, seguiu.
“E acho isso por uma razão simples: nas pistas em que não senti limitação física ou onde senti menos, fui muito melhor”, considerou. “Mas não posso compensar sempre eu mesmo, a moto precisa me ajudar e ela não faz isso agora. Nem para mim e nem para os outros pilotos da Honda”, reconheceu.
“Agora o meu físico me permite pilotar a moto, não fazer mágica”, declarou. “Se eu estivesse muito atrás dos outros pilotos da marca, pensaria que algo está errado. Mas estou na frente apesar de ter perdido duas corridas”, concluiu.
A MotoGP volta a acelerar no próximo dia 29 de agosto, com o GP da Grã-Bretanha, em Silverstone. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2021.
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